Por um tablet na cabine, o operador da pá carregadeira aciona os comandos da central de concreto.
O traço da mistura já está pré-definido em sistema e não há outro operador na central. Aliás, não há outro operador em qualquer lugar do pátio de produção do concreto.
É o operador da carregadeira quem gerencia o tempo de produção. Para isso, ele acompanha o trajeto do caminhão betoneira pelo tablet ou um smartphone identificando quando ele chegará da última obra para receber uma nova carga.
Quando chega, o resto da última carga é limpo do balão e todo esse res
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Por um tablet na cabine, o operador da pá carregadeira aciona os comandos da central de concreto.
O traço da mistura já está pré-definido em sistema e não há outro operador na central. Aliás, não há outro operador em qualquer lugar do pátio de produção do concreto.
É o operador da carregadeira quem gerencia o tempo de produção. Para isso, ele acompanha o trajeto do caminhão betoneira pelo tablet ou um smartphone identificando quando ele chegará da última obra para receber uma nova carga.
Quando chega, o resto da última carga é limpo do balão e todo esse resíduo – principalmente a água – é efetivamente reciclado.
O carregamento da central dosadora de concreto é mais rápido, porque as baias de areia e brita, que são os materiais mais volumosos da mistura do concreto, estão estrategicamente posicionadas perto da alimentação da central, reduzindo o trajeto da pá carregadeira.
A operação dessa concreteira do futuro ocorre diariamente em Tambaú, no interior de São Paulo, e é realizada pela FIT Concreto, uma concreteira criada como conceito para demonstrar a possibilidade em se produzir concreto de melhor qualidade e de forma mais rentável com o uso de tecnologias.
Mauro C. Santos, gestor da FIT Concreto, explica que o reciclador da empresa recicla 100% da água utilizada na produção do concreto, inclusive a água de chuva do pátio.
“Já o resíduo de concreto é mais de 70% reciclado e o material fino vai para a caixa de decantação, onde ainda passará por um processo de limpeza antes do descarte”, diz.
Após a decantação, o resíduo é destinado para prefeituras e obras de pavimentação, onde é utilizado como base para asfaltamento.
“As recicladoras disponíveis no mercado não são plug and play (instale e use). Elas precisam de várias adaptações. Fizemos na nossa, com engenharia própria”, salienta Santos.
O silo, onde fica armazenado o cimento, é horizontal, de fabricação da SITI. Isso, segundo o especialista, dispensa a necessidade de fundações no pátio da concreteira para suportar o equipamento de armazenamento.
O despejo do material é feito através de rosca transportadora, que oferece bom escoamento devido o contato direto ao longo do percurso do helicoide (hélice) presente na parte inferior do silo.
“Esse silo tem design para facilitar o escoamento do material para a rosca transportadora, emulando o efeito da gravidade para dar a eficiência necessária”, explica o especialista.
As ligações elétricas e pneumáticas do silo horizontal são feitas em fábrica e o equipamento chegou pronto para a montagem, realizada em cerca de sete horas, na FIT Concreto.
A planta foi dimensionada para produzir até 2 mil m³ de concreto por mês. Hoje opera com um pouco mais de 50% da capacidade, a exemplo do mercado de construção civil que ainda se recupera.