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Revista GC - Ed.23 - Jan/Fev 2012
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Especial Rio de Janeiro

Superporto do Açu recebeu mais de R$ 2,3 bilhões em investimentos

Montante foi aplicado entre 2007 e 2011 em uma estrutura capaz de tornar o porto em um dos mais modernos do mundo

Desde o início das obras, em 2007, até o final do ano passado, a LLX, empresa de logística do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, investiu mais de R$ 2,3 bilhões no Superporto do Açu, em construção no município de São João da Barra, norte fluminense. Trata-se do maior investimento privado em infraestrutura portuária das Américas, um complexo de uso misto, composto por dois terminais, um offshore e outro onshore, localizado próximo à área responsável por 85% da produção de petróleo e gás do Brasil. Os dois terminais, TX1 e TX2, reduzirão o gargalo logístico do Brasil com a criação do mais eficiente corredor para o comércio exterior do país, ligando os mais importantes mercados mundiais ao Complexo Industrial do Superporto do Açu. O início da operação do Superporto está previsto para o final de 2012.

Com um projeto inovador, que utiliza modernas práticas de engenharia, construção e operação, o Superporto do Açu será comparado aos mais modernos e eficientes portos do mundo, como os da Ásia e Europa, preparado para receber navios de grande porte, como o Capesize, VLCC e Chinamax, que tran


Desde o início das obras, em 2007, até o final do ano passado, a LLX, empresa de logística do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, investiu mais de R$ 2,3 bilhões no Superporto do Açu, em construção no município de São João da Barra, norte fluminense. Trata-se do maior investimento privado em infraestrutura portuária das Américas, um complexo de uso misto, composto por dois terminais, um offshore e outro onshore, localizado próximo à área responsável por 85% da produção de petróleo e gás do Brasil. Os dois terminais, TX1 e TX2, reduzirão o gargalo logístico do Brasil com a criação do mais eficiente corredor para o comércio exterior do país, ligando os mais importantes mercados mundiais ao Complexo Industrial do Superporto do Açu. O início da operação do Superporto está previsto para o final de 2012.

Com um projeto inovador, que utiliza modernas práticas de engenharia, construção e operação, o Superporto do Açu será comparado aos mais modernos e eficientes portos do mundo, como os da Ásia e Europa, preparado para receber navios de grande porte, como o Capesize, VLCC e Chinamax, que transporta até 400 mil toneladas de carga. A previsão é que, até o final das obras, o montante dos investimentos some R$ 3,4 bilhões.

Projetado dentro do conceito de porto-indústria, o Porto de Açu deverá criar novos paradigmas para a operação portuária no Brasil. Ele deverá abrigar, em sua retroárea, de mais de 100 km2 (equivalente a quase ¼ de toda a área do município, de 431 km2), um complexo industrial onde serão instalados uma siderúrgica, duas cimenteiras, um polo metal-mecânico, uma usina termoelétrica e pelo menos quatro usinas para pelotização de minério.

Além dessas, várias outras indústrias e empresas de serviços deverão se instalar na região, atraídas pelas facilidades logísticas proporcionadas pela intregração do porto com as infraestruturas rodoviária e ferroviária existentes. Até o momento, a LLX já possui cerca de 70 memorandos de intenção assinados com empresas que querem construir plantas industriais ou movimentar cargas no Porto do Açu.

Em agosto do ano passado, a empresa recebeu a Licença Prévia para construção de um pátio logístico, com área superior a 600 hectares, que possibilitará o armazenamento e a movimentação de cargas, preferencialmente conteinerizadas. O pátio terá acesso ferroviário e será equipado com sistema de correias transportadoras, dutovia e modernos equipamentos para movimentação de contêineres.

Um terminal de granéis líquidos permitirá a movimentação de 4 milhões de metros cúbicos ao ano de gás natural liquefeito (GNL). O porto terá condição, ainda, de atender as necessidades de logística e suprimento das atividades de exploração e produção de óleo e gás na Bacia de Campos.

O Porto de Açu será, ainda, parte integrante da cadeia logística do chamado Projeto Minas-Rio, concebida para viabilizar a exportação do minério de ferro produzido em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG). O minério beneficiado será transportado por um mineroduto de 525 quilômetros, que passará em 32 municípios de Minas e Rio de Janeiro, chegando finalmente em outra unidade de beneficiamento a ser construída no terminal portuário em São João da Barra, para ser exportado.

Todos esses fatores, conjugados, prometem, promovendo na região um desenvolvimento econômico jamais visto. A estimativa é que o Porto do Açu irá atrair investimentos da ordem de US$ 36 bilhões. Quando o porto e o complexo industrial estiverem funcionando, a previsão é que sejam gerados cerca de 50 mil postos de trabalho diretos. Mas antes mesmo de concluído, o Porto de Açu já revolucionou a vida em São João da Barra e municípios vizinhos. Suas obras já geram hoje cerca de 2.600 empregos diretos, a maioria reside em Campos ou em São João da Barra.

O Porto de Açu foi projetado para ser o mais moderno terminal portuário privativo de uso misto do Brasil e a principal alternativa para o escoamento da produção dos estados do centro-oeste e sudeste do país, que atualmente sofrem com a falta de acessos logísticos. Com profundidade de 18,5 metros (e posterior expansão para 21 metros), o porto terá capacidade para receber navios de grande porte, como graneleiros tipo capesize até 220.000 t, bem como a nova geração de superconteineiros, com capacidade de até 11.000 TEUs como  (220 mil toneladas) e com fretes mais competitivos.

A previsão é que sejam movimentadas no porto 63,3 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, além de 10 milhões de toneladas ao ano de produtos siderúrgicos, 15 milhões de toneladas ao ano de carvão, 5 milhões de toneladas ao ano de granéis sólidos e 7,5 milhões de toneladas ao de carga geral.

Para o canal de acesso e a bacia de atracação de navios estão sendo feitos serviços de dragagem envolvendo um volume aproximado de 13.200.000 m3 de forma a atingir uma profundidade de -18,5 m até -21,0 m, prevendo-se a atracação de navios de grande capacidade de carga para transporte de minério de ferro até 160.000 DWT na primeira fase e até 220.000 DWT na segunda.  No total, serão removidos 18 milhões m3 de areia.

Siderúrgica Ternium

A LLX assinou contrato com a ítalo-argentina Ternium para a instalação de parque siderúrgico no Superporto do Açu, com capacidade inicial de produção de 5,6 milhões de toneladas de aço bruto por ano. O grupo siderúrgico Ternium possui fábricas no México e Argentina e é controlado pela empresa Techint.

O empreendimento recebeu a Licença Previa (LP) e aguarda a Licença de Instalação (LI), cuja previsão da empresa é de que saia ainda no início de 2012. A LP autorizou a produção de até 8,4 milhões de toneladas de aço bruto por ano. O projeto aprovado contemplou uma pelotizadora e uma planta siderúrgica integrada para produção de aço em placas e laminados.

Para a liberação destas licenças, a Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA) coordenou duas audiências pública nos dias 7 e 8 de junho de 2011 nas quais foram apresentados e discutidos o EIA/Rima Estudo/Relatório de Impacto Ambiental da siderúrgica.

Todas essas negociações apontam para um interesse imediato do grupo Tecnint, em suprir mais rapidamente, os laminadores de sua usina mexicana, que  atualmente está parcialmente ociosa.

A entrada na sociedade da Usiminas, ainda não fechada, poderá adiar a decisão da construção da siderúrgica no Complexo do Açu, que o grupo EBX, já dava como certa, através dos relatórios de prestação de contas, da sua empresa de logística, LLX.

A informação sobre a possibilidade do adiamento do investimento no Açu veio quando os investidores da Ternium anunciaram o interesse em pagar R$ 5,2 bilhões para entrar na sociedade da siderúrgica mineira Usiminas, que é controlada pela Nippon Steel, nas ações que hoje pertencem à Camargo Corrêa e Votorantim.

Estes R$ 5,2 bilhões é exatamente o preço do investimento inicial para a construção da siderúrgica no Açu, sobre a qual os investidores dizem que “ainda não bateu o martelo”.

A Tecnint tem três siderúrgicas na América do Sul, sendo duas no México e uma na Argentina, mais outra nos EUA. A oferta para aquisição de parte da Usiminas feita pela família Rocca, dona do grupo Tecnhint, foi considerada muita elevada.

Além da siderúrgica Ternium, a LLX celebrou contratos take or pay de longo prazo para serviços portuários. Um deles prevê o embarque de produtos fabricados no parque siderúrgico da Ternium, e o outro o desembarque de carvão. Com a Anglo American, a empresa possui um contrato take or pay para embarque de minério de ferro Superporto do Açu. Além disso, a LLX também assinou acordos comerciais com a Camargo Correa Cimentos e com a Votorantim Cimentos para a implantação de unidades industriais para a produção de cimento no Complexo Industrial do Superporto do Açu.

 

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