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Nova legislação de emissões pode renovar fôlego para fora-de-estrada

Fabricantes de motores para veículos destinados ao agronegócio, mineração e construção civil enxergam na exigência uma oportunidade de ganhar novos mercados diante da crise atual

DCI

16/04/2015 10h49 | Atualizada em 16/04/2015 14h45


Com a nova legislação de emissões para veículos fora-de-estrada (máquinas agrícolas, para construção e mineração), que entrou em vigor no início deste ano, os fabricantes de motores estão otimistas com o novo horizonte que se abre para este mercado.

"Esta é uma ótima oportunidade para conquistarmos novos mercados", avalia o diretor de vendas e marketing da MWM International, Thomas Püschel.

Conhecida no Brasil como MAR-I, a nova legislação exige que máquinas agrícolas e rodoviárias reduzam os níveis de emissões de poluentes, o que neste segmento não ocorria antes. Na Europa e nos EUA, o programa equivalente está na fase 4 (Tier4).

A exigência po

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Com a nova legislação de emissões para veículos fora-de-estrada (máquinas agrícolas, para construção e mineração), que entrou em vigor no início deste ano, os fabricantes de motores estão otimistas com o novo horizonte que se abre para este mercado.

"Esta é uma ótima oportunidade para conquistarmos novos mercados", avalia o diretor de vendas e marketing da MWM International, Thomas Püschel.

Conhecida no Brasil como MAR-I, a nova legislação exige que máquinas agrícolas e rodoviárias reduzam os níveis de emissões de poluentes, o que neste segmento não ocorria antes. Na Europa e nos EUA, o programa equivalente está na fase 4 (Tier4).

A exigência pode significar uma oportunidade de novos negócios em meio a um cenário de forte arrefecimento da economia brasileira.

Para o diretor de marketing e vendas da Cummins South America, Luís Chain, principalmente o mercado de infraestrutura vem sofrendo desaceleração. "Os setores ligados a este negócio não estão demandando máquinas", declara o executivo.

Segundo ele, a nova legislação deve dar um mais fôlego ao mercado. "Trata-se de uma oportunidade ímpar para ganhar market share, uma vez que já desenvolvemos globalmente este tipo de tecnologia", garante.

De acordo com o diretor de engenharia na América Latina da FPT Industrial, Alexandre Xavier, o Brasil está dando um importante passo. "O País destaca-se na América Latina como pioneiro na adoção de uma legislação neste segmento", avalia.

Xavier explica que 75% da demanda da FPT vêm da Europa, portanto o desenvolvimento de tecnologias para reduzir emissões já faz parte da rotina da companhia.

"Desde 2006, investimos nessa área globalmente. No Brasil, mantemos um centro de desenvolvimento especialmente para atender ao mercado latino-americano", conta.

Xavier complementa que o ativo, instalado em Betim (MG), funciona de maneira integrada aos demais centros de pesquisa globais. "Há uma troca de sinergias e adaptação de necessidades de acordo com cada mercado", ressalta.

O diretor da MWM pontua que o MAR-I virá em fases, o que deve ajudar o mercado a se programar em seus investimentos. "A última onda da legislação chega no início de 2019, o que irá auxiliar a indústria no escalonamento de sua produção", prevê.

Püschel afirma que a empresa trabalha para mitigar o aumento de custo previsto para a entrada do MAR-I. "Somos o fabricante com maior conteúdo local no País e isso contribui para ganharmos escala", garante. Ele acrescenta que o mercado em que a MWM está inserido é extremamente competitivo, tanto no Brasil quanto no mundo, pois enfrenta ainda a verticalização das próprias montadoras.

"Temos engenharia local, que suporta o desenvolvimento do motor e suas aplicações. Isso nos torna bastante competitivos", acredita. "Já estamos em conversas com vários clientes e ganhar market share é a nossa estratégia", diz.

Chain destaca que, atualmente, muitas máquinas de construção de maior valor agregado já são produzidas com motores Tier3 no Brasil. "O grande desafio será mesmo adotar o MAR-I em produtos mais baratos, como, por exemplo, retroescavadeiras", diz.

Segundo Xavier, a adoção de novas tecnologias tem seu valor agregado e, em função disso, algumas soluções podem alterar o custo dos produtos. "Isso não significa necessariamente impacto para o consumidor final, pois ele deve avaliar sempre o custo total da operação, o que inclui o equipamento, combustível e manutenção", declara.

Cenário de curto prazo

O diretor da MWM afirma que o cenário econômico vem afetando muito o mercado. "Atualmente, o cliente está postergando as compras", revela Püschel.

Segundo ele, é difícil prever quando as licitações do governo devem voltar, mas a expectativa é que o mercado apresente uma retomada já a partir de 2016. "Temos que estar preparados para poderemos atender à demanda e principalmente ganhar share", diz.

De olho neste mercado, Xavier afirma que a FPT vem investindo neste negócio. "Recentemente, modernizamos e elevamos nossa capacidade produtiva para 18,5 mil motores off-road por ano", afirma.

Já a Cummins projeta uma queda de 5% para este mercado em 2015. "Já prevíamos um ano difícil, mas iremos trabalhar para ganhar participação", declara Chain.

 

 

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