A despeito das dificuldades técnicas de execução, as obras da Linha 4 do Metrô Rio, segundo informações do consórcio construtor, seguem dentro do cronograma. O início de operação do novo sistema de transporte público está previsto para o primeiro semestre de 2016, depois de passar por uma fase de testes.
Estima-se que o modal deverá transportar mais de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Além disso, com a nova linha, todo o sistema metroviário da cidade será disponibilizado para a população carioca, com o pagamento de apenas uma única tarifa.
Trata-se de uma obra de alta complexidade, que exigiu o emprego de engenharia avançada e apoio de conhecimentos técnicos de profissionais especializados, brasileiros e estrangeiros. O principal desafio, entretanto, foi desenvolver as metodologias construtivas para a execução das obras subterrâneas, conciliando logística, relação com a comunidade e evitando, ao máximo, transtornos para o dia a dia e para a rotina da população que mora ou transita pelo ser entorno.
<A despeito das dificuldades técnicas de execução, as obras da Linha 4 do Metrô Rio, segundo informações do consórcio construtor, seguem dentro do cronograma. O início de operação do novo sistema de transporte público está previsto para o primeiro semestre de 2016, depois de passar por uma fase de testes.
Estima-se que o modal deverá transportar mais de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Além disso, com a nova linha, todo o sistema metroviário da cidade será disponibilizado para a população carioca, com o pagamento de apenas uma única tarifa.
Trata-se de uma obra de alta complexidade, que exigiu o emprego de engenharia avançada e apoio de conhecimentos técnicos de profissionais especializados, brasileiros e estrangeiros. O principal desafio, entretanto, foi desenvolver as metodologias construtivas para a execução das obras subterrâneas, conciliando logística, relação com a comunidade e evitando, ao máximo, transtornos para o dia a dia e para a rotina da população que mora ou transita pelo ser entorno.
A Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca – Ipanema) terá 16 km de extensão e seis estações, todas em construção: Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz.
No Jardim Oceânico, a escavação da estação já está concluída. Em São Conrado, a construção do mezanino está em fase de conclusão. Na Gávea, está sendo executado o shaft de acesso. Nas estações Antero de Quental e Jardim de Alah, está sendo executado o jet grouting e a parede diafragma. Na Nossa Senhora da Paz, as escavações estão em vias de conclusão.
Já foram escavados mais de 8 mil metros de túneis entre a Barra da Tijuca e a Gávea. O maior bitúnel entre estações metroviárias do mundo, sob rocha, tem 5 km de extensão, ligando as estações Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, e São Conrado, no bairro de mesmo nome, na Zona Sul carioca. Nesse trecho, os trilhos da via permanente, por onde vão passar os trens, estão sendo instalados.
Frentes de trabalho
Segundo o pool de empresas construtoras, há quatro frentes de trabalho que escavam os túneis em direção a São Conrado e à Gávea, na Zona Sul.
Para transpor o Canal da Barra, está sendo construída a primeira ponte estaiada para metrô no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca. O serviço está em fase de execução das fundações dos pilares que terão 76 m de altura, de onde sairão os cabos de aço até a base da ponte. O tabuleiro da ponte terá 210 m de comprimento, além dos trechos dos elevados de transição para a galeria subterrânea e túnel.
A ponte estaiada, projetada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, está localizada entre as montanhas, a lagoa e o mar. Ela deverá se tornar mais um cartão postal do Rio de Janeiro. Construída em aço, com tabuleiro de concreto sobre vigas metálicas, tecnologia antirruído e antivibração, ela estará a 9 m da linha d’água. Esse projeto foi escolhido por permitir maior rapidez de execução e por causar menos impacto à região, que é vizinha a uma grande área de proteção ambiental, a Floresta da Tijuca.
Na Zona Sul, o Tunnel Boring Machine (TBM), conhecido popularmente como Tatuzão, já executou 400 m de túnel. Ao mesmo tempo em que escava, ele automaticamente faz os anéis de concreto (aduelas) que formam o túnel. Na fábrica de aduelas, a produção já ultrapassou 80%. Ao todo, serão utilizados 2.700 anéis, cada um com 62 t, para formar o túnel entre Ipanema e Gávea.
Equipamentos especiais
Por se tratar de um terreno formado por rocha e areia saturada com lençol freático alto, o Consórcio Linha 4 Sul, responsável pela implantação da Linha 4 entre Ipanema e Gávea, encomendou à empresa alemã Herrenknecht um Tunnel Boring Machine (TBM) capaz de transitar nessas condições. Com 2.700 t e 120 m de comprimento por 11,5 m de diâmetro, o Tatuzão irá escavar em média de 15 m a 18 m por dia, em operação plena, o que não significa que ele irá percorrer essa distância todos os dias.
Outra máquina que vem sendo utilizada na obra, entre a Barra da Tijuca e a Gávea, é o robô alemão Putzmeister, responsável pela camada de revestimento do túnel recém-escavado. Esse equipamento permite um processo de trabalho mais ágil e limpo e garante maior segurança para os colaboradores. Ele projeta 20 m³ por hora, o que equivale a três caminhões de concreto, o que representa dobro do método até então utilizado naquela frente. Braços mecânicos operados por controle remoto fazem o papel do mangoteiro ou operário que segura e direciona a saída do concreto para fazer o revestimento do túnel em construção. Além disso, o robô também trabalha de forma sustentável, já que é ligado diretamente na rede de energia elétrica da obra e não a um caminhão a diesel.
Também vem sendo empregado um equipamento conhecido como jumbo, que faz as perfurações para colocação dos explosivos na rocha. Como ele gasta cerca de 10 mil litros de água por hora, o Consórcio Construtor Rio Barra, responsável pelas obras entre a Barra da Tijuca e a Gávea, instalou estações de tratamento de água nos canteiros dos túneis. Assim, toda a água utilizada pelo equipamento é tratada e 90% reutilizada. Desde o início das obras, em 2010, cerca de 120 milhões de litros passaram pela estação de tratamento construída no canteiro do Jardim Oceânico – o que daria para abastecer mais de 11 mil casas por um mês.
Fases do projeto
As obras da Linha 4 do Metrô Rio, segundo os construtores, seguem os mais rigorosos padrões de qualidade e segurança. O projeto de engenharia da nova linha é dividido em duas fases: básica e executiva. Os consórcios construtores contam ainda com parceiros para o Controle de Qualidade do Projeto (CQP) e consultoria.
O governo do Estado do Rio de Janeiro contratou o projeto básico para o trecho da Linha 4 do Metrô, entre Ipanema e Gávea, do Consórcio Novo Rio L4, formado pelas empresas Setepla Tecnometal, JBMC Arquitetura e Urbanismo, Themag Engenharia, SMZ Automação e Controle e Ieme Brasil. Para o trecho entre Gávea e Barra da Tijuca, o Governo contratou a empresa Engevix para fazer o projeto básico.
O projeto executivo está sendo desenvolvido pelas empresas CJC Engenharia e Promon Engenharia, no trecho entre Ipanema e a Gávea, e CJC Engenharia, Promon Engenharia e Copem Engenharia, entre Barra e Gávea.
Para o CQP (controle de qualidade), os consórcios contam ainda com a multinacional Arup, no trecho entre Ipanema e Gávea, e com a Núcleo Engenharia, MS Machado Engenharia e a Intertechne, entre Gávea e Barra.
Há também consultores, formados por empresas com expertise em estrutura, operação e geotecnia. Entre Ipanema e Gávea, fazem parte deste trabalho sete empresas: a alemã MTC, que dá suporte e analisa a operação do Tunnel Boring Machine (TBM) na Zona Sul do Rio de Janeiro; a Mechanised Tunnelling Services ltd, que fornece suporte mecânico ao TBM e auxilia na montagem e fabricação da máquina; a Vecttor, especialista em geoengenharia; a Acrux, que atua em execução operacional de soluções geotécnicas; a Harken, especialista em tuneladoras; e EnviroGeo, ganhadora do troféu "Top of business" pela gestão de consultoria demonstrada no mercado nacional de engenharia e geologia.
Para as obras entre a Barra da Tijuca e a Gávea, são quatro consultores: a americana CH2M Hill, uma das líderes globais em consultoria para soluções de engenharia; a Matra Engenharia, com 40 anos de experiência na área geotécnica e de escavação de túneis; a Holanda Consultoria, empresa com atuação em obras de grande porte; e a Torres Geraldi Engenharia, experiente em consultoria na escavação de rocha no território brasileiro, Américas e África.
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