Após um ano e nove meses depois de iniciadas, em 11 de maio, praticamente às vésperas do Mundial da Copa do Mundo , foi concluído o Terminal de Passageiros, o TPS3, do GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo. A obra ampliou a capacidade do aeroporto para 12 milhões nesta primeira fase. Voltado para voos internacionais, o Terminal 3 tem uma área de 192 mil m²e conta com tecnologias e equipamentos comparáveis aos dos melhores aeroportos do mundo. Guarulhos é uma das principais portas de entrada para o Brasil e a ampliação do aeroporto é estratégica para a melhoria do intercâmbio comercial e turístico do país.
“O Terminal3 representa uma mudança de paradigma na infraestrutura aeroportuária do País. A partir de agora, a experiência do passageiro com o aeroporto será outra, principalmente em relação à eficiência operacional, qualidade dos serviços, conforto e segurança”, destaca o presidente do GRU Airport, Antonio Miguel Marques. O consórcio formado pelas empresas Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A.) e ACSA (Airports Company Sou
Após um ano e nove meses depois de iniciadas, em 11 de maio, praticamente às vésperas do Mundial da Copa do Mundo , foi concluído o Terminal de Passageiros, o TPS3, do GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo. A obra ampliou a capacidade do aeroporto para 12 milhões nesta primeira fase. Voltado para voos internacionais, o Terminal 3 tem uma área de 192 mil m²e conta com tecnologias e equipamentos comparáveis aos dos melhores aeroportos do mundo. Guarulhos é uma das principais portas de entrada para o Brasil e a ampliação do aeroporto é estratégica para a melhoria do intercâmbio comercial e turístico do país.
“O Terminal3 representa uma mudança de paradigma na infraestrutura aeroportuária do País. A partir de agora, a experiência do passageiro com o aeroporto será outra, principalmente em relação à eficiência operacional, qualidade dos serviços, conforto e segurança”, destaca o presidente do GRU Airport, Antonio Miguel Marques. O consórcio formado pelas empresas Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A.) e ACSA (Airports Company South Africa) venceu, em 2012, a licitação para operar e administrar o Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior do país, com movimento de cerca de 32,8 milhões de passageiros em 2012. A concessionária é formada por 51% das ações pertencentes à Grupar (Grupo Invepar e ACSA) e 49%, à Infraero. Dos 51% da iniciativa privada, a Invepar tem participação de 90% e a ACSA, de 10%.
Com a entrega do TPS3, a Concessionária finaliza a primeira fase de grandes obras e inicia o processo de modernização dos aeroportos brasileiros, que deverá deslanchar mesmo após a realização da Copa do Mundo. “Desde que assumimos a gestão, em fevereiro de 2013, praticamente duplicamos a oferta em áreas antes críticas”, explica o presidente. O número de vagas de estacionamento passou de 3,9 mil do período pré-concessão para 8 mil atuais; os pátios, que antes tinham capacidade para 61 aeronaves, agora contam com 108 posições; e, com a abertura do novo terminal e as obras de expansão no TPS2, a área de terminais mais que dobrou desde o início da concessão, de 191 mil m² para 387 milm².
Inspirado na estrutura dos aeroportos mais modernos da Ásia e da Europa, o TPS 3 é dividido em dois blocos de edifícios, com cinco níveis. O primeiro é reservado à recepção e processamento de passageiros, onde estão as áreas de check-in, raios-X, controle de passaporte, alfândega e restituição de bagagem, enquanto o segundo é um píer de acesso às aeronaves, com 20 pontes de embarque. Já a ligação com o Terminal 2 e o edifício-garagem é feita por passarelas elevadas envidraçadas, equipadas com esteiras rolantes que permitirão a conexão direta de passageiros em trânsito. Os dois pátios que atendem ao Terminal 3 têm capacidade para 34 aeronaves.
O projeto valoriza a iluminação natural e espaços amplos, que facilitam a circulação de pessoas em áreas-chave, como saguão de embarque (check-in), área de restituição de bagagem, controle de passaporte e alfândega. As tecnologias instaladas visam agilizar o fluxo de passageiros. Os totens de autoatendimento para check-in, por exemplo, permitem imprimir o bilhete de embarque e as etiquetas de bagagem. Os balcões de check-in estão dispostos em três ilhas, com 30 posições em cada, totalizando 90. Para passageiros em conexão, há outros 18 balcões.
Outra novidade é o controle de acesso à área restrita, que agora será feito por meio de portões com leitura ótica do bilhete de embarque. A área de restituição de bagagem conta com sete grandes carrosséis com esteiras inclinadas, distribuídos num amplo salão. Para este ano, também devem entrar em funcionamento o despacho automático de bagagem e os portões eletrônicos (e-gates) de controle de passaporte brasileiro e o sistema automático de distribuição de bagagens, o que deve facilitar ainda mais o fluxo de passageiros no terminal, além do ganho operacional.
Projeto sustentável
Desenvolvido pelo Grupo Typsa / Engecorps, o projeto arquitetônico do Terminal 3 conta diversas soluções sustentáveis. A arquitetura prioriza a iluminação natural por meio das paredes envidraçadas, sem o peso das esquadrias. A estrutura permite melhor economia de energia e ampla visão da área externa do pátio de aeronaves, além de valorizar os espaços internos, proporcionando maior sensação de conforto ao usuário. O passageiro também encontrará jardins internos com vegetação nativa e paisagem na fachada de traços únicos no mundo. Além disso, a cobertura do Terminal 3 foi projetada para captar as águas da chuva, que, junto com as “águas cinzas” de uso leve nos sanitários (lavagem), são direcionadas a um sistema de tratamento químico. A partir daí, a água é reutilizada nas descargas de bacias e outros usos que não têm contato humano direto. O emprego das águas cinzas e não potáveis proporciona uma economia que impacta não somente no custo de operação, mas principalmente na preservação dos recursos hídricos demandados pelo aeroporto.
Até outubro, a Concessionária pretende iniciar o projeto de modernização (retrofit) dos Terminais 1 e 2. A obra deve durar cerca de 18 meses, com prazo de entrega para o primeiro semestre de 2016. O plano diretor do aeroporto prevê, ainda, uma série de obras para os próximos 10 anos, como novos edifícios-garagens e investimentos em desenvolvimento imobiliário, com a construção de torres empresariais, hotéis, centro de convenções, entre outros empreendimentos.
A concessionária deverá implantar agora um amplo projeto paisagístico no sítio aeroportuário, desenvolvido pelo arquiteto Benedito Abbud. Ao longo da Rodovia Hélio Smidt, via que dá acesso aos terminais, e na área em frente ao novo terminal, serão plantadas mais de 3 mil mudas, incluindo 350 ipês-amarelos, 230 ipês-roxos, 48 palmeiras-imperiais, além de quaresmeiras e primaveras. Um projeto especial também foi desenvolvido para o telhado-verde da marquise de ônibus do novo terminal, onde foram plantadas 2 mil mudas, com espécies como rosinha-de-sol, barba-de-bode, barba-de-serpente e lambari-roxo.
Terraplenagem foi realizada pelo Exército Brasileiro, no prazo e a custo menor
Quando o consórcio iniciou as obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), a terraplenagem da área e ampliação da pista de pouso já tinha sido executada pelo Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército Brasileiro, no prazo e a um custo inferior ao que estava previsto. Um trabalho de gestão muito bem elaborado foi a chave para que o, que assegurou a economia de R$ 130 milhões cerca de 30% em relação ao orçamento original. Para alcançar esse resultado, o departamento focou no planejamento prévio, que durou um ano, e utilizou o software Arena para a simulação virtual da obra, todas suas interveniências e demandas, como número de equipamentos, etapas de execução, cálculos de produção, entre outros dados.
O DEC foi responsável pelo edital de licitação, pelo planejamento da obra, fiscalização e gerenciamento. As empresas vencedoras da licitação foram a Paupedra, para fornecimento de pedras, e a ETC - Empreendimentos e Tecnologia em Construções, e a SA Paulista, responsável pelos trabalhos de terraplenagem. A licitação foi realizada em forma de pregões e o edital, produzido pelo Exército, contemplou todas as atividades específicas a serem realizadas pelas empresas.
Segundo o general Brandão Junior estava claro que a incumbência não seria fácil de ser realizada, pois as obras de ampliação da capacidade do aeroporto não se limitavam à construção dos novos terminais de passageiros TPS 3 e do TPS 4. O gargalo passava pela construção de um pátio capaz de estacionar as aeronaves que permanecerão em solo, de um edifício-garagem para 4,5 mil veículos e da remodelação do sistema viário interno. Segundo o general, um dos grandes desafios era a logística, pois o projeto de engenharia previa a substituição de aproximadamente 2.000.000 m³ de um solo de baixa capacidade de suporte por um aterrro compactado, formado por cerca de 1.300 m³ de pedras, que atua como maciço drenante. Essa operação exigiu a movimentação do equivalente a 400.000 viagens de caminhões, entre a retirada do solo e a deposição das pedras, com distâncias de transporte de até 35 km, concorrendo com o tráfego intenso da grande São Paulo, onde o aeroporto está inserido.
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