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Depois de um mês de vazamento, BP começa a selar poço

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27/05/2010 14h07 | Atualizada em 27/05/2010 17h27


O poço que provocou o vazamento de petróleo no Golfo do México começa a ser fechado nesta quarta-feira. O governo norte-americano deu luz verde para que a petroleira britânica British Petroleum inicie a operação que tentará conter o vazamento.

A almirante da Guarda Costeira americana Mary Landry informou que será realizado um procedimento que utilizará a técnica denominada 'top kill' ('matar por cima'). Esta técnica consiste em usar robôs submarinos para injetar fluidos pesados no poço, a 1,6 km de profundidade, e então derramar cimento na abertura. A manobra é complexa e nunca foi tentada a essa profundidade.

A autorização para o proce

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O poço que provocou o vazamento de petróleo no Golfo do México começa a ser fechado nesta quarta-feira. O governo norte-americano deu luz verde para que a petroleira britânica British Petroleum inicie a operação que tentará conter o vazamento.

A almirante da Guarda Costeira americana Mary Landry informou que será realizado um procedimento que utilizará a técnica denominada 'top kill' ('matar por cima'). Esta técnica consiste em usar robôs submarinos para injetar fluidos pesados no poço, a 1,6 km de profundidade, e então derramar cimento na abertura. A manobra é complexa e nunca foi tentada a essa profundidade.

A autorização para o procedimento foi dado após funcionários do governo americano terem aprovado o início da arriscada operação em águas profundas. Testes foram realizados por cientistas para determinar se não haveria o risco de uma tentativa fracassada piorar o vazamento.

Ainda não se sabe quanto tempo será necessário para fechar o poço. A chance de sucesso, estima a companhia, é de 60% a 70%.

Tentativas sem sucesso - O vazamento de petróleo no Golgo do México já dura pouco mais de um mês. Ele foi detectado depois que a plataforma petroleira "Deep Water Horizon" naufragou, perto da costa americana, após uma explosão. No início, a estimativa era de que 1.000 barris de petróleo ou 42.000 galões (158.987 litros) vazavam por dia. Contudo, após testes da Guarda costeira americana, verificou-se que o vazamento diário chegava a 5.000 barris de petróleo.

Para tentar evitar uma tragédia ambiental de proporções inestimáveis, equipes de emergência iniciaram a queima controlada da gigantesca mancha, logo após o início do vazamento. Além disso, submarinos robotizados tentaram, sem sucesso, conter o vazamento. O temor era que o óleo chegasse à costa da Louisiana, o que de fato acabou acontecendo.

A situação ficou ainda mais preocupante quando, após 15 dias do início do vazamento, a BP reconheceu que não conseguiu sucesso na instalação de uma "tampa" no poço de petróleo por causa da cristalização de água e gás no encanamento que transportaria o óleo para um navio na superfície. Mais de 1.000 pessoas em 76 embarcações tentavam conter o vazamento.

O fato é que o vazamento já se tornou o pior da história dos Estados Unidos. Os ecologistas estão alarmados com os efeitos do petróleo sobre o ecossistema, e também com os dos produtos químicos dispersantes espalhados para impedir o óleo de atingir a terra. Esses produtos deixam o petróleo mais difícil de ser recuperado. Além disso, a utilização dessas substâncias nas profundezas, e não na superfície, é inédita e poderá ser nociva para algumas espécies marinhas.

Cronologia do desastre
20/4 - Explosão da plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP no Golfo do México. Ela estava localizada a 240 quilômetros a sudeste de Nova Orleans (Estados Unidos). O acidente matou 11 trabalhadores.

22/4 - Plataforma afunda e começa o vazamento de petróleo na região. Primeiras observações indicam que 1.000 barris de petróleo vazavam por dia.

27/4 - Fracassa as tentativas de fechar dois focos de vazamento no oleoduto ligado à plataforma. O procedimento era realizado por quatro submarinos robotizados a 1.500 metros de profundidade

29/4 - Estimativa de vazamento sobe de 1 mil para 5 mil barris por dia. Governo americano oferece apoio militar para controlar vazamento.

1/5 - Governador da Flórida, Charlie Crist, decreta estado de emergência na região - condados de Escambia, Santa Rosa, Okaloosa, Walton, Bay e Gulf. Mancha chega à costa da Louisiana, que também declara estado de emergência.

2/5 - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visita a zona de desastre no Golfo do México.

3/5 - A companhia de petróleo britânica BP afirma que pagará "todos os custos necessários e apropriados de limpeza" da mancha negra.

10/5 - A BP reconhece que não teve sucesso na instalação de uma "tampa" no poço de petróleo por causa da cristalização de água e gás no encanamento que transportaria o óleo para um navio na superfície. O vazamento pode se tornar o pior da história dos Estados Unidos.

11/5 - Técnica que usa cabelos é usada para limpar mancha de petróleo no Golfo. Os fios são colocados dentro de meias de náilon, para ajudar a absorver o óleo espesso que se aproxima das praias. Além de uma ONG americana, países como Brasil, França, Inglaterra, Espanha, Austrália e Canadá também fazem doações de fios de cabelo.

16/5 - O grupo petroleiro BP conseguiu, pela primeira vez depois do início do vazamento, começar a bombear o petróleo que sai de um poço do Golfo do México, graças a um tubo conectado a um navio na superfície.

26/5 - O poço que provocou o vazamento de petróleo no Golfo do México começa a ser fechado.

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