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Revista GC - Ed.68 - Abril 2016
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TI na Construção

Monitoramento de obras já é feito por drones

O uso de veículos aéreos não tripulados, conhecidos como drones, ainda é pouco utilizado no setor da construção, mas essa é uma área com grande potencial de crescimento, uma vez que esse setor da economia tem se mostrado ávido por assimilar novidades tecnológicas. Dentre as vantagens oferecidas pelos drones estão as facilidades no monitoramento e mapeamento de grandes áreas onde os projetos serão realizados; na avaliação dessas áreas para a geração de pré-projetos; na realização de estudos ambientais e no acompanhamento da evolução das obras, com documentação fotográfica. Há ainda a possibilidade do uso de drones em inspeções de estruturas, notadamente aquelas muito altas, onde há dificuldade de acesso, ou ainda no acompanhamento de desastres ambientais.

Além de câmeras fotográficas e de vídeo, para geração de imagens em alta resolução, os drones podem ser embarcados por um grande número de equipamentos e ferramentas de captação de informação, como um sensor termal, por exemplo, útil na inspeção de equipamentos e estruturas. Caso o operador detecte pontos com e


O uso de veículos aéreos não tripulados, conhecidos como drones, ainda é pouco utilizado no setor da construção, mas essa é uma área com grande potencial de crescimento, uma vez que esse setor da economia tem se mostrado ávido por assimilar novidades tecnológicas. Dentre as vantagens oferecidas pelos drones estão as facilidades no monitoramento e mapeamento de grandes áreas onde os projetos serão realizados; na avaliação dessas áreas para a geração de pré-projetos; na realização de estudos ambientais e no acompanhamento da evolução das obras, com documentação fotográfica. Há ainda a possibilidade do uso de drones em inspeções de estruturas, notadamente aquelas muito altas, onde há dificuldade de acesso, ou ainda no acompanhamento de desastres ambientais.

Além de câmeras fotográficas e de vídeo, para geração de imagens em alta resolução, os drones podem ser embarcados por um grande número de equipamentos e ferramentas de captação de informação, como um sensor termal, por exemplo, útil na inspeção de equipamentos e estruturas. Caso o operador detecte pontos com excesso de calor, ele pode adotar uma ação corretiva para sanar possíveis defeitos da estrutura ou do equipamento vistoriado.

Economia de tempo, de dinheiro e aumento da segurança para os funcionários são fatores que estimulam o crescimento da demanda desse mercado. Enquanto uma equipe de topografia poderia levar semanas para levantar uma área de 100 hectares, dependendo do grau de detalhamento, um drone pode sobrevoar a mesma área em menos de meia hora.

Até o surgimento dos drones, a documentação fotográfica aérea, mesmo em obras pequenas, dependia da utilização de aeronaves tripuladas ou helicópteros, o que encarecia a atividade. Com os equipamentos não tripulados é possível reduzir os custos de forma significativa.

De acordo com George Alfredo Longhitano, diretor da G-Drones, há uma grande expectativa de crescimento desse mercado já a partir de abril deste ano, quando sai a regulamentação para o uso comercial do equipamento. Originalmente, as aeronaves não tripuladas e remotamente pilotadas foram desenvolvidas para uso militar, mas civis viram nelas uma possibilidade de gerar imagens aéreas em alta definição a um custo reduzido para diferentes aplicações comerciais. Mas faltava a definição de normas para essa aplicação de forma segura.

Em fevereiro de 2014, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apresentou uma proposta de homologação, que passou por consulta pública antes da publicação. Nesse momento, a proposta tramita no Congresso, que deverá concluir as análises em abril. No caso de uso profissional, acredita-se que quanto mais pesado o equipamento, maiores serão as exigências para operá-lo.

Ainda não existe um levantamento preciso do tamanho da “frota’ de drones em operação no Brasil, muito menos de quantos são empregados na construção civil”. Mas algumas dezenas deles já foram adquiridas por diferentes empresas que prestam serviço para essa finalidade.

Longhitano explica que no Brasil, os drones são importados, inteiros ou desmontados, para serem montados aqui. Aos seus clientes, a G-Drones oferece as opções de compra do equipamento, ou contratação do serviço, para a obtenção de imagens aéreas oblíquas, mosaicos georreferenciados e ortorretificados e modelos Digitais de Superfície (3D), por exemplo. A empresa se especializou na atuação técnica para os segmentos de Engenharia, Geografia, Mineração, Topografia, Sondagem, Agricultura de Precisão etc, mas atua, também, na produção de fotos de Publicidade, vídeos institucionais, entre outras aplicações. Afinal, o veículo não tripulado permite uma infinidade de usos.

Na Grã-Bretanha, por exemplo, a marca de pizzas Domino's testou drones para a entrega dos pedidos dos seus clientes. No Japão, eles foram empregados para medição de radiação em torno da usina nuclear de Fukushima.  A gigante de comércio online Amazon já realizou testes com os veículos para fazer entregas nos Estados Unidos. E a Renault mostrou no Salão do Automóvel da Índia o Kwid Concept, modelo de veículo equipado com um drone para transmitir vídeos e fotos do trânsito ao motorista que quer evitar engarrafamentos.

Mas outros usos menos legítimos têm sido adotados, também. Em São Paulo, a polícia conseguiu interceptar um drone que era usado para entregar cocaína no pátio do Centro de Detenção Provisória de São José dos Campos. Outro foi apreendido quando era usado por assaltantes, para espionar residências de luxo que seriam roubadas.

Para a aplicação técnica, Longhitano revela que um drone pode ser adquirido a preços que variam entre R$ 15 mil e R$ 50 mil. O custo vai depender de fatores como a autonomia de voo do equipamento – de 14 minutos a duas horas – e da complexidade da tecnologia embarcada. Quanto mais sofisticados forem os sensores e equipamentos, mais caro sai o drone.

Mas o cliente pode optar por contratar o serviço diretamente da G-Drones, em vez de adquirir o veículo.  “A decisão deve levar em conta a frequência com que o drone deverá ser utilizado. Se essa frequência for grande, vale a pena comprar. É tudo uma questão de custo/benefício”, explica.

Longhitano lembra que além do “hardware”, ou veículo não tripulado, o cliente tem que adquirir o software específico para cada aplicação. “Todos os drones são entregues completos. Isso inclui a aeronave, a câmera, controle, (ground station) tablet com telemetria, software de planejamento e monitoramento de missões, bateria, bolsa antichamas para bateria, carregador de bateria, anemômetro digital, manual em português, case robusto para transporte e software em versão trial para processamento de imagens”.

O executivo afirma que os drones são fáceis de operar e as imagens podem ser geradas com GSD (resolução espacial) de até 1,50 cm. “A manutenção e reposição de peças é rápida e barata”, garante Longhitano.

Obra Roviária vistoriada com Drone

A Nova Tamoios Contornos, em Caraguatatuba e São Sebastião, foi a primeira grande obra rodoviária do Estado de São Paulo a ser vistoriada pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura/SP (Crea/SP) com auxílio de um drone. A vistoria técnica com a nova tecnologia foi realizada em outubro do ano passado, em parceria com a DERSA.  O objetivo da operação foi captar imagens aéreas que permitissem verificar o andamento das intervenções e registrar os elementos técnicos e os métodos construtivos que estavam sendo utilizados na obra.

O trabalho desenvolvido em conjunto com fiscais de solo permitiu agilidade nas vistorias. As imagens captadas também contribuíram para a inclusão de fornecedores na Rede de Responsabilidades Técnicas (RRT) do CREA-SP.  A RRT é um canal de relacionamento que identifica, em tempo real, as pessoas físicas e jurídicas contratadas ou em fase de contratação para a realização de obra ou serviço de Engenharia e Agronomia, que só podem atuar se estiverem em situação regular no Conselho.

Com 33,9 km de extensão, a Nova Tamoios Contornos criará uma alternativa à SP-055 para o acesso a Caraguatatuba e São Sebastião. O tráfego de passagem, especialmente o de caminhões, será desviado da área urbana. O investimento total é de R$ 1,99 bilhão. As intervenções estão a todo vapor. Atualmente, 2.790 operários atuam nas frentes de obras. A previsão é que a partir de maio de 2016 a rodovia comece a ser liberada ao tráfego.

A Nova Tamoios Contornos, em Caraguatatuba e São Sebastião, foi a primeira grande obra rodoviária do Estado de São Paulo a ser vistoriada pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura/SP (Crea/SP) com auxílio de um drone. A vistoria técnica com a nova tecnologia foi realizada em outubro do ano passado, em parceria com a DERSA.  O objetivo da operação foi captar imagens aéreas que permitissem verificar o andamento das intervenções e registrar os elementos técnicos e os métodos construtivos que estavam sendo utilizados na obra.

O trabalho desenvolvido em conjunto com fiscais de solo permitiu agilidade nas vistorias. As imagens captadas também contribuíram para a inclusão de fornecedores na Rede de Responsabilidades Técnicas (RRT) do CREA-SP.  A RRT é um canal de relacionamento que identifica, em tempo real, as pessoas físicas e jurídicas contratadas ou em fase de contratação para a realização de obra ou serviço de Engenharia e Agronomia, que só podem atuar se estiverem em situação regular no Conselho.

Com 33,9 km de extensão, a Nova Tamoios Contornos criará uma alternativa à SP-055 para o acesso a Caraguatatuba e São Sebastião. O tráfego de passagem, especialmente o de caminhões, será desviado da área urbana. O investimento total é de R$ 1,99 bilhão. As intervenções estão a todo vapor. Atualmente, 2.790 operários atuam nas frentes de obras. A previsão é que a partir de maio de 2016 a rodovia comece a ser liberada ao tráfego.

Para entender a tecnologia dos drones

Motores: Existem modelos de quatro, seis e oito motores. Cada motor comanda uma hélice de duas pás.

Central de comando: O GPS, o sistema de navegação e a entrada do canal de comando de rádio estão instalados na parte superior do drone.

Câmera: A bateria e o suporte ficam na parte inferior. O suporte tem um sistema de amortecimento e estabilização, necessário para garantir a qualidade da imagem.

Para cima: O drone pode chegar a 150 metros de altura, a uma velocidade de 60 km/h.

Para os lados: Se desloca até a 400 metros de distância, a uma velocidade de 80 km/h.

Controle remoto: Comanda tanto os movimentos do voo quanto da câmera (disparos, foco, zoom).

Monitor: Uma tela, que pode ser um notebook ou tablet, permite monitorar as imagens geradas pelo drone em tempo real.

Autonomia: Depende da velocidade e das condições de vento. Em média, voa por 40 minutos.

Preço: Drones mais simples, para uso recreativo, custam entre R$ 2 mil e R$ 4,5 mil. Equipamentos mais elaborados, para mapeamento geográfico, custam de R$ 15 mil a R$ 50 mil. Mas é possível encontrar veículos não tripulados com preços acima de R$ 200 mil, dependendo das suas especificações. E dos acessórios.

 

 

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