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Revista GC - Ed.6 - Julho 2010
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Energia

Hidrelétrica Serra do Facão entra em operação

Entrou em operação comercial, no dia 13 de julho, a Usina Hidrelétrica Serra do Facão, no rio São Marcos, entre os municípios de Catalão e Davinópolis, na divisa dos estados de Goiás e Minas Gerais. Equipada com duas turbinas geradoras Francis, com capacidade unitária de 108 MW, a hidrelétrica tem potência total instalada de 210 MW, suficiente para atender uma cidade com 1,2 milhão de habitantes. O empreendimento exigiu investimentos da ordem de R$ 1,063 bilhão e está sob a responsabilidade da Sociedade de Propósito Específico (SPE) Serra do Facão Energia S.A. (Sefac), formada por Furnas Centrais Elétricas S.A. (49,47%), Alcoa Alumínio S.A. (34,97%), DME Energética (10,09%) e Camargo Corrêa Energia (5,47%). A SPE foi constituída com a finalidade de construção e operação da hidrelétrica.

O Consórcio de Empresas Fornecedoras de Serra do Facão (Cofac) foi o responsável pela execução do empreendimento. A Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A., cabeça do consórcio, ficou responsável pelas obras civis; a Voith Siemens foi a fornecedora de equipamentos e da montage


Entrou em operação comercial, no dia 13 de julho, a Usina Hidrelétrica Serra do Facão, no rio São Marcos, entre os municípios de Catalão e Davinópolis, na divisa dos estados de Goiás e Minas Gerais. Equipada com duas turbinas geradoras Francis, com capacidade unitária de 108 MW, a hidrelétrica tem potência total instalada de 210 MW, suficiente para atender uma cidade com 1,2 milhão de habitantes. O empreendimento exigiu investimentos da ordem de R$ 1,063 bilhão e está sob a responsabilidade da Sociedade de Propósito Específico (SPE) Serra do Facão Energia S.A. (Sefac), formada por Furnas Centrais Elétricas S.A. (49,47%), Alcoa Alumínio S.A. (34,97%), DME Energética (10,09%) e Camargo Corrêa Energia (5,47%). A SPE foi constituída com a finalidade de construção e operação da hidrelétrica.

O Consórcio de Empresas Fornecedoras de Serra do Facão (Cofac) foi o responsável pela execução do empreendimento. A Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A., cabeça do consórcio, ficou responsável pelas obras civis; a Voith Siemens foi a fornecedora de equipamentos e da montagem eletromecânica; e a CNEC, pela elaboração do projeto executivo.

Foram três anos de obras, que chegaram a gerar 4.800 empregos, sendo 1.600 diretos e 3.200 indiretos. A energia produzida pela usina será incorporada ao SIN-Sistema Interligado Nacional de Transmissão de Energia, distribuída para todo o território nacional e utilizada pelos consorciados, se necessário.

Serra do Facão tem barragem de concreto compactado com rolo (CCR) e ombreiras em enrocamento, com núcleo de argila. O reservatório possui área com 227 km2, com cota máxima de inundação de 256 km2 abrangendo parcialmente áreas de cinco municípios goianos: (Catalão, com 72,8%; Campo Alegre de Goiás, com 22,4%; Cristalina, com 0,6%; Davinópolis, com 0,4%; e Ipameri, com 0,1%) e um de Minas Gerais (Paracatu, com 3,7%). Da área total do reservatório, 155 km2  correspondem à calha natural do rio.

O vertedouro tem duas comportas, com largura total de 33,90 m. A tomada de água tem duas unidades de captação, que levam água do reservatório até as duas unidades de geração, por meio de dois condutos forçados, com 78 m de comprimento e 6 m de diâmetro. A região tem topografia acidentada, que favorece a vazão da água.

Para a execução das obras, a Camargo Corrêa Energia instalou no local sua maior instalação industrial da América Latina, com capacidade para produzir 450 t/hora de agregados para concreto. Uma usina de concreto exclusiva para o projeto produziu, em média, 200 m3/h de concreto compactado com rolo e 65 m3/h de concreto convencional.

Desvio do rio foi marco definitivo
O desvio do rio aconteceu em fevereiro de 2009 e o enchimento do reservatório, nove meses depois, em 19 de novembro. Por volta das 10 horas, as duas comportas do túnel de desvio do rio São Marcos foram fechadas e, a partir desse momento, iniciou-se o processo de formação do lago.

As obras de desvio foram executadas em duas etapas básicas. A primeira fase iniciou-se pelo alargamento da calha do rio pela margem direita. Na sequência, foi construída uma ensecadeira, para a fase de construção. Na segunda fase foi construído um túnel escavado na ombreira esquerda, cuja capacidade de descarga durante a construção correspondeu às cheias de 50 anos de período de recorrência com a ensecadeira de montante, com crista na cota 694 m, e a ensecadeira de jusante com crista na cota 679 m.

O circuito hidráulico compreende a estrutura da tomada d’água com duas passagens independentes, dois condutos forçados blindados, casa de força, externa e abrigada, com duas unidades geradoras e área de montagem, e Canal de Fuga escavado em rocha, de pequena extensão, restituindo as vazões turbinadas ao rio.

A subestação de 138 kV associada à UHE Serra do Facão está localizada na ombreira esquerda e será reconectada à subestação de Catalão de 138 kV, por uma linha de circuito duplo com cabo Grosbeak e estrutura metálica.

Os trabalhos de implantação da linha de transmissão, com 32,5 km de extensão, responsável por levar a energia gerada pela hidrelétrica até a subestação da Celg (Centrais Elétricas de Goiás), no município de Catalão, foram concluídos em fevereiro de 2010. A faixa de servidão, que é a área necessária para a instalação, operação e manutenção da linha de transmissão em condições de segurança, tem 26 m de largura e passa por 72 propriedades. Todos os imóveis foram indenizados pela restrição de uso da área ocupada pela faixa de servidão.

Impactos socioambientais
Para a implantação da Linha de Transmissão, a Sefac recebeu licença de instalação em dezembro de 2008. Os serviços foram iniciados em junho de 2009. Todo o trabalho de supressão de vegetação foi acompanhado pela Agência Goiana de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, órgão ambiental do estado de Goiás. Ao todo 75 profissionais da área de meio ambiente monitoraram os impactos gerados pelo empreendimento. Biólogos e auxiliares acompanham o enchimento do reservatório e realizam, quando necessário, o resgate de animais ilhados ou incapacitados de se locomover.

Várias equipes cuidaram do monitoramento do rio, à jusante da barragem, para resgatar peixes nativos, posteriormente reinseridos no reservatório, como o jaú, o pintado, o surubim e o dourado.

Paralelamente aos trabalhos realizados no canteiro de obras, foram feitos outros serviços, como aquisição de propriedades, realocação de 400 famílias da população local, e execução da infraestrutura na área do reservatório da usina, como a construção e elevação de pontes e relocação de estradas, além da realização de atividades programadas para os diversos projetos ambientais.

O projeto Serra do Facão foi apresentado e amplamente debatido em diversas audiências públicas, realizadas em todas as comunidades nos municípios da área de abrangência do empreendimento. Como resultado, essas audiências apontaram um conjunto de melhorias e compromissos que foram incorporados ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA), possibilitando a obtenção da Licença Prévia em abril de 2002, documento que atesta a viabilidade ambiental do projeto.

Em setembro de 2006 o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) renovou a Licença de Instalação, permitindo a construção da Usina de Serra do Facão. Em novembro de 2009 o órgão concedeu a Licença de Operação, possibilitando o início do funcionamento e, consequentemente, a geração de energia. A concessão de uso para a exploração da usina foi adquirida por meio de leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 12 de Julho de 2002, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

Participação estratégica
A participação da Alcoa na empresa Serra do Facão Energia S.A. (Sefac) é estratégica, já que a empresa tem a opção preferencial na utilização gerada pela hidrelétrica no seu processo produtivo. A energia é fundamental na produção de alumínio, pois possibilita a transformação da alumina em metal. Com a UHE de Serra do Facão, a Alcoa busca a autossuficiência em suas operações.

“A fonte de energia mais competitiva utilizada pela Alcoa ainda é a hidrelétrica – limpa e de fonte renovável – e acreditamos que é possível construir usinas com responsabilidade socioambiental e de forma a desenvolver as regiões que as recebem”, diz Franklin L. Feder, presidente da Alcoa América Latina e Caribe. Além da Usina Serra do Facão, a empresa participa de consórcios nas hidrelétricas de Barra Grande e Machadinho, no sul do Brasil; e também de Estreito, em construção, na divisa do Tocantins e Maranhão.

Serra do Facão fica a montante de outra barragem, a da hidrelétrica de Emborcação, instalada no rio Paranaíba, em Araguari, com 1.192 MW de potência instalada, cujo início de operação ocorreu em 1982.

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