Sustentabilidade
O Estado de S.Paulo
31/08/2017 08h27 | Atualizada em 31/08/2017 18h20
A inclusão de 57 novos projetos no programa de privatizações e concessões do governo federal, segundo analistas, é positiva e pode contribuir para reduzir as dificuldades fiscais em que se encontra o País já no curto prazo. Mas a avaliação é que os impactos serão mais positivos mesmo é no longo prazo.
Para o economista Sílvio Campos Neto, da consultoria Tendências, há a sinalização do governo de uma mudança da postura do Estado na economia, com a redução do seu papel nos negócios. Isso fica evidente na previsão de venda da participação da Infraero nos aeroportos já concedidos à iniciativa privada, como o de Guarulhos em São Paulo e o de Confins em Belo Horizonte. No governo anterior havia grande protagonismo do setor público na e
...A inclusão de 57 novos projetos no programa de privatizações e concessões do governo federal, segundo analistas, é positiva e pode contribuir para reduzir as dificuldades fiscais em que se encontra o País já no curto prazo. Mas a avaliação é que os impactos serão mais positivos mesmo é no longo prazo.
Para o economista Sílvio Campos Neto, da consultoria Tendências, há a sinalização do governo de uma mudança da postura do Estado na economia, com a redução do seu papel nos negócios. Isso fica evidente na previsão de venda da participação da Infraero nos aeroportos já concedidos à iniciativa privada, como o de Guarulhos em São Paulo e o de Confins em Belo Horizonte. No governo anterior havia grande protagonismo do setor público na economia, ressalta ele.
Esta sinalização de mudança tem impacto positivo na confiança de investidores, o que é um passo importante para a atração de recursos do exterior, afirma Campos Neto. Para ele, há demanda pelos projetos de investidores externos.
Ao mesmo tempo, lembra o economista, o quadro de incerteza política ainda é alto, em meio às investigações da Operação Lava Jato e as eleições de 2018. A elevada incerteza, apesar dos projetos de infraestrutura serem de longo prazo, pesa nas decisões dos agentes.
Para Campos Neto, o pacote dará alívio fiscal às contas públicas, especialmente em 2018, mas não resolve a forte deterioração da dívida, que segue precisando de medidas estruturais, como a reforma da Previdência.
Avaliação parecida tem o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Segundo ele, a medida é positiva e pode contribuir para reduzir as dificuldades fiscais em que se encontra o País já no curto prazo. Mas, mais do que isso, a transferência de ativos à iniciativa privada melhora a dinâmica do caixa do governo no longo prazo.
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