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Revista GC - Ed.59 - Maio 2015
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Matéria de Capa - Porto Maravilha

VLT: a nova cara do transporte

Começaram a ser instalados, no final de março deste ano, os primeiros trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), uma das “cerejas do bolo” do Projeto Porto Maravilha. Foram implantados 400 metros de trilhos na Rua General Luiz Mendes de Morais, no entorno da Rodoviária Novo Rio, no Santo Cristo. Mais de 500 operários participam desta etapa de execução da pré-montagem dos trilhos da via permanente. Reconhecido como um dos mais importantes legados à população do para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, e do processo de revitalização do Centro e da Região Portuária do Rio de Janeiro, o projeto do VLT Carioca prevê a construção de 28 Km de vias de sistema de bonde moderno, conectando a Região Portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont. Serão seis linhas com 42 paradas (quatro delas em estações na Rodoviária, Central do Brasil, Barcas e aeroporto).

O sistema será integrado ao Metrô, trens metropolitanos, Barcas, BRT's, rede de ônibus convencionais, Teleférico da Providência e ao Aeroporto Santos Dumont. O sistema de pagamento inc


Começaram a ser instalados, no final de março deste ano, os primeiros trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), uma das “cerejas do bolo” do Projeto Porto Maravilha. Foram implantados 400 metros de trilhos na Rua General Luiz Mendes de Morais, no entorno da Rodoviária Novo Rio, no Santo Cristo. Mais de 500 operários participam desta etapa de execução da pré-montagem dos trilhos da via permanente. Reconhecido como um dos mais importantes legados à população do para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, e do processo de revitalização do Centro e da Região Portuária do Rio de Janeiro, o projeto do VLT Carioca prevê a construção de 28 Km de vias de sistema de bonde moderno, conectando a Região Portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Santos Dumont. Serão seis linhas com 42 paradas (quatro delas em estações na Rodoviária, Central do Brasil, Barcas e aeroporto).

O sistema será integrado ao Metrô, trens metropolitanos, Barcas, BRT's, rede de ônibus convencionais, Teleférico da Providência e ao Aeroporto Santos Dumont. O sistema de pagamento inclui a utilização do Bilhete Único Carioca de transporte. Quando todas as linhas estiverem em operação, a capacidade do sistema chegará a 300 mil passageiros por dia. Cada carro poderá transportar até 415 passageiros e o intervalo entre os VLTs poderá variar entre três e 15 minutos, conforme a linha e horário do dia. A velocidade média prevista para o trânsito do VLT no Rio é de 17 km/hora e a distância média entre as estações será de 400 metros.

As obras começaram em 2014, no Túnel Ferroviário sob o Morro da Providência, e atualmente avançam por toda a extensão da Avenida Rio Branco. As intervenções estão em andamento também na Rua General Luiz Mendes de Morais, no Santo Cristo,  e na Via Binário do Porto, incluindo o Túnel da Saúde (Nina Rabha), que tem passagem exclusiva para o novo modal.

Outra intervenção em curso é a construção do Centro Integrado de Operação e Manutenção (Ciom), na Gamboa, próximo à estação do Teleférico do Morro da Providência. O primeiro trecho do VLT, ou Rede Prioritária, ligará a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont. O segundo trecho fará a interligação entre a Central do Brasil e a Praça XV.

O VLT do Rio não tem catenárias - cabos aéreos para captação da energia elétrica. O fornecimento se dará com a alimentação de energia pelo solo (sistema APS). A alimentação de energia do sistema será através de um terceiro trilho energizado em alguns trechos e nas paradas. Isso significa que não haverá rede aérea de alimentação, com fios suspensos. Além disso, a energia gerada  por cada frenagem será reaproveitada por um equipamento chamado supercapacitor. Essas tecnologias já são utilizadas no mundo, mas somente em separado. O que ainda não existia, até então, era a combinação desses dois sistemas, conferindo segurança e economia. O projeto contempla acessibilidade aos portadores de deficiência física em todos os vagões e exige a instalação de ar-condicionado. O VLT carioca é, portanto, um dos mais modernos do mundo em termos de tecnologia ferroviária.

Por meio da PPP, a iniciativa privada será responsável pelas obras de implantação do sistema, compra dos trens, operação e manutenção do VLT por 25 anos. O consórcio do VLT Carioca, que venceu o processo de licitação da PPP, é formado pelas empresas CCR, por meio da CCR Actua, Odebrecht Transport, e Invepar. A Riopar Participações, sócia do Grupo CCR na CCR Barcas, também faz parte, enquanto a BRt - Benito Roggio Transporte tem 2%, e a RATP do Brasil Operações, Participações e Prestações de Serviços para Transporte possui 0,25% de participação.

Composto por operadores dos quatro meios de transportes da cidade (trem, metrô, barcas e ônibus), o grupo de empresas apresentou proposta com oferta de R$ 5,9 milhões mensais pagos pela prefeitura durante 25 anos de contrato - valor 1,35% abaixo do teto de R$ 6,040 milhões estimados pelo edital.

A implantação do novo meio de transporte tem custo avaliado em R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 500 milhões financiados por recursos federais, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, e o restante viabilizado pela PPP.

O sistema teve seu primeiro protótipo entregue ao consórcio VLT Carioca em 27 de março. O veículo, primeiro de uma série de 32, do modelo Citadis, foi produzido pela Alstom, que também fornecerá os sistemas de abastecimento de energia, sinalização e telecomunicações. As cinco primeiras unidades do VLT serão construídas na Europa (França) e as demais na nova fábrica que será instalada no Brasil (Taubaté – SP), a partir de transferência de tecnologia.

A Alstom já implantou o modelo de VLT Citadis em mais de 40 cidades do mundo, com mais de 1500 composições.

Novo conceito em mobilidade

O sistema de transporte que está sendo implantado na área central do Rio de Janeiro adota o conceito de transporte integrado, com espaços para pedestres, ciclovias e vias planejadas. O princípio adotado é priorizar o transporte público em relação ao transporte individual.

Para isso, até 2016, o VLT e o transporte rápido por ônibus (BRT) já estarão operando, o que permitirá a racionalização dos sistemas de mobilidade do Rio de Janeiro, aumentando a capacidade de transporte e, ao mesmo tempo, reduzindo a quantidade de ônibus em circulação. Mais gente usando o transporte público possui impactos não só no trânsito da cidade, mas também na qualidade do serviço prestado para a população e para preservação do meio ambiente.

A previsão é que quando o novo sistema de mobilidade estiver completamente implantado, 1,5 milhão de pessoas sejam beneficiadas e 1/3 da frota atual de ônibus da cidade seja retirada das ruas.

 

 

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