A energia eólica é uma alternativa energética que tem grandes possibilidades de vingar no Brasil, principalmente nos dois extremos do seu território – regiões Nordeste, com maior destaque, e Sul, que apresentam os melhores potenciais para esse tipo de geração de eletricidade.
Entretanto, a principal matriz nacional é mesmo a hidrelétrica que responde, grosso modo, por quase ¾ da energia produzida. Em segundo lugar, vem a termoelétrica, com mais de 10%. Muito se fala em energia nuclear, mas mais pela polêmica que essa opção levanta, notadamente em relação aos aspectos de segurança, do que por sua efetiva produção no nosso País. Para que se tenha uma ideia, a produção de energia elétrica, com matrizes nuclear e eólica, praticamente se equivale, ficando com um pouco mais de 1% da geração de eletricidade no Brasil.
O acidente ocorrido na Usina de Fukushima, no Japão, em 2011, decorrente de terremoto seguido por tsunami, “arrefeceu” um pouco o ânimo do País em relação aos investimentos em energia nuclear. Por outro lado, isso pode ter sido bom para o incremento de investimentos na matriz eólica, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Ener
A energia eólica é uma alternativa energética que tem grandes possibilidades de vingar no Brasil, principalmente nos dois extremos do seu território – regiões Nordeste, com maior destaque, e Sul, que apresentam os melhores potenciais para esse tipo de geração de eletricidade.
Entretanto, a principal matriz nacional é mesmo a hidrelétrica que responde, grosso modo, por quase ¾ da energia produzida. Em segundo lugar, vem a termoelétrica, com mais de 10%. Muito se fala em energia nuclear, mas mais pela polêmica que essa opção levanta, notadamente em relação aos aspectos de segurança, do que por sua efetiva produção no nosso País. Para que se tenha uma ideia, a produção de energia elétrica, com matrizes nuclear e eólica, praticamente se equivale, ficando com um pouco mais de 1% da geração de eletricidade no Brasil.
O acidente ocorrido na Usina de Fukushima, no Japão, em 2011, decorrente de terremoto seguido por tsunami, “arrefeceu” um pouco o ânimo do País em relação aos investimentos em energia nuclear. Por outro lado, isso pode ter sido bom para o incremento de investimentos na matriz eólica, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
Além disso, os preços da energia dos ventos no Brasil caíram de R$ 148 por MW/h (em 2009) para R$ 110 MW/h (neste ano). Sem contar o interesse que essa alternativa tem suscitado entre diversas empresas internacionais que estão investindo no segmento nacional, como Enel Green Power, General Electric Co., Alstom e Gamesa Corporación Tecnológica.
O leitor opina
Mas, o que os leitores do nosso site têm a dizer sobre a matriz energética que utiliza os ventos para gerar eletricidade? Recentemente, uma enquete virtual foi inserida aqui, buscando saber o que os “navegantes” conhecem e como se posicionam em relação a esse assunto.
Para 56% das pessoas que se prontificaram a responder as questões propostas, é necessário fortalecer os investimentos na geração de energia limpa, em geral. Entre eles, 11% acreditam que o custo desse tipo de energia ainda é muito alto, em especial, se comparado à alternativa hidrelétrica.
É bom mencionar que 20% dos que responderam aos questionamentos participam de projetos de geração de energia eólica, o que, de certa forma, qualifica a nossa enquete. De todos eles, 80% são da região Sudeste do País.
Entre os participantes, 78% reconhecem que o Brasil tem tecnologia para construir plantas de energia eólica; 52% acham que as universidades não prepararam adequadamente os novos engenheiros para essa tecnologia; e 30% acham que as faculdades cumprem seu papel.
Alguns acreditam que ainda falta maior empenho do governo e mais participação da sociedade como um todo.
Comentários
Alguns participantes da enquete nos autorizaram a publicar os seus comentários. Leia, a seguir, o que eles disseram:
Ruan Reis
O Brasil já dispõe de tecnologia para a construção de plantas de energia eólica. Possuímos conhecimento na construção dos parques, temos fabricantes produzindo aerogeradores e dispomos de equipes para montagem e instalação dos equipamentos. Entretanto, o maior desafio ainda é a viabilidade financeira para a construção de plantas eólicas.
As universidades estão falhando na formação de profissionais para atender às demandas relativas à energia dos ventos.
Bianca Araújo
O principal desafio está no transporte das peças de uma usina. A falta de planejamento faz com que diversas usinas fiquem prontas sem que as linhas de transmissão tenham sido implantadas também.
José Roberto Agatão
A construção de usinas depende da obtenção das licenças ambientais necessárias. Vejo que a desorganização e a falta de planejamento provoca o descompasso entre a construção de usinas e a disponibilização de linhas de transmissão.
Juan Carlos Martinez
La energia eolica produce como máximo 2W/m2. Una usina hidroeléctrica debe producir mucho mas por metro cuadrado, lo mismo una usina a carbón o nuclear. La usina nuclear produce como promedio 1.000 W/m2.
Elieser Souza
As usinas eólicas estão sujeitas à disponibilidade de incentivos e a falta de planejamento governamental.
José Custodio da Matta
O Brasil dispõe de tecnologia para a construção de plantas de energia eólica e, ainda que não tivesse, poderia estabelecer as parcerias necessárias. A grade curricular normal das universidades é bastante superficial em relação ao tema e os cursos de especialização são inexistentes.
Carlos Camargo D’Ávila
O Brasil ainda não dispõe dessa tecnologia. Além de altos investimentos, é preciso tornar mais claras e bem definidas as regras para o setor.
Wilson Ricardo Godoy
Eu realizo experiências caseiras com energia eólica. Existe P&D por segmentos, mas a visão sistêmica da matriz energética eólica ainda não está devidamente articulada tanto no meio empresarial como governamental.
Quanto aos desafios, é recente o caso da ‘descoordenação’ (leia-se ‘desgoverno’) nas linhas de transmissão no NE. Apesar dos desafios tecnológicos, ainda creio que o maior problema é a incompetência para gerir nossa infraestrutura por parte dos governantes de plantão.
Antonio Roberto Manoel
Precisamos de mais divulgação sobre esse assunto, principalmente sobre as vantagens dessa tecnologia, o custo/benefício, além dos efeitos positivos que trarão à sociedade em geral.
Acho que existe uma demanda reprimida na formação de técnicos e engenheiros. Teremos que importar pessoal gabaritado até formarmos os nossos. O PAC não forma técnicos na velocidade necessária.
Planejamento exequível, impacto ambiental, custo de distribuição e formação técnica de pessoal são os desafios a enfrentar.
Edição 41
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade