Sustentabilidade
O Povo
11/07/2012 10h40 | Atualizada em 12/07/2012 12h18
O estudo científico dos impactos ambientais causados pelo vazamento de óleo do navio mercante búlgaro Seawindo não será produzido “da noite para o dia”. A advertência foi dada ontem por Luís Parente Maia, diretor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), que tirou a instituição da reta. “A UFC não está disposta a pagar”, afirmou.
De acordo com ele, nesses casos, quem deve arcar com as despesas do estudo é a empresa responsável pelo Seawind. Com custo estimado em mais de R$ 364 mil, o diagnóstico sobre as consequências da substância derramada pela embarcação leva pelo menos um ano para ficar pronto.
Apenas nos primeiros
...O estudo científico dos impactos ambientais causados pelo vazamento de óleo do navio mercante búlgaro Seawindo não será produzido “da noite para o dia”. A advertência foi dada ontem por Luís Parente Maia, diretor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), que tirou a instituição da reta. “A UFC não está disposta a pagar”, afirmou.
De acordo com ele, nesses casos, quem deve arcar com as despesas do estudo é a empresa responsável pelo Seawind. Com custo estimado em mais de R$ 364 mil, o diagnóstico sobre as consequências da substância derramada pela embarcação leva pelo menos um ano para ficar pronto.
Apenas nos primeiros seis meses, serão necessários R$ 243 mil para a realização da etapa inicial de estudo, que constitui a coleta de 45 amostras de água, solo e abiota. No segundo momento, as amostras deverão ser colhidas de dois em dois meses. O processo pode se alongar por até dois anos.
Segundo Parente, a planilha completa dos custos teria sido entregue ontem pela vice-diretora do Labomar, Maria Ozilea Bezerra, ao grupo de risco que cuida do caso. O POVO procurou Maria Ozilea, mas as ligações não foram atendidas.
Próximos passos
Naufragado há 11 dias na praia do Mucuripe, em Fortaleza, o navio deverá ser removido por uma empresa contratada em caráter “emergencial” pela Companhia Docas do Ceará (CDC), confirmou em nota a instituição, sem especificar a data da remoção.
Enquanto isso, Adalberto Alencar, titular da Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano de Fortaleza (Semam), garantiu que até a próxima quinta-feira, 19, a Prefeitura terá concluído um diagnóstico de impactos ambientais e econômicos aos 3.500 pescadores do litoral fortalezense.
Na quinta ou sexta-feira da próxima semana, o secretário se reunirá em audiência com uma comissão dos representantes da Colônia de Pescadores Profissionais e Artesanais V-8, além da Capitania dos Portos do Ceará (CPCE) e da Companhia Docas do Ceará (CDC).
Entenda a notícia
O vazamento de óleo do navio mercante búlgaro Seawind chegou na última sexta-feira, 6, ao município de São Gonçalo do Amarante, a 60 quilômetros da capital cearense. Com isso, pescadores de Fortaleza informam que os peixes recuaram cerca de nove quilômetros da costa.
Saiba mais
O titular da Semam, Adalberto Alencar, afirmou que, além da empresa responsável pelo Seawind, “alguém tem de se corresponsabilizar”, referindo-se tanto à Capitania dos Portos do Ceará (CPCE), quanto à Companhia Docas do Ceará.
Em nota, nem a Capitania dos Portos nem a Companhia Docas se pronunciaram sobre isso. Informaram somente que “não há mais vazamento de óleo proveniente do Navio Mercante Seawind desde terça-feira passada, 3”.
A Semam confirmou que entrará com ação judicial contra a empresa responsável pelo Seawind. Para o titular da Semam, a Prefeitura não pode permitir a permanência do quarto navio submerso no litoral fortalezense: “Não podemos transformar o nosso litoral em um cemitério de navios”.
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