Uma das obras que não tem tido problemas de cronograma é a construção do Estaleiro e da base naval em Itaguaí – na Baía de Sepetiba, estado do Rio de Janeiro. As instalações abrigarão a construção de quatro submarinos nucleares com transferência de tecnologia francesa.
Enquanto as atividades de tecnologia e de desenvolvimento do submarino nuclear começaram em 2010, a construção do estaleiro e da base naval foi iniciada em 2011. O estaleiro permitirá a implementação gradual da tecnologia de construção de submarino nuclear no Brasil, começando pela montagem de parte do primeiro submarino Scorpène, que deverá ficar pronto em 2015.
A Marinha Brasileira ativou a Coordenadoria do Programa de Desenvolvimento de Submarino de Propulsão Nuclear em setembro de 2008. O complexo será parcela de um gigantesco empreendimento de 1,5 milhão de m² levantado pela Companhia Docas na região, o qual reunirá diversos estaleiros. O primeiro submarino será feito, em parte, na França, em Cherbourg – os outros terão seus cascos montados no Brasil, depois de manufaturados na Nuclep. O investimento é da orde
Uma das obras que não tem tido problemas de cronograma é a construção do Estaleiro e da base naval em Itaguaí – na Baía de Sepetiba, estado do Rio de Janeiro. As instalações abrigarão a construção de quatro submarinos nucleares com transferência de tecnologia francesa.
Enquanto as atividades de tecnologia e de desenvolvimento do submarino nuclear começaram em 2010, a construção do estaleiro e da base naval foi iniciada em 2011. O estaleiro permitirá a implementação gradual da tecnologia de construção de submarino nuclear no Brasil, começando pela montagem de parte do primeiro submarino Scorpène, que deverá ficar pronto em 2015.
A Marinha Brasileira ativou a Coordenadoria do Programa de Desenvolvimento de Submarino de Propulsão Nuclear em setembro de 2008. O complexo será parcela de um gigantesco empreendimento de 1,5 milhão de m² levantado pela Companhia Docas na região, o qual reunirá diversos estaleiros. O primeiro submarino será feito, em parte, na França, em Cherbourg – os outros terão seus cascos montados no Brasil, depois de manufaturados na Nuclep. O investimento é da ordem de R$ 5 bilhões. O empreendimento está a cargo da empresa francesa DCNS (Direction des Constructions Navales et Services), e as obras civis estão a cargo da Construtora Norberto Odebrecht, contratada pela empresa francesa. A DCNS dará assistência para o design da parte não-nuclear do submarino, a ser feita pela joint venture, e às obras para construção do estaleiro e da nova base de submarinos da MB.
O plano geral de obras envolve a construção da infraestrutura e dos prédios e instalações dos equipamentos da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), e um conjunto de obras marítimas, além da infraestrutura e dos prédios e instalações dos equipamentos para o estaleiro e para a base naval.
São duas principais frentes em andamento. Na Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, estão sendo construídas a superestrutura das edificações (industrial e administrativa) e instalações. No Estaleiro e Base Naval, estão em andamento as obras de dragagem, de aterro hidráulico, de cravação de estacas metálicas, colocação de estruturas pré-moldadas de concreto armado sobre estacas, além de abertura de túnel em rocha.
Segundo a Marinha Brasileira, as obras requerem tecnologias inovadoras aplicadas principalmente no dimensionamento da estrutura dos cais, destinados a servir os submarinos de propulsão nuclear considerando efeito de sismo; na utilização da técnica de densificação do aterro para evitar liquefação da areia durante a eventual ocorrência de sismo; no dimensionamento das docas secas considerando a classificação “estrutura nuclear”, e no armazenamento de material contaminado em “geotubes”.
As dificuldades enfrentadas ficam por conta do sistema logístico para suprimento e execução da obra. Principalmente sobre o acesso provisório de pessoal e material pela área do Porto de Itaguaí. Atualmente,não é possível transitar com material e pessoal pelo Porto, pois isso prejudica os serviços normais do local. A solução foi construir um acesso provisório ao lado do Porto. Porém trata-se de uma estrada de barro e estreita, o que dificulta o transporte de maior quantidade de caminhões e o tráfego em dias de chuva. O transporte pelo mar de estacas metálicas e peças pré-moldadas de concreto armado entre o canteiro de fabricação e o canteiro das obras de mar é outro ponto crítico para as obras, assim como a necessidade de obtenção de mão de obra qualificada no mercado. Hoje, a frente mais avançada é a obra da UFEM .
Segundo a área de comunicação da Marinha, os principais marcos da obra são: Prontificação das obras civis da UFEM, em 19 de novembro ; Prontificação das obras civis do Estaleiro Naval, em dezembro de 2014; e Prontificação das obras civis da Base Naval, em dezembro de 2017.
Dentre os cuidados adotados na construção das áreas em que serão construídos os submarinos nucleares, destaca-se o apoio da infraestrutura em rocha e adoção de fator de segurança 1,5 para equilíbrio do empuxo de água nas docas. Todas as atividades são orientadas por um Plano Básico Ambiental elaborado e a obra está licenciada pelo IBAMA. Cita-se, por exemplo, a dragagem de material contaminado na área de abrangência da obra, cuja destinação foi o envelopamento em embalagens especiais - geotubes - instaladas em terra.
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade