Projetado dentro do conceito de porto-indústria, o Porto de Açu, em construção desde outubro de 2007, no município de São João da Barra (RJ), com início de operação previsto para o primeiro semestre de 2012, deverá criar novos paradigmas para a operação portuária no Brasil. Com custo estimado em US$ 1,6 bilhão, o porto, empreendimento da LLX Logística S.A, braço logístico do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, abrigará em sua retroárea, de mais de 100 km2 (equivalente a quase ¼ de toda a área do município, de 431 km2), um complexo industrial onde serão instalados uma siderúrgica, duas cimenteiras, um pólo metal-mecânico, uma usina termoelétrica e pelo menos quatro usinas para pelotização de minério.
Além dessas, várias outras indústrias e empresas de serviços deverão se instalar na região, atraídas pelas facilidades logísticas proporcionadas pela intregração do porto com as infraestruturas rodoviária e ferroviária existentes. Até o momento, a LLX já possui 66 memorandos de intenção assinados com empresas que querem construir plantas industriais ou movimentar cargas no Po
Projetado dentro do conceito de porto-indústria, o Porto de Açu, em construção desde outubro de 2007, no município de São João da Barra (RJ), com início de operação previsto para o primeiro semestre de 2012, deverá criar novos paradigmas para a operação portuária no Brasil. Com custo estimado em US$ 1,6 bilhão, o porto, empreendimento da LLX Logística S.A, braço logístico do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, abrigará em sua retroárea, de mais de 100 km2 (equivalente a quase ¼ de toda a área do município, de 431 km2), um complexo industrial onde serão instalados uma siderúrgica, duas cimenteiras, um pólo metal-mecânico, uma usina termoelétrica e pelo menos quatro usinas para pelotização de minério.
Além dessas, várias outras indústrias e empresas de serviços deverão se instalar na região, atraídas pelas facilidades logísticas proporcionadas pela intregração do porto com as infraestruturas rodoviária e ferroviária existentes. Até o momento, a LLX já possui 66 memorandos de intenção assinados com empresas que querem construir plantas industriais ou movimentar cargas no Porto do Açu. Em agosto do ano passado, a empresa recebeu a Licença Prévia para construção de um pátio logístico, com área superior a 600 hectares, que possibilitará o armazenamento e a movimentação de cargas, preferencialmente conteinerizadas. O pátio, cujas obras serão iniciadas ainda no primeiro semestre deste ano, com conclusão prevista para início de 2012, terá acesso ferroviário e será equipado com sistema de correias transportadoras, dutovia e modernos equipamentos para movimentação de contêineres.
Um terminal de granéis líquidos permitirá a movimentação de 4 milhões de metros cúbicos ao ano de gás natural liquefeito (GNL). O porto terá condições, ainda, de atender as necessidades de logística e suprimento das atividades de exploração e produção de óleo e gás na Bacia de Campos.
O Porto de Açu será, ainda, parte integrante da cadeia logística do chamado Projeto Minas-Rio, concebida para viabilizar a exportação do minério de ferro produzido em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG). O minério beneficiado será transportado por um mineroduto de 525 quilômetros, que passará em 32 municípios de Minas e Rio de Janeiro, chegando finalmente em outra unidade de beneficiamento a ser construída no terminal portuário em São João da Barra, para ser exportado.
Todos esses fatores, conjugados, prometem promover na região um desenvolvimento econômico jamais visto. A estimativa é que o Porto do Açu irá atrair investimentos da ordem de US$ 36 bilhões. Quando o porto e o complexo industrial estiverem funcionando, a previsão é que sejam gerados cerca de 50 mil postos de trabalho diretos. Mas antes mesmo de concluído, o Porto de Açu já revolucionou a vida em São João da Barra e municípios vizinhos. Suas obras já geram hoje cerca de 2.600 empregos diretos, a maioria reside em Campos ou em São João da Barra.
O Porto de Açu foi projetado para ser o mais moderno terminal portuário privativo de uso misto do Brasil e a principal alternativa para o escoamento da produção dos estados do centro-oeste e sudeste do país, que atualmente sofrem com a falta de acessos logísticos. Com profundidade de 18,5 metros (e posterior expansão para 21 metros), o porto terá capacidade para receber navios de grande porte, como graneleiros tipo capesize até 220 mil t, bem como a nova geração de superconteineiros, com capacidade de até 11.000 TEUs (220 mil t) e com fretes mais competitivos.
A previsão é que sejam movimentadas, no porto, 63,3 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, além de 10 milhões de toneladas ao ano de produtos siderúrgicos, 15 milhões de toneladas ao ano de carvão, 5 milhões de toneladas ao ano de granéis sólidos e 7,5 milhões de toneladas ao ano de carga geral.
Para o canal de acesso e a bacia de atracação de navios estão sendo feitos serviços de dragagem envolvendo um volume aproximado de 13,2 milhões m³ de forma a atingir uma profundidade de -18,5 m até -21,0 m, prevendo-se a atracação de navios de grande capacidade de carga para transporte de minério de ferro –até 160.000 DWT na primeira fase e até 220.000 DWT na segunda. No total, serão removidos 18 milhões m³ de areia.
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