Apesar de um atraso médio de quatro anos entre o início de uma obra e sua conclusão, o 10º balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), aponta a execução de mais três mil km de rodovias. O período foi marcado também pela concessão de 1,4 mil km para a gestão privada. No total, o eixo Transportes, que inclui rodovias, ferrovias, portos, hidrovias e aeroportos, respondeu por R$ 58,9 bilhões em empreendimentos. No entanto, o governo demonstra claramente dificuldades em sua capacidade para tocar as obras, sejam obras novas, ou obras a cargo do DNIT. O motivo alegado envolve desde a dificuldade com licenciamentos ambientais, até falta de projetistas e de projetos.
Foram no total 4.416 km de intervenções do governo federal. Entre as obras finalizadas pelo PAC 2 no período, destaca-se a duplicação da BR-101, em Santa Catarina, e duplicação de 30 km da mesma rodovia, no estado de Sergipe.
Em Pernambuco, foram duplicados 22 km da BR-408, enquanto no Rio Grande do Norte foram construídos 78 km da BR-110.
Outros 7.357 km de rodovias estão co
Apesar de um atraso médio de quatro anos entre o início de uma obra e sua conclusão, o 10º balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), aponta a execução de mais três mil km de rodovias. O período foi marcado também pela concessão de 1,4 mil km para a gestão privada. No total, o eixo Transportes, que inclui rodovias, ferrovias, portos, hidrovias e aeroportos, respondeu por R$ 58,9 bilhões em empreendimentos. No entanto, o governo demonstra claramente dificuldades em sua capacidade para tocar as obras, sejam obras novas, ou obras a cargo do DNIT. O motivo alegado envolve desde a dificuldade com licenciamentos ambientais, até falta de projetistas e de projetos.
Foram no total 4.416 km de intervenções do governo federal. Entre as obras finalizadas pelo PAC 2 no período, destaca-se a duplicação da BR-101, em Santa Catarina, e duplicação de 30 km da mesma rodovia, no estado de Sergipe.
Em Pernambuco, foram duplicados 22 km da BR-408, enquanto no Rio Grande do Norte foram construídos 78 km da BR-110.
Outros 7.357 km de rodovias estão com obras em andamento, sendo 2.683 km de duplicação e adequação, e 4.674 km de construção e pavimentação em todo o país.
A duplicação de 85 km da BR-392, no Rio Grande do Sul, por exemplo, conta com 74% das obras concretizadas, e a BR-104, em Pernambuco, em obras para adequação de 51 km de pavimento, está com 75% das obras executadas. O governo contabiliza ainda os investimentos em manutenção – os Contratos de Restauração e Manutenção Rodoviária (Crema) representam 69% dos 49.725 km contratados.
Estudo do CNI aponta prejuízo de R$ 28 bilhões com atrasos do PAC
Um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que o atraso na execução de seis obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) resultaram em prejuízo de R$ 28 bilhões. Segundo o estudo, os gastos extras provocados pela demora na conclusão das obras seriam suficientes para a construção de 466 mil casas populares.
O levantamento priorizou o Aeroporto de Vitória, no Espírito Santo; o projeto de esgotamento sanitário da bacia do Cocó, em Fortaleza; a ferrovia de integração Oeste-Leste, na Bahia; o trecho da BR-101 em Santa Catarina; as linhas de transmissão que ligam a hidrelétrica do Rio Madeira ao sistema interligado nacional; e o projeto de transposição do Rio São Francisco, que, sozinho, representa um prejuízo de R$ 16,7 bilhões. Mas serve de amostra para os demais empreendimentos envolvidos. No caso das rodovias, os atrasos têm tido um ciclo médio de quatro anos entre o anúncio e a real conclusão do empreendimento.
O problema, segundo a entidade, se deve a falhas recorrentes, como má qualidade dos projetos básicos, a demora na obtenção de licenças ambientais e na realização de desapropriações, além da má gestão dos projetos durante as obras, além da falta de qualificação técnica e experiência das equipes que preparam e acompanham os projetos.
Para reduzir o custo dos atrasos de obras, a CNI sugere o aumento do uso de mecanismos de concessão e parceria público-privada e a melhoria da qualidade das licitações. A entidade pretende e entregar o documento a todos os presidenciáveis, propondo a adoção do instrumento de contratação integrada em que a administração pública contrata uma empresa privada para fazer o projeto e implementá-lo, além de aperfeiçoar a ampliar o uso de sistemas de preços de referência.
Arco Metropolitano fica pronto, 40 anos depois de projetado
O primeiro trecho do Arco Metropolitano (Rodovia BR-493/RJ-109) ligando Duque de Caxias a Itaguaí, na Baixada Fluminense, foi finalmente inaugurado no início de julho. O projeto do arco tem mais de 40 anos, mas só em 2008, após ser incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) começou a ser construído, com investimentos do governo federal e estadual que somam R$ 1,9 bilhão. O Arco Metropolitano liga importantes polos industriais como o Porto de Itaguaí, a Refinaria Duque de Caxias, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, em Itaboraí, e sua construção era fundamental para a logística industrial do estado do Rio de Janeiro.
O trecho inaugurado tem extensão de 71 km de um total de 145km de rodovia ligando Itaguaí a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde se conecta à BR-116 (Rio-Petrópolis) até Magé e, depois, à BR-493 até Manilha. No total, o Arco Metropolitano compreende 145 km de estrada ligando a Região Metropolitana à Baixada Fluminense, passando por diversos municípios: Itaboraí, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Queimados, Seropédica e Itaguaí.
Com sua entrada em operação, cerca de 35 mil veículos deixarão de passar pela Avenida Brasil, Via Dutra e Washington Luis por dia. Destes, 10 mil são caminhões de carga.
Houve atrasos no projeto porque, além de serem necessárias três mil desapropriações, as escavações foram revelando sítios arqueológicos que, ao final da obra, somavam 68. E, de acordo com o governo do estado, foi preciso ainda construir oito viadutos sobre dutos da Petrobras e dois outros sobre um lago em Seropédica, para não pôr em risco o habitat da rã Physalaemus soaresi, espécie rara, ameaçada de extinção.
Segundo a Secretaria Estadual de Obras, a Physalaemus soaresi atrasou a obra em mais de um ano, encarecendo o projeto em R$ 18 milhões. Já o Instituto de Arqueologia Brasileira responsável pela identificação, catalogação e retirada das peças dos sítios arqueológicos, coletou 50 mil peças inteiras ou fragmentadas no trajeto e nas cercanias da rodovia, entre elas cachimbos africanos, louças europeias dos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX, sambaquis, louças chinesas e urnas funerárias da cultura tupi-guarani. O mais antigo sítio encontrado, segundo o IAB foi um sambaqui em Duque de Caxias, com mais de dois mil anos de existência.
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