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Projetos de estradas eletrificadas começam a sair do papel no exterior

Em locais com maior poder aquisitivo e que fecham o cerco contra os motores a combustão, entretanto, o desenvolvimento de vias eletrificadas já saiu do papel

O Estado de S.Paulo

07/05/2025 10h54


Projetos de estradas eletrificadas começam a ganhar peso em vários países do mundo. O sucesso da eletrificação automotiva global depende diretamente da infraestrutura de recarga dos centros urbanos e das estradas. Mas a escalada da tecnologia no setor pode sinalizar que os eletropostos instalados nas beiras das rodovias serão menos necessários no futuro – ao menos nos países mais desenvolvidos.

Em locais com maior poder aquisitivo e que fecham o cerco contra os motores a combustão, entretanto, o desenvolvimento de vias eletrificadas já saiu do papel.

É o caso da Suécia, que está construindo a primeira estrada energizada pe

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Projetos de estradas eletrificadas começam a ganhar peso em vários países do mundo. O sucesso da eletrificação automotiva global depende diretamente da infraestrutura de recarga dos centros urbanos e das estradas. Mas a escalada da tecnologia no setor pode sinalizar que os eletropostos instalados nas beiras das rodovias serão menos necessários no futuro – ao menos nos países mais desenvolvidos.

Em locais com maior poder aquisitivo e que fecham o cerco contra os motores a combustão, entretanto, o desenvolvimento de vias eletrificadas já saiu do papel.

É o caso da Suécia, que está construindo a primeira estrada energizada permanente do mundo. Com três mil quilômetros de extensão previstos até 2035, ela permitirá que as baterias sejam recarregadas com os veículos em movimento.

Dessa forma, por exigir aportes financeiros elevados, empresas envolvidas na transição energética veicular atuam em parceria.

Gigantes internacionais como Siemens, Electreon, Elonroad e Aleatica injetam recursos não só na Suécia, mas também em projetos na Alemanha, Itália, França e Noruega, de acordo com o Conselho Internacional de Transporte Limpo.

A sinergia é fundamental, pois a construção de cada quilômetro da estrada eletrificada pode chegar a US$ 10 milhões.

“Essas rodovias ainda estão sob avaliação e experimentação em diversos países. A estruturação e a implementação da tecnologia, contudo, exigem investimentos vultosos”, afirma Marco Barreto, professor de engenharia mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI), em São Bernard do Campo (SP). “Mas a promessa de ampliar a autonomia dos carros elétricos em trajetos extensos parece promissora.”

Ele destaca que, além das barreiras econômicas, os principais obstáculos da implementação da tecnologia são a otimização da transferência de energia e a compatibilidade entre automóveis e vias eletrificadas.

“Em compensação, as vantagens são significativas, como eliminar as interrupções das viagens para a recarga e a possibilidade de reduzir o tamanho das baterias, que ocupariam menos espaço e diminuiriam o peso dos carros”, diz.

Apesar do entusiasmo de Barreto, a eletrificação das estradas parece uma realidade muito distante da transição energética brasileira.

A tecnologia, chamada dynamic wireless charging (carregamento dinâmico por indução) consiste na instalação de bobinas embaixo da superfície das vias e conectadas à rede de energia. Elas geram um campo eletromagnético que se comunica com um receptor ligado à bateria do veículo. O princípio da recarga por indução é similar ao usado em modelos de celulares que, hoje, dispensam os cabos de carregamento.

Outro sistema em estudo é o de um braço mecânico acoplado na parte de baixo dos automóveis que, acionado, se encaixaria no trilho da estrada para iniciar o repasse de energia. Enquanto as vias eletrificadas não se tornam realidade, algumas cidades fazem testes e experiências.

Em Detroit (Estados Unidos), que já foi considerada a capital mundial do automóvel a combustão, a Electreon, companhia israelense de soluções de carregamento sem fio, preparou uma rua de 400 metros com bobinas magnéticas para recarregar os veículos de forma indutiva.

“A tecnologia vai acabar de vez com cabos e conectores”, garante Stefan Tongur, vice-presidente da Electreon. “O próximo passo é estender o comprimento da ‘rua inteligente’ para 1,6 quilômetro. Será uma forma de testar a tecnologia em um ambiente urbano ideal.”

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