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Profissionais discutem futuro do varejo na construção pós-pandemia

AEClive abordou os efeitos da pandemia no mercado varejista da construção civil, as transformações do setor nos últimos meses e as perspectivas para o futuro do comércio

AECWeb

23/07/2020 11h00


O Portal AECweb, realizou na semana um evento on-line, o AEClive. Com o tema “Varejo na construção: digitalização e mercado pós-pandemia”, o evento reuniu Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais, e Geraldo Defalco, presidente da Anamaco.

Os convidados discutiram os efeitos da pandemia no mercado varejista da construção civil, as transformações pelas quais o setor passou nos últimos meses, e as perspectivas para o futuro do comércio com a retomada das atividades econômicas no país.

Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais, informou que, inicialmente, a pandemia trouxe uma grande apreensão ao setor varejista,

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O Portal AECweb, realizou na semana um evento on-line, o AEClive. Com o tema “Varejo na construção: digitalização e mercado pós-pandemia”, o evento reuniu Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais, e Geraldo Defalco, presidente da Anamaco.

Os convidados discutiram os efeitos da pandemia no mercado varejista da construção civil, as transformações pelas quais o setor passou nos últimos meses, e as perspectivas para o futuro do comércio com a retomada das atividades econômicas no país.

Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais, informou que, inicialmente, a pandemia trouxe uma grande apreensão ao setor varejista, devido à necessidade de fechamento de muitas lojas, e incerteza com relação ao futuro do comércio. Segundo ele, no período entre o final de março e início de abril, as vendas de materiais de construção caíram cerca de 15% na comparação com o pré-pandemia.

Apesar disso, em maio, as vendas cresceram um pouco no Brasil e o setor apresentou uma tímida retomada. Somente em junho os números melhoraram de maneira significativa.

“Em junho, temos um crescimento versus pré-pandemia na casa dos 20%. Isso acontece também quando vemos outros indicadores. Por exemplo, quando olhamos os números que saíram há pouco tempo das vendas de cimento em junho, é possível constatar um crescimento de 24% na comparação com o mesmo mês do ano passado”, disse.

Para Serrano, estes números mostram que o setor é muito resiliente e criativo para conseguir suportar e vencer as dificuldades impostas pela crise.

Geraldo Defalco, presidente da Anamaco, informou que em 17 de março, quando surgiu a primeira ordem governamental de lockdown, a venda de materiais de construção ainda não havia sido considerada como atividade essencial.

Sendo assim, representantes do setor se uniram e foram conversar com responsáveis pelo poder público de diversas regiões do país para argumentar sobre a necessidade e importância do setor de materiais de construção. Segundo Defalco, essa atitude impediu uma queda ainda mais abrupta das vendas no varejo.

Medidas
Serrano comentou que a primeira iniciativa da Juntos Somos Mais para combater a pandemia foi fazer uma petição on-line para auxiliar o setor a comprovar a necessidade de enquadramento do comércio de materiais de construção como atividade essencial.
Em seguida, o programa criou um grupo com suas empresas participantes para divulgar informações sobre a crise econômica.

“Criamos alguns fóruns ao lado das indústrias participantes. Mantemos estes fóruns até hoje de maneira quinzenal. Criamos, ainda, indicadores a partir deste fórum, o que ajudou a vermos um norte em relação ao que estava acontecendo com o setor”, informou.

O profissional disse também que o programa promoveu cursos de capacitação gratuitos a seus participantes e organizou uma série de transmissões on-line com temas de interesse dos varejistas.

Com relação aos fornecedores, Defalco informou que a principal consequência da pandemia foi a necessidade de acelerar o processo de digitalização das lojas, além do comércio via WhatsApp.

Ele disse que este processo melhorou as vendas, mas também causou ruptura no fornecimento de produtos. Isto porque as matérias-primas de muitos itens são fabricadas na China e o país parou durante um tempo a produção. Por isso, as entregas demoram mais, devido à falta do produto e o crescimento das vendas.

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