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Ribeirão poderá ter vila sustentável

Cidade estuda construir casas com materiais recicláveis e com geração de água, energia e alimento próprios para 54 pessoas em vulnerabilidade social

DCI

09/03/2017 12h14 | Atualizada em 09/03/2017 16h09


Ribeirão Preto poderá ser a primeira cidade brasileira a ter uma vila sustentável, feita com construções que utilizam materiais recicláveis e são autossustentáveis, para abrigar a população em situação de vulnerabilidade social.

O responsável por desenvolver o projeto será o norte-americano Mike Reynolds, conhecido como "guerreiro do lixo" por retirar resíduos do meio ambiente e utilizá-los em suas construções. O arquiteto vem pela primeira vez ao Brasil para um ciclo de palestras em Ribeirão Preto, que acontecem nos dias 23 e 24 de março. Após o evento, ele começa a desenhar o projeto brasileiro, para abrigar 54 pessoas.

De acordo com a arquiteta que promoveu a vinda de Reynolds ao Brasil, Fátima Regina de Souza, há mais

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Ribeirão Preto poderá ser a primeira cidade brasileira a ter uma vila sustentável, feita com construções que utilizam materiais recicláveis e são autossustentáveis, para abrigar a população em situação de vulnerabilidade social.

O responsável por desenvolver o projeto será o norte-americano Mike Reynolds, conhecido como "guerreiro do lixo" por retirar resíduos do meio ambiente e utilizá-los em suas construções. O arquiteto vem pela primeira vez ao Brasil para um ciclo de palestras em Ribeirão Preto, que acontecem nos dias 23 e 24 de março. Após o evento, ele começa a desenhar o projeto brasileiro, para abrigar 54 pessoas.

De acordo com a arquiteta que promoveu a vinda de Reynolds ao Brasil, Fátima Regina de Souza, há mais de 16 empresas, locais e multinacionais, interessadas em apoiar o projeto. "As empresas parceiras do evento estão sinalizando interesse na construção da vila. Também estamos em conversa com órgãos públicos e com a Prefeitura de Ribeirão para legalizar a área da construção", diz.

Nas construções realizadas por Reynolds são utilizados materiais que seriam descartados, como latas de alumínio, garrafas plásticas, pneus usados, além de itens naturais como madeira e terra. Suas obras também aproveitam a luz do sol para a geração de energia e a captação da chuva para o fornecimento de água, o que torna as moradias independentes de redes externas. "Outro destaque de suas construções é a implantação de hortas que desempenham dois papéis: o de produzir alimento e o de limpar a água utilizada na casa", aponta a arquiteta. Fátima Regina integrou a equipe de Reynolds na construção da primeira escola sustentável da América Latina, em Jaureguiberry, no Uruguai.

Segundo ela, grande parte da população desfavorecida economicamente sofre pela falta de serviços básicos de higiene e saúde, como o saneamento básico, por exemplo. A arquiteta também observa que esta população não consegue arcar com os custos da moradia e, por isto, ficam em situação de vulnerabilidade social. "Este tipo de construção tem o objetivo de resolver os entraves desta população", diz Fátima Regina.

Além do benefício social, ela acredita que a ação vai abrir novas portas para a economia e a sustentabilidade na cidade. "Teremos redução na quantidade de entulho na cidade. Hoje Ribeirão recicla apenas 1% do lixo e a sua destinação incorreta pode comprometer o Aquífero Guarani, manancial de água doce que abastece o município", avalia.

Em relação ao custo, Fátima Regina estima o preço de uma casa convencional, sendo R$ 800 o metro quadrado. Segundo ela, o valor pode oscilar para mais ou menos dependendo se houver ou não doação dos materiais, mas o valor só será definido e divulgado após a elaboração do projeto.

Na construção de 270 metros quadrados da escola sustentável em Jaureguiberry, no Uruguai, foram utilizados mais de dois mil pneus, cinco mil garrafas de vidro, dois mil metros quadrados de papelão e oito mil latas de alumínio, sendo 60% do material reciclado.

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