Sustentabilidade
G1
16/04/2015 10h22 | Atualizada em 16/04/2015 14h52
Metalúrgicos da Ford e da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP) realizam protesto contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização no país. Os trabalhadores pararam a Rodovia Anchieta na altura do quilômetro 15, sentido litoral (Foto: Renato Mendes/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
Milhares de pessoas foram às ruas da capital paulista e da Grande São Paulo na manhã de quarta-feira (15) para protestar contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização. O texto-base do projeto foi aprovado na quarta-feira passada pela Câmara dos Deputados e é rechaçado por parte das centrais sindicais e defendida por grupos de empresários.
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...Metalúrgicos da Ford e da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP) realizam protesto contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização no país. Os trabalhadores pararam a Rodovia Anchieta na altura do quilômetro 15, sentido litoral (Foto: Renato Mendes/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
Milhares de pessoas foram às ruas da capital paulista e da Grande São Paulo na manhã de quarta-feira (15) para protestar contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização. O texto-base do projeto foi aprovado na quarta-feira passada pela Câmara dos Deputados e é rechaçado por parte das centrais sindicais e defendida por grupos de empresários.
O G1 acompanhou em tempo real as manifestações na manhã de quarta-feira (15).
Os maiores atos ocorreram na Rodovia Anchieta, quando cerca de cinco mil trabalhadores de montadoras de automóveis, como a Ford, Volkswagen e Scania, segundo a Polícia Rodoviária Estadual e os organizadores do protesto, fecharam a via em três pontos na manhã desta quarta.
Pelo texto aprovado, será permitido que as empresas privadas contratem trabalhadores terceirizados para exercer qualquer função. Atualmente, esse tipo de contratação é permitida somente para as chamadas atividades-meio – como, por exemplo, equipes de segurança e limpeza – e não para as atividade-fim da empresa.
O texto sob análise da Câmara põe fim a essa limitação, permitindo que qualquer funcionário seja terceirizado, mesmo os que exercem funções relacionadas à atividade principal da empresa.
Depois da aprovação do projeto na Câmara, as centrais sindicais CUT, CSP-Conlutas, CTB, NCST, Intersindical/CCT decidiram, em assembleia, realizar nesta quarta o Dia Nacional de Paralisações contra o projeto de Lei 4330, da terceirização. À tarde, os protestos serão liderados por movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
“O PL 4330 ao invés de regulamentar os já terceirizados, melhorando as condições de trabalho e renda, como muitos dizem, na verdade visa dar garantias jurídicas para os empresários precarizarem as condições de trabalho no Brasil”, dizem as centrais.
Além da rodovia Anchieta, houve protestos em mais estradas que passam pela capital paulista:
- Às 6h, manifestantes fecharam o sentido São Paulo da Rodovia Presidente Dutra na altura do km 230, na região de Guarulhos, e um longo congestionamento foi formado. A Polícia Militar diz que cerca de 50 pessoas participaram deste ato.
- Por volta das 7h30, foi a vez da Rodovia Anhanguera sentido capital. Um grupo fechou o km 18 e também provocou lentidão. A PM diz que foram 60 manifestantes.
Funcionários da Universidade de São Paulo (USP) também aderiram ao dia de lutas contra a terceirização e fecharam a principal entrada da Cidade Universitária, no Butantã, Zona Oeste de São Paulo.
Por causa do protesto, 17 linhas de ônibus que passam na região precisaram ser desviadas nesta manhã. A manifestação, que teve início por volta das 7h na Rua Alvarenga, faz parte do dia nacional da paralisação contra a PL 4330.
A PM afirma que havia cerca de 150 pessoas no protesto. Os organizadores falam em 500.
Mc'Donalds
Funcionários da rede de lanchonete Mc'Donalds também protestaram nesta quarta-feira. No vão livre do Masp, eles fizeram ato contra suposto "desrespeito recorrente e contínuo aos direitos trabalhistas pela empresa". A campanha brasileira começou no dia 24 de fevereiro com o ingresso na Justiça trabalhista de uma ação civil pública denunciando a prática de “dumping social”.
Segundo sindicatos que representam os funcionários do McDonald´s, a franquia é "acusada de acúmulo de funções sem a devida remuneração e não reconhece a insalubridade de algumas funções." A Polícia Militar diz que cerca de 300 pessoas participam do ato. Os organizadores falam em 1 mil manifestantes.
Em nota, a rede nega desrespeito aos direitos trabalhistas: "Temos convicção do cumprimento da legislação, seguida pela companhia desde a abertura do seu primeiro restaurante brasileiro", afirmou a empresa.
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