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A construção civil brasileira precisa de um choque de realidade

De acordo com especialista, apesar de sua importância vital, o setor civil brasileiro permanece preso a métodos tradicionais, essencialmente artesanais, que pouco evoluíram nas últimas décadas

Assessoria de Imprensa

17/07/2025 10h34


Por Rubens Campos*

O Brasil enfrenta um dos maiores desafios sociais de sua história: o déficit habitacional, que já ultrapassa os 6 milhões de moradias, segundo a Fundação João Pinheiro.

Em comparação com 2019, houve um crescimento de 4,2% nesse número. Isso significa que são milhões de brasileiros sem acesso a uma moradia adequada, reflexo de uma construção civil deficitária e tecnologicamente estagnada.

Apesar de sua importância vital, o setor civil brasileiro permanece preso a métodos tradicionais, essencialmente artesanais, que pouco evoluíram nas últimas dé

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Por Rubens Campos*

O Brasil enfrenta um dos maiores desafios sociais de sua história: o déficit habitacional, que já ultrapassa os 6 milhões de moradias, segundo a Fundação João Pinheiro.

Em comparação com 2019, houve um crescimento de 4,2% nesse número. Isso significa que são milhões de brasileiros sem acesso a uma moradia adequada, reflexo de uma construção civil deficitária e tecnologicamente estagnada.

Apesar de sua importância vital, o setor civil brasileiro permanece preso a métodos tradicionais, essencialmente artesanais, que pouco evoluíram nas últimas décadas.

Estamos falando de um mercado que ainda empilha tijolos como há 200 anos, com baixa produtividade, altos índices de desperdício e detritos. O custo dessa inércia é elevado.

Além da carência habitacional, a construção civil convive com a escassez de mão de obra qualificada e o aumento no preço de materiais como cimento e tijolos. Nesse contexto, a insistência nas mesmas estratégias do passado é caminhar rumo ao colapso.

Enquanto isso, o mundo evolui. Um estudo da consultoria McKinsey aponta que a construção civil é o segundo setor menos impactado pela tecnologia em todo o planeta, ficando à frente apenas da pesca.

O reflexo disso no Brasil é ainda mais evidente. A nossa produtividade média é 30% inferior à de outros países com realidades semelhantes, segundo o Sinduscon e a FGV.

A pergunta que fica é: até quando vamos aceitar conviver com essa defasagem?

A resposta passa, necessariamente, pela industrialização e modernização do setor.
Modelos construtivos como o light steel frame, por exemplo, têm se consolidado como uma alternativa inovadora, eficiente e sustentável.

Atualmente, já são mais de 2 milhões de metros quadrados projetados e vendidos com essa tecnologia em território nacional, com base apenas nos dados d. Esse número simboliza que a mudança já começou, mas precisa urgentemente ser acelerada.
Diferentemente do modelo convencional, o steel frame utiliza componentes pré-fabricados e processos industriais para substituir diversas etapas da construção em campo.

Essa mudança transforma o canteiro de obras em uma linha de montagem altamente organizada, reduzindo prazos, minimizando perdas e elevando a qualidade final das edificações. A precisão fabril traz controle, eficiência e confiabilidade ao processo.

Além disso, a capacidade de executar etapas simultâneas e a padronização de componentes diminuem drasticamente os retrabalhos e os atrasos, comuns na construção tradicional. Ao otimizar o uso de recursos e diminuir o desperdício, essa tecnologia também contribui para um setor mais sustentável — algo cada vez mais urgente no contexto ambiental atual.

É chegada a hora de um choque de realidade.

O déficit habitacional, a crise de produtividade e os impactos ambientais não serão resolvidos com novos tijolos. É preciso que a construção civil siga o mesmo caminho de inovação inerente a todos os outros setores da nossa economia. É urgente a necessidade de soluções industriais, tecnológicas e inteligentes.

O setor construtivo brasileiro não pode mais adiar sua revolução, ou corremos riscos de desmoronar.

* Rubens Campos, CEO da Espaço Smart, primeira loja de casas do Brasil

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