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Revista GC - Ed.23 - Jan/Fev 2012
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Especial Rio de Janeiro

Obras do Maracanã avançam dentro do cronograma previsto

Empreendimento está sendo tocado dentro de conceitos de sustentabilidade, para habilitar o estádio à certificação LEED

Com cerca de 33% de avanço físico alcançado em meados de fevereiro, prosseguem em ritmo acelerado as obras de reforma e modernização do estádio do Maracanã, que deverá ser cenário do final da Copa do Mundo de 2014. De acordo com representantes do Consórcio Maracanã Rio 2014 – composto pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Delta – responsável pelos trabalhos, e da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), subordinada à Secretaria de Obras do Estado (Seobras), tudo segue dentro do cronograma fixado e o risco de atraso de 10 meses, que poderia ter sido gerado pela necessidade de retirada da marquise de concreto do estádio, etapa fora da programação original, já foi afastado.

Superada essa fase, foi iniciada a concretagem e a construção da parte inferior da arquibancada. Toda a parte de montagem estrutural deve ser concluída no final de abril. Os contrafortes ficam prontos em maio; as novas arquibancadas, por sua vez, devem ser entregues em setembro e em alguns setores, já foi iniciado o assentamento dos blocos que servirão de base para as cadeiras das arquibancadas. As rampas externas de acesso ao estádio também já estão sendo erguidas, e ficarão prontas em dezembro.

Para dar celeridade ao processo, uma usina de concreto e uma fábrica de pré-moldados foram instaladas no canteiro de obras, junto ao Maracanã. A fabricação dos pré-moldados foi iniciada em novembro de 2011 e prossegue até o início de junho, quando terá sido produzido um total de 3 mil peças.

Atualmente, cerca de 4 mil operários trabalham na reforma e adequação do estádio para a Copa de 2014, em três turnos de trabalho. A meta é chegar a perto de 5 mil, no pico da obra, a ser atingido no mês de março.

Surpresa desagradável

A necessidade de desmontar a cobertura de concreto do estádio não era prevista desde o início do programa de modernização do estádio e sua descoberta poderia ter se convertido em um atraso de no mínimo 10 meses.  durante as obras de reforma do estádio, que não estavam previstas no conjunto das intervenções. Com as obras já iniciadas, constatou-se  que a laje de concreto, que fazia a cobertura não apresentava a segurança necessária e teria que ser removida. O impacto desta intervenção so


Com cerca de 33% de avanço físico alcançado em meados de fevereiro, prosseguem em ritmo acelerado as obras de reforma e modernização do estádio do Maracanã, que deverá ser cenário do final da Copa do Mundo de 2014. De acordo com representantes do Consórcio Maracanã Rio 2014 – composto pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Delta – responsável pelos trabalhos, e da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), subordinada à Secretaria de Obras do Estado (Seobras), tudo segue dentro do cronograma fixado e o risco de atraso de 10 meses, que poderia ter sido gerado pela necessidade de retirada da marquise de concreto do estádio, etapa fora da programação original, já foi afastado.

Superada essa fase, foi iniciada a concretagem e a construção da parte inferior da arquibancada. Toda a parte de montagem estrutural deve ser concluída no final de abril. Os contrafortes ficam prontos em maio; as novas arquibancadas, por sua vez, devem ser entregues em setembro e em alguns setores, já foi iniciado o assentamento dos blocos que servirão de base para as cadeiras das arquibancadas. As rampas externas de acesso ao estádio também já estão sendo erguidas, e ficarão prontas em dezembro.

Para dar celeridade ao processo, uma usina de concreto e uma fábrica de pré-moldados foram instaladas no canteiro de obras, junto ao Maracanã. A fabricação dos pré-moldados foi iniciada em novembro de 2011 e prossegue até o início de junho, quando terá sido produzido um total de 3 mil peças.

Atualmente, cerca de 4 mil operários trabalham na reforma e adequação do estádio para a Copa de 2014, em três turnos de trabalho. A meta é chegar a perto de 5 mil, no pico da obra, a ser atingido no mês de março.

Surpresa desagradável

A necessidade de desmontar a cobertura de concreto do estádio não era prevista desde o início do programa de modernização do estádio e sua descoberta poderia ter se convertido em um atraso de no mínimo 10 meses.  durante as obras de reforma do estádio, que não estavam previstas no conjunto das intervenções. Com as obras já iniciadas, constatou-se  que a laje de concreto, que fazia a cobertura não apresentava a segurança necessária e teria que ser removida. O impacto desta intervenção sobre o conjunto das obras, pelos métodos convencionais, seria grande, já que seria necessária a suspensão da construção das novas arquibancadas e trabalhos de reforço de estrutura até a demolição total e remoção dos fragmentos da estrutura.

A solução indicada pela Casagrande Engenharia e adotada neste caso foi o corte da cobertura em grandes placas, e remoção com o auxílio de guindastes de grande porte, da Liebher, sem a necessidade de interrupção do trabalho de fundação das arquibancadas já iniciado, garantindo ainda a manutenção da estrutura existente, abaixo da cobertura.

A laje de concreto foi, então, cortada em grandes seções, que eram retiradas e posteriormente no solo, com o auxílio de britadores. Esses resíduos sólidos eram então reciclados, com a separação da parte de metal do concreto, e aproveitados na pavimentação da própria obra e no preenchimento do contraforte, que dá sustentação às arquibancadas.

A trituração in loco do material demolido eliminou ainda o tempo gasto com o transporte de entulho até os lixões na cidade, reduzindo o trânsito de caminhões no entorno do Maracanã, muito saturado nos horários de pico

O processo todo levou cerca de quatro meses. O engenheiro João Casagrande, que propôs esse método de desmonte da cobertura, afirma que assim, o atraso, que seria de 10 meses, ficou reduzido a um mês, apenas.

Outro fator que contribuiu para a recuperação dos prazos foi a adoção de método construtivo misto, empregando estruturas em concreto e vigas metálicas. Essas estruturas começaram a ser montadas no início deste ano e começam a dar forma ao novo conjunto de arquibancadas.

A nova arquibancada não terá separação de setores e partirão da beira do gramado até o topo do antigo anel superior. Assim, quando a reforma estiver concluída, os dois níveis do anel do estádio vão se encontrar, separados apenas por uma linha de 110 camarotes. Com as mudanças, o torcedor vai ficar mais perto do campo e assistirá aos jogos em posição privilegiada, uma vez que a parte superior vai avançar 12 metros em direção ao gramado. Não haverá mais pontos cegos no estádio.

A velha cobertura vai dar lugar a uma nova, em membrana tensionada, sustentada por cabos de aço, com durabilidade de 50 anos. A nova cobertura será dotada de uma rede de drenagem para coletar a água da chuva, que será usada na descarga dos banheiros e na irrigação do gramado.

Entre o velho e o novo

Fazer um Maracanã moderno, mas respeitando o projeto original. Esse foi um dos grandes desafios de reformar o grande templo do futebol brasileiro. O consórcio construtor assegurou um orçamento de R$ 705 milhões, ficando 2,14% abaixo do que tinha sido avaliado pelo governo estadual do Rio, R$ 720 milhões.

Entre as mudanças mais perceptíveis pelo público estão a construção de novas rampas, a instalação de novos elevadores, arquibancadas mais próximas do campo e assegurando visão total do gramado. Para que as seleções entrem juntas em campo, o túnel de acesso ao gramado será alargado.

Já os camarotes, que hoje estão localizados na parte superior do estádio, serão transferidos para o meio das arquibancadas, permitindo uma melhor ventilação. Além disso, por exigência da FIFA, passarão de 99 para 110. As cadeiras, por sua vez, ganharão uma cobertura de politetrafluoretileno (PTFE), resina de última geração. Os torcedores e visitantes poderão usufruir ainda de um maior número de banheiros e restaurantes.

O projeto prevê ainda a construção de um prédio para estacionamento, acima das linhas da Supervia e do metrô, com cerca de 3.500 vagas.

Por outro lado, a capacidade do Maracanã será reduzida de 86 mil para 76 mil lugares a fim de adequar os assentos aos critérios de conforto da Fifa. O acesso será feito por meio de duas rampas, que voltarão a funcionar com a derrubada dos camarotes que ficam na parte superior do estádio.

Além disso, serão abertos outros quatro acessos para atingir o número solicitado pela Fifa. Essa intervenção reduzirá o tempo de escoamento do público para oito minutos, no máximo. A cobertura em laje de concreto dará lugar a uma cobertura em lona tensionada.

Estádio “verde”

As obras no Maracanã seguem as regras para a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), voltada para as construções sustentáveis e ambientalmente eficientes. No centro do campo está sendo construído um decantador, que concentrará a água da chuva durante a obra, permitindo que o trabalho aconteça sem que sedimentos, como lama, cheguem à rede de águas pluviais. Quando a obra estiver concluída, o sistema de drenagem no campo irá recolher o excedente da água do gramado e a direcionará, livre de resíduos, para a cisterna de reuso. Nesse caso, os minerais que se perderem durante a irrigação retornarão ao gramado.

Outra ação voltada para a preservação do meio ambiente é a utilização de energia solar para o aquecimento das duchas e torneiras nos banheiros. As torneiras também usarão o sistema de temporização, para evitar desperdício. Da mesma forma, as válvulas das descargas terão duas fases, sendo uma com um volume menor de água, para o descarte de resíduos líquidos. Todas as torneiras terão em seus bicos um aerador, equipamento que ajuda na melhor distribuição da água. Dessa forma, reduz-se o consumo com uma vazão mais eficiente.

O aquecimento dos chuveiros das duchas dos vestiários será feito por energia solar. Essas ações ajudarão na redução do consumo de água e de energia elétrica, assim como há uma preocupação na redução das emissões de gás carbônico.

Para evitar que poeira e qualquer tipo de resíduo possam sair do estádio, durante as obras, estão sendo lavadas as rodas dos veículos, protegidos os bueiros, para evitar que os sedimentos possam chegar à rede pluvial, e cercadas as árvores no entorno do estádio, para evitar qualquer prejuízo às espécies.

 

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