A Infraero lançou finalmente o estudo preliminar do terceiro Terminal de Passageiros (TPS-3) do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos – Governador André Franco Montoro. É o maior projeto arquitetônico de terminal aeroportuário da América do Sul, totalizando 230 mil m². Uma vez executado, o projeto consolidará Guarulhos como um dos principais hubs aeroportuários da América Latina. No jargão da logística, hub é o ponto central de coleta, separação e distribuição para uma área ou região específica. Os atuais Terminais – 1 e 2 – têm juntos 183,87 mil m² de área.
O projeto global do terceiro Terminal de Guarulhos – que inclui estudo preliminar, projeto básico e executivo – foi contratado em julho de 2010 por meio de licitação internacional e tem investimento de R$ 22,6 milhões. O trabalho está sendo executado pelo consórcio MAG, formado pelas empresas PJJ Malucelli Arquitetura e Construção, Andrade e Rezende Engenharia de Projetos e Gabinete de Projetação Arquitetônica. A obra exigirá investimentos da ordem de R$ 753,96 milhões na primeira fase, correspondentes a 40% do total do empr
A Infraero lançou finalmente o estudo preliminar do terceiro Terminal de Passageiros (TPS-3) do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos – Governador André Franco Montoro. É o maior projeto arquitetônico de terminal aeroportuário da América do Sul, totalizando 230 mil m². Uma vez executado, o projeto consolidará Guarulhos como um dos principais hubs aeroportuários da América Latina. No jargão da logística, hub é o ponto central de coleta, separação e distribuição para uma área ou região específica. Os atuais Terminais – 1 e 2 – têm juntos 183,87 mil m² de área.
O projeto global do terceiro Terminal de Guarulhos – que inclui estudo preliminar, projeto básico e executivo – foi contratado em julho de 2010 por meio de licitação internacional e tem investimento de R$ 22,6 milhões. O trabalho está sendo executado pelo consórcio MAG, formado pelas empresas PJJ Malucelli Arquitetura e Construção, Andrade e Rezende Engenharia de Projetos e Gabinete de Projetação Arquitetônica. A obra exigirá investimentos da ordem de R$ 753,96 milhões na primeira fase, correspondentes a 40% do total do empreendimento, e deverá estar concluída até o final de 2013.
O aço será o elemento principal do projeto. A estrutura do TPS-3 será inteiramente metálica e seu desenho é inspirado em uma aeronave. O projeto de arquitetura é assinado pelo escritório paulistano de Mario Biselli e Artur Katchborian. O terminal terá vários vãos livres, sendo o maior deles de 120 m. A cobertura terá grandes beirais e cantos arredondados, com aberturas e vidros, favorecendo a iluminação natural. “À noite, a impressão que se terá será a de uma imagem em negativo, com a iluminação interna destacando as formas do terminal”, explicou o arquiteto Biselli em entrevista à imprensa.
O projeto prevê a edificação do Módulo Operacional (MOP) 1, para embarque e desembarque, localizado onde havia o terminal da Transbrasil, à esquerda dos atuais terminais de passageiros. No estudo, o embarque e os mezaninos ficarão numa parte superior. A parte inferior terá três pavimentos: o desembarque, o nível da pista e o subsolo. A ideia é de que essas divisões facilitem o acesso dos usuários às áreas de embarque e desembarque.
Está prevista ainda a construção um edifício-garagem com seis pisos, com capacidade para cerca de 8 mil veículos, conexão com os outros terminais e local para uma futura estação de trem.
Com esta fase inicial do Terminal 3, a capacidade de passageiros por ano do aeroporto será ampliada em 18,8 milhões. Dessa forma, até 2013, Guarulhos terá capacidade para receber cerca de 58 milhões de passageiros por ano em seus três terminais.
Após a aprovação do projeto preliminar, o consórcio contratado segue com a elaboração dos projetos básico e executivo, que têm previsão de conclusão em dezembro de 2011 e julho de 2012, respectivamente. Com isso, as obras da primeira fase têm início previsto para agosto de 2012.
Concessões
Esse planejamento, no entanto, pode sofrer alterações em vista do processo de concessão do sistema aeroportuário, sob a coordenação da Secretaria de Aviação Civil (SAC). No dia 31 de maio, o Governo Federal anunciou a decisão de realizar concessões para os aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF). O anúncio ocorreu durante a reunião convocada pela presidenta Dilma Rousseff para discutir as providências para o evento.
De acordo com o modelo definido, as concessões serão feitas por meio de Sociedades de Propósito Específico (SPE), a serem constituídas por investidores privados, com participação de até 49% da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A SPE, que será uma empresa privada, ficará responsável por novas construções e pela gestão desses aeroportos. Como acionista relevante das SPEs, a Infraero participará das principais decisões da companhia.
O governo federal informou que o edital para concessão de novas áreas nos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília deverá ficar pronto em dezembro de 2011. A Infraero continuará a implementar os investimentos previstos no seu planejamento estratégico. Para o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wagner Bittencourt, as medidas anunciadas visam atender a demanda para os próximos anos, inclusive o período da Copa de 2014. Bittencourt disse que o governo continua os estudos para concessão de mais dois aeroportos: Confins (MG) e Galeão (RJ).
Obras no sistema de pistas e pátios começam em agosto
A Infraero e o Exército Brasileiro assinaram, no dia 16 de maio, o Termo de Cooperação Técnica para o início das obras de terraplanagem das áreas do novo pátio de aeronaves e do entorno do futuro Terminal de Passageiros 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). De acordo com o documento, o serviço será executado em até 28 meses pelo Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército, através do Destacamento Guarulhos, com liberações parciais de etapas. O custo das obras é estimado em R$ 417 milhões. A terraplanagem deve exigir a movimentação de cerca de 1,3 milhão de m3 de terra, o que corresponde a aproximadamente 76,5 mil caminhões carregados.
O Destacamento Guarulhos já iníciou os serviços de levantamento topográfico e de terraplanagem da futura pista de saída rápida, denominada PR-FF, que terá extensão de 340 m. Nessa fase estão sendo executadas obras de retirada da camada vegetal e de início das escavações, que alcançarão profundidades de até 5 m. Equipamentos como escavadeiras hidráulicas, caminhões basculantes, rolos compactadores, entre outros, já estão alocados no canteiro de obras. No plano de trabalho, as equipes da Infraero e do Exército definiram que as obras serão realizadas em dois turnos.
De acordo com o Termo de Cooperação Técnica, além do custeio do serviço a Infraero fará também o acompanhamento e a fiscalização dos serviços em conjunto com os engenheiros militares, que trabalharão conforme as orientações da empresa. “Vamos contar com a mão de obra especializada do Exército para executar uma etapa crucial da obra, que é a preparação do terreno”, afirmou o presidente da Infraero, Gustavo do Vale.
Cronograma
O Termo de Cooperação Técnica e Financeira foi publicado no Diário Oficial da União no dia 18 de maio. Em seguida foi emitida a Ordem de Serviço. Após essa etapa, o Exército terá prazo de 30 dias para mobilizar a força de trabalho e instalar o canteiro de obras. O passo seguinte é o início da limpeza e retirada de vegetação do terreno de 315 mil m². Em seguida começará a terraplanagem do novo Pátio de aeronaves e do Terminal de Passageiros 3, que será executada e entregue por etapas dentro do prazo contratual, de 28 meses.
A obra será na maior pista, de 3.700 m, e vai até 11 de dezembro, na alta temporada. O asfalto será substituído. No período, a pista será reduzida em cerca de 30%, para 2.500 m. A outra pista, de 3.000 m, não será reformada por ora.
Para a realização dessa fase de obras, foi realizada interdição da pista de taxiamento PR-B, no trecho entre as pistas de táxi denominadas PR-O e PR-P. No local foi inserida sinalização específica para o isolamento da área, sem prejudicar os procedimentos de taxiamento de aeronaves no sistema de pistas e obedecendo todos os parâmetros de segurança da aviação, estabelecidos pelos órgãos reguladores.
Enquanto durarem as intervenções, as empresas aéreas nacionais e estrangeiras que operam aviões de grande porte terão que remanejar voos e ainda decolar com menor peso, reduzindo o volume de passageiros e de cargas. As aeronaves precisam estar mais leves para decolar em uma pista menor. Em situação normal, o aeroporto de Guarulhos registra a média de 44 movimentos por hora, entre pousos decolagens. A expectativa é de que as operações sejam reduzidas para 35 movimentos por hora, no máximo, o que representará um corte de cerca de 20%. Estimativa do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) indica que isso representa atender a menos 177 mil passageiros por mês, em Guarulhos.
Serão afetados voos para Europa, América do Norte, Ásia e África. Algumas empresas terão que reduzir até 20 lugares por voo, algo próximo a 7% da capacidade das suas aeronaves. As restrições afetarão as rotinas de empresas como a American Airlines, Emirates e British Airways, que cortarão carga e passageiros entre 23 e 12,5 toneladas por voo. A British Airways estima que terá prejuízo de aproximadamente R$ 2,58 milhões.
TCU suspendeu contrato original
De acordo com a Infraero, originalmente o contrato para a execução desse serviço estava a cargo do consórcio liderado pela Queiroz Galvão. O contrato, no entanto, foi suspenso por causa de divergências entre os valores aplicados, com base em levantamento realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Os valores estão sendo analisados mas, mesmo que o consórcio retome o contrato, o Exército vai fazer uma parte do pátio, que não está no contrato original.
A explicação da Infraero é a de que o consórcio está contratado para fazer as obras de ampliação dos sistemas de pistas e a construção de um pátio de aviões conhecido como pátio remoto, com mais 14 posições de aeronaves. Já o Exército, independente da repactuação deste contrato, vai iniciar uma obra chamada interface de pátio. Trata-se de uma área que precisa ser pavimentada para melhorar a capacidade de estacionamento.
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