A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, que ganhou o leilão do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), apresentou há pouco o MasterPlan do complexo aeroportuário, que consumirá, em valores atuais, R$ 8,4 bilhões durante os próximos 30 anos, período estabelecido para a concessão. A meta é tornar Viracopos o maior e mais moderno da América Latina.

Mesmo fora do escopo inicial, a concessionária anunciou também hoje a antecipação do início da construção e operação da segunda pista para 2017. Orçada em R$ 500 milhões, será construída a 2,5 km da pista atual, o que viabilizará operações simultâneas. “E permitirá que sejamos hub internacional”, explica João Santana, presidente do conselho de administração da Aeroportos Brasil.

São cinco ciclos de investimentos previstos para Viracopos. O primeiro, já iniciado, consumirá R$ 1,4 bilhão (dos investidores e do BNDES) e será encerrado em maio de 2014, com a entrega do novo terminal de passageiros capacitado para receber 14 milhões de pessoas por ano. Hoje, já trabalham no local 250 funcionários nos serviços de terraplenagem (em 2013 serão três mil profissionais) – que movimentarão 2,5 milhões de metros cúbicos de terra. As fundações começarão em outubro.

O novo terminal apresentará visual arrojado, em aço e vidro e seguirá as mais modernas tendências mundiais, sendo, inclusive, pioneiro em alguns aspectos relacionados à sustentabilidade. Exemplo: cobertura do telhado com células fotovoltaicas para captura de energia solar e a reutilização da água da chuva. Serão 28 pontes de embarque, sete novas posições remotas de estacionamento de aeronaves e um edifício-garagem com quatro mil vagas.

A obras em nada afetarão as atuais operações no aeroporto.

Revitalização

Em agosto, a Aeroportos Brasil começou a investir R$ 69 milhões para proporcionar mais conforto e agilidade aos passageiros e empresas que operam em Viracopos.

A revitalização do atual terminal compreende ampliação do número de sanitários, da área de embarque em 142%, de 2,3 mil metros quadrados para 5,8 mil metros quadrados, e construção de terminal remoto para ATRs. Além disso, o MOP (Módulo Operacional Provisório) ganhará esteira de bagagens, o que ampliará a capacidade de check-in e será erguida uma passarela coberta entre os bolsões de estacionamento e a área de embarque.