A história tem mostrado que a estrada da inovação tecnológica é cheia de obstáculos. E inovar com sustentabilidade parece ser o desafio do presente século. Essa jornada também é complexa e cheia de idas e vindas.Não é da noite para o dia que uma sociedade conseguirá migrar das tecnologias antigas para as consideradas inovadoras e sustentáveis. Mas as portas estão abertas e empresas já olham para o mercado das tecnologias verdes com bons olhos.

Essa é a visão de negócios da Rio Verde Engenharia, construtora e incorporadora com sede em Limeira, interior de São Paulo, com obras corporativas e imobiliárias espalhadas por todo o país.A Rio Verde é a construtora responsável pelas obras do mais novo cartão postal do Rio de Janeiro, o Museu da Imagem e do Som e por parte da obra da CSP- Companhia Siderúrgica do Pecém, na região metropolitana de Fortaleza. Também construiu diversas plantas fabris que são referências na aplicação da metodologia da certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países. Dentre elas, destaque para as obras da Mondelez, da Novartis, ambas em Pernambuco e da Schlumberger, no Rio de Janeiro.

Daniel Peres, diretor da construtora, explica que aceitou o desafio por vários motivos, mas dentre eles, o mais importante que é a satisfação dos clientes imobiliários e as exigências técnicas dos corporativos. “Os consumidores e empresários estão sensíveis e atentos à procura de produtos e serviços que causem menos impactos negativos ao meio ambiente, à sociedade e à economia”, explica. Desde 2012 ,algumas ações sustentáveis começaram a sair do papel e chegar ao canteiro de obras.

Implementar a inovação no segmento de construção civil sempre será um desafio. A origem dos projetos das mais diversificadas obras até a sua entrega, passando pelo zelo do entorno das construções, envolve muito estudo, equipe treinada, testes de produtos novos e sua viabilização em escala.

“Inovar custa muito caro e se não for bem feita encarece o produto para o consumidor final. Mas é bem aceita atualmente. É uma surpresa agradável, pois muitos clientes já pensam como a Rio Verde. No longo prazo, as mais variadas economias propostas nos itens de sustentabilidade, como é o caso da água, fazem das construções verdes um bom negócio e de muita valorização”, analisa Daniel Peres.

O empreendimento imobiliário Storia, localizado em Limeira, é um exemplo de sucesso de comercialização e implantação de políticas sustentáveis, um dos primeiros residenciais com a certificação Aqua-HQE (Certificação Internacional da construção sustentável desenvolvida a partir da certificação francesa Démarche HQE). O Storia está localizado na área nobre de Limeira e tem previsão de entrega do empreendimento é o primeiro semestre de 2017.

O empresário acredita que no futuro, as empresas que não forem cidadãs e antenadas com a inovação sustentável perderão a competitividade e a liderança que hoje elas tem. “Muitos dos clientes imobiliários já nos procuram, comparam nossos lançamento com de outras empresas e já tem a real dimensão da importância de que é necessário investir um pouco mais no projeto”, diz.

Exemplos de inovação nesta área, em virtude da crescente preocupação ambiental com o panorama atual de escassez de recursos e degradação, incluem a criação de materiais construtivos com maior durabilidade e resistência, de revestimento de superfície direcionado à redução das perdas por calor, entre outros inúmeros exemplos ao redor do mundo. Uma pesquisa do IBOPE do ano passado aponta que 69% dos brasileiros aceitam pagar um pouco mais por empreendimentos sustentáveis. “Desde 2009 dados divulgados em pesquisas do Secovi apontam uma redução das taxas condominiais em até 30%. Acreditamos, portanto, que na próxima década o brasileiro evoluirá consideravelmente as suas práticas sustentáveis seguindo os bons exemplos do exterior”, analisa.