TENDÊNCIAS
Assessoria de Imprensa
30/01/2020 11h00
Por Luiz França
O ano de 2019 trouxe grandes notícias para a construção civil, sendo um período de fortalecimento para o setor e de retomada do mercado imobiliário.
Evoluímos nos principais números: geração de empregos, vendas e lançamentos de imóveis, melhora do PIB da construção e a importante redução da taxa de juros possibilitando novas ofertas de financiamento e mais acesso à moradia para as pessoas.
Estamos no caminho certo para voltar a ter um mercado aquecido e seguro. E os números comprovam isso.
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imob
...Por Luiz França
O ano de 2019 trouxe grandes notícias para a construção civil, sendo um período de fortalecimento para o setor e de retomada do mercado imobiliário.
Evoluímos nos principais números: geração de empregos, vendas e lançamentos de imóveis, melhora do PIB da construção e a importante redução da taxa de juros possibilitando novas ofertas de financiamento e mais acesso à moradia para as pessoas.
Estamos no caminho certo para voltar a ter um mercado aquecido e seguro. E os números comprovam isso.
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) realiza em parceria com a FIPE uma pesquisa mensal do número de lançamentos, vendas, ofertas e distratos de imóveis de todo o país.
Quando fazemos a comparação do terceiro trimestre de 2019 com o mesmo período de 2018, o aumento de lançamentos é muito positivo.
No segmento de médio e alto padrão (MAP), o crescimento foi de 20%, sendo mais forte na cidade de São Paulo com concentração em bairros de alta renda com previsão que esse efeito seja disseminado em todo o Brasil, em 2020.
Já os lançamentos de imóveis de baixa renda tiveram um aumento de 11% no terceiro trimestre de 2019, em linha com o observado nos últimos anos.
É importante que o Minha Casa Minha Vida continue forte e que promova financiamento habitacional a baixos custos.
Os dados de aumento de lançamentos demonstram que o setor está mais confiante para investir.
Em 2019, tivemos a consolidação da Lei de Distrato, o que promoveu uma maior segurança jurídica. A relação distrato sobre venda caiu para 20%, sendo que o número era de 50% nos últimos anos. Isso contribuiu para melhorar a efetividade das vendas das empresas.
E essa tendência positiva é destacada pela queda dos juros. A taxa Selic caiu para 4,5%, atingindo a sua menor marca da história, o que reflete também nos juros futuros – que medem a confiança do mercado – e possibilita a oferta ao crédito imobiliário.
A Abrainc fez um levantamento que indica que uma queda de 1% nos juros do financiamento pode incluir até 2 milhões de famílias no mercado imobiliário. Portanto, a cada ponto percentual na variação da taxa de juros, em média o mercado aumenta em 16%.
E outro ponto de destaque em 2019 foi a criação da modalidade de crédito imobiliário indexado ao IPCA, que já está tendo uma grande procura pelos correntistas da Caixa e foi recém lançado pelo Banco do Brasil. E mantendo essa tendência, a Caixa irá lançar no primeiro semestre de 2020 o produto de crédito pré-fixado.
Essas iniciativas ampliam o leque de opções ao consumidor e demonstram o apetite das instituições ao crédito imobiliário.
A forte redução da taxa de juros abre a oportunidade para novas formas de financiamento, como fundos imobiliários CRI’s – Certificado de Recebíveis Imobiliários, que até o momento ainda tem pouca participação no segmento residencial.
Além disso, a LIG (Letra Imobiliária Garantida), inspirada nos covered bonds surge como uma grande oportunidade de funding alternativo.
E a expectativa de crescimento para 2020 é muito positiva para o setor. O PIB da construção civil teve um aumento de 1,3% no terceiro trimestre de 2019, sendo duas vezes maior que o PIB Brasil (0,6%).
Foi o segundo aumento trimestral consecutivo do setor. Para 2020 esperamos um crescimento nos lançamentos de 20% a 30% no segmento MAP e para o MCMV a estimativa é de um aumento nos lançamentos próximos dos observados nos últimos anos de 5% a 10%.
O crescimento do mercado em 2020 tem capacidade para ser ainda maior caso haja disponibilidade de funding. Um levantamento da Abrainc mostra que o mercado imobiliário teria potencial para construir até 1 milhão de novas moradias e a partir desse cenário, o setor geraria 5.5 milhões de postos de trabalho o que iria corresponder a 5% de todos os empregos gerados no país.
Em 2019, o setor gerou 15% do total de empregos formais criados no Brasil e de 2018 para 2019, houve um crescimento de 52% na geração de empregos, o que demonstra mais uma vez a retomada positiva.
O Brasil está no caminho certo para alcançar voos maiores e mais tranquilos. Após um período de turbulência, vivemos o momento de promover novos investimentos e acesso à moradia de qualidade com o intuito de reduzir o déficit habitacional.
*Luiz Antonio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc)
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade