Em 2013, quando da 3ª rodada de concessões aeroportuárias do Governo, os projetos de expansão dos aeroportos internacionais Tom Jobim e Tancredo Neves estavam cercados por euforia. Os populares Galeão e Confins tinham sido arrematados com ágio de 251,74%. À época, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou projeção de que o Brasil, em 2017, seria o 3º maior mercado de voos domésticos do mundo, atrás apenas de EUA e China. Dois anos depois, os aeroportos entram na fase decisiva das obras.
Com a proximidade das Olimpíadas, o Galeão terá, já de saída, um grande desafio: absorver com toda a pompa a demanda adicional de 1,5 milhão de passageiros no período — o mundo todo estará voltado para o Rio. A menos de 100 dias dos Jogos, em 30 de abril, o aeroporto deve estar apto a movimentar 37,5 milhões de passageiros/ano. A responsabilidade é da Riogaleão, Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada após a concessão, composta por CCR e Changi Airport International — CAI, multinacional que opera o aeroporto de Cingapura. Ambas as partes respondem p
Em 2013, quando da 3ª rodada de concessões aeroportuárias do Governo, os projetos de expansão dos aeroportos internacionais Tom Jobim e Tancredo Neves estavam cercados por euforia. Os populares Galeão e Confins tinham sido arrematados com ágio de 251,74%. À época, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou projeção de que o Brasil, em 2017, seria o 3º maior mercado de voos domésticos do mundo, atrás apenas de EUA e China. Dois anos depois, os aeroportos entram na fase decisiva das obras.
Com a proximidade das Olimpíadas, o Galeão terá, já de saída, um grande desafio: absorver com toda a pompa a demanda adicional de 1,5 milhão de passageiros no período — o mundo todo estará voltado para o Rio. A menos de 100 dias dos Jogos, em 30 de abril, o aeroporto deve estar apto a movimentar 37,5 milhões de passageiros/ano. A responsabilidade é da Riogaleão, Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada após a concessão, composta por CCR e Changi Airport International — CAI, multinacional que opera o aeroporto de Cingapura. Ambas as partes respondem por 51% do controle acionário, e o restante é da Infraero, parceira do grupo.
A obra que permitirá esse salto de capacidade é o Píer Sul, espécie de extensão do Terminal 2 com 100 mil m² de área — com isso, a área para estacionamento de aeronaves aumenta em 500 mil m². Só nessa etapa serão investidos R$ 2 bilhões. O espaço terá 12 novos balcões de imigração e 26 novas pontes de embarque, fazendo o Galeão totalizar 64 fingers, e 68 balcões de check-in acrescidos aos atuais 227. Outra novidade é que o Galeão se tornou o 1º aeroporto brasileiro certificado para receber o Airbus A380, o maior modelo da aviação comercial com dois andares e espaço para 853 passageiros.
Além do píer, será concluída a reforma do Edifício Garagem, que passará a ter sete andares (hoje tem três) e terá mais 2.700 vagas. Antes mesmo da inauguração do Píer Sul, a Riogaleão já adotou medidas para aumentar o tráfego de passageiros, como o lançamento de 60 novos voos e sete novos destinos internacionais e a inauguração de 33 novas posições de check-in no Terminal 1.
Corrida contra o tempo
O prazo para inauguração da principal obra do Aeroporto de Confins, o novo Terminal 2 era, inicialmente, abril de 2016 , mas a entrega foi postergada para dezembro. A concessionária BH Airport, que administra Confins, justifica o atraso pela demora no processo de emissão da licença ambiental. Foram quase 18 meses desde a assinatura do contrato, em abril de 2014, até que as primeiras obras de terraplanagem fossem executadas.
A concessionária, com o mesmo modelo societário do Riogaleão e formada pelos grupos CCR e Zurich Airport, tem apenas 14 meses para erguer o terminal, dez meses a menos que o prazo das obras no Galeão. Serão investidos R$ 750 milhões, metade de todo o investimento da BH Airport até 2023 — não por acaso: com o Terminal 2 pronto, a concessionária cumpre a meta de atingir a capacidade de 22 milhões de passageiros/ano, mais que o dobro dos 10,9 milhões de passageiros recebidos em 2014. Ao final, Confins será o 3º maior aeroporto brasileiro, superando Brasília (mais de 18 milhões/ano). O Terminal 2 vai acrescentar 17 pontes de embarque aos nove fingers já existentes e terá seis esteiras rolantes, nove escadas rolantes, 18 elevadores e 1.800 vagas de estacionamento no subsolo. Até o final da concessão, em 2043, a BH Airport se comprometeu a investir R$ 3,5 bilhões e entregar Confins com capacidade de 43 milhões passageiros/ano, sem contar outros empreendimentos de investimento intensivo, como a construção de uma segunda pista de 2,5 Km de extensão.
O Riogaleão também comprometeu investimentos com obras atrasadas da Infraero, como a interligação os Terminais 1 e 2 e a instalação de novas esteiras de bagagem. Investimentos paralisados da estatal também foram absorvidos pela concessionária. Após acordo com a Infraero, o Riogaleão arcou com os R$ 1,4 milhão necessários para entregar 33 novos balcões no Terminal 1. O projeto do novo Píer Sul no Galeão deixa bem clara a importância conferida aos passageiros na geração de receitas. Ao final das obras, o Terminal 2 terá sua área comercial triplicada (de 4 mil para 12,5 mil m²) e sua área Duty Free mais que duplicada (dos atuais 3 mil para 8 mil m²).
Isoeste no Galeão
A Isoeste está presente nas obras do Aeroporto do Galeão respondendo pelo fornecimento e montagem das fachadas termoacústicas de oito pontes de embarque. As fachadas são constituídas pelo painel Isofachada externo; lã de rocha; estrutura metálica para fixação da fachada; painel Isofachada interno de acabamento. Segundo a empresa, um dos fatores complicadores foi projetar, junto com a construtora Odebrecht uma solução para a aplicação desse sistema de painéis com interfaces na fachada principal, composta de vários tipos de materiais. Além disso, o prazo também foi desafiador. Para o atendimento dessas exigências da obra, a empresa disponibilizou uma equipe de engenheiros e projetistas na obra para trabalhar em conjunto com o cliente e ajudar na tomada de decisões dentro do canteiro, visando agilizar ao máximo todas as especificações e ganhar tempo na produção, logística e montagem.
Uma das principais demandas do cliente foi com respeito ao conforto estético e térmico, que priorizou a função termoacústica do sistema, trazendo conforto aos passageiros que estiverem embarcando nas aeronaves. A empresa agora atua nos projetos de estrutura metálica e sistema de painéis. O início da montagem da primeira ponte está previsto para o início de novembro.
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