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Revista GC - Ed.59 - Maio 2015
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Matéria de Capa - Porto Maravilha

Túnel Rio450: mais de 300 mil veículos em um mês de operação

Considerado um dos maiores desafios de engenharia do novo sistema viário do Porto Maravilha, que substitui o Elevado da Perimetral – o Túnel Rio450 foi inaugurado no dia 1 de março, durante as comemorações de 450 anos de fundação do Rio de Janeiro. Por isso recebeu esse nome.

Ele complementa os 3,5 km da Avenida do Binário do Porto, primeira grande obra do Porto Maravilha entregue em novembro de 2013 pela Prefeitura do Rio. Maior túnel subterrâneo em área urbana do Rio de Janeiro, com 1,5 km de extensão e três faixas de rolamento, a obra de arte tem capacidade para receber 55 mil veículos por dia.

Em seu ponto mais profundo, o túnel atinge 40 metros, o que equivale a um prédio de 13 andares. No período de pico das obras, cerca de 900 homens trabalharam em três turnos, 24 horas por dia, em diversas frentes nas duas galerias. Para abrir o túnel, duas metodologias construtivas foram adotadas: escavação e detonação em rocha.

As obras começaram com as escavações, em outubro de 2012, quando houve a primeira detonação no poço de serviço da Avenida Venezuela. O poço de serviço é um recurso adotado na construção de túneis para reduzir impacto sobre o trânsito das cidades. A técnica cria espaço alternativo para a passagem de homens, máquinas e materiais (entrada e saída) a partir da instalação em terrenos e praças, reduzindo a necessidade de interdição de ruas e avenidas.

Ao longo das obras, foram realizados 679 procedimentos de implosão. E um dos grandes desafios de todo o processo foi manter o ritmo das escavações no Centro da cidade sem a interrupção da rotina dos milhares de cidadãos que passam por ali diariamente, explica José Renato Ponte, presidente da Concessionária Porto Novo, responsável pela realização das obras.

Em paralelo à sua extensão, foi escavado um túnel auxiliar de segurança de 821 metros com sete entradas e distância máxima de 160 metros entre cada uma. O túnel conta com sistema de drenagem de águas pluviais; sistema de combate a incêndios; câmeras de segurança para monitoramento 24 horas por dia; luminárias LED com sistema de telegestão; sensores de qualidade do ar, de visibilidade e detecção de acidentes;


Considerado um dos maiores desafios de engenharia do novo sistema viário do Porto Maravilha, que substitui o Elevado da Perimetral – o Túnel Rio450 foi inaugurado no dia 1 de março, durante as comemorações de 450 anos de fundação do Rio de Janeiro. Por isso recebeu esse nome.

Ele complementa os 3,5 km da Avenida do Binário do Porto, primeira grande obra do Porto Maravilha entregue em novembro de 2013 pela Prefeitura do Rio. Maior túnel subterrâneo em área urbana do Rio de Janeiro, com 1,5 km de extensão e três faixas de rolamento, a obra de arte tem capacidade para receber 55 mil veículos por dia.

Em seu ponto mais profundo, o túnel atinge 40 metros, o que equivale a um prédio de 13 andares. No período de pico das obras, cerca de 900 homens trabalharam em três turnos, 24 horas por dia, em diversas frentes nas duas galerias. Para abrir o túnel, duas metodologias construtivas foram adotadas: escavação e detonação em rocha.

As obras começaram com as escavações, em outubro de 2012, quando houve a primeira detonação no poço de serviço da Avenida Venezuela. O poço de serviço é um recurso adotado na construção de túneis para reduzir impacto sobre o trânsito das cidades. A técnica cria espaço alternativo para a passagem de homens, máquinas e materiais (entrada e saída) a partir da instalação em terrenos e praças, reduzindo a necessidade de interdição de ruas e avenidas.

Ao longo das obras, foram realizados 679 procedimentos de implosão. E um dos grandes desafios de todo o processo foi manter o ritmo das escavações no Centro da cidade sem a interrupção da rotina dos milhares de cidadãos que passam por ali diariamente, explica José Renato Ponte, presidente da Concessionária Porto Novo, responsável pela realização das obras.

Em paralelo à sua extensão, foi escavado um túnel auxiliar de segurança de 821 metros com sete entradas e distância máxima de 160 metros entre cada uma. O túnel conta com sistema de drenagem de águas pluviais; sistema de combate a incêndios; câmeras de segurança para monitoramento 24 horas por dia; luminárias LED com sistema de telegestão; sensores de qualidade do ar, de visibilidade e detecção de acidentes; painéis para informes de condições de tráfego; e sistema de comunicação direta com o usuário, e megafonia. Ao todo, são 32 câmeras de segurança, além de equipes posicionadas estrategicamente na entrada e na saída da via para monitorar o tráfego durante 24 horas e garantir o atendimento rápido das ocorrências.

Durante o mês de março, 373.337 veículos passaram pelo Túnel, o que prova que a via já tornou-se primordial para os motoristas cariocas que estão no Centro e desejam acessar o Viaduto do Gasômetro de maneira mais rápida.

Para Carlos Alberto Gomes Silva, Presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio,  a construção do Túnel  Rio450, muda a lógica do transporte urbano e consolida um novo conceito em termos de uso do solo urbano, colocando as pessoas em prioridade, em relação aos carros. Literalmente, os automóveis passam a circular nos subterrâneos para liberar espaço para as pessoas na superfície.

Falha geológica é superada na construção de túnel Rio450

Um grave problema, identificado durante as obras do Túnel Rio450 atrasava o andamento da construção deste que é uma das mais importantes obras de arte do Projeto Porto Maravilha, na região central da cidade do Rio de Janeiro:  Tratava-se de uma falha geológica com cerca de 20 metros, que comprometia todo o cronograma de execução do empreendimento. A falha apresentava “um alto índice de rejeito, com um gradiente hidráulico muito forte”, sob a Praça Mauá, no coração do Rio, próximo do Museu de Arte do Rio (Mar).

Após feitas diversas tentativas para superar a falha, tais como Jet grounting horizontal e vertical e até uma técnica autoperfurante recém-trazida do exterior, todas sem sucesso – o que reteve a escavação do túnel por oito meses – o consórcio responsável pelas obras acionou a Fundsolo, que resolveu o problema em menos de 30 dias.

“Durante uma semana, estudamos o problema e preparamos um laudo técnico para nos orientar nos trabalhos de campo. Ao todo, cerca de 35 profissionais da Fundsolo participaram diretamente da operação para, trabalhando durante 20 dias ininterruptos, em dois turnos de 10h”, relata o engenheiro civil e empresário Márcio dos Santos, fundador da Fundsolo,

O trabalho começou com uma pré-consolidação da falha, ou pré-grounting. Na primeira perfuração, nos 20 metros de falha, o engenheiro lembra que houve uma enorme vazão de água, de aproximadamente 150 litros por minuto. “E não poderíamos deixar essa água escorrer, porque havia o risco de um recalque sensível do túnel que poderia comprometer a sua estabilidade”, relata o engenheiro.

Ele explica que não daria para fazer o jet grouting por cima, “porque pararíamos a praça Mauá”. Ele diz que a opção foi por colunas horizontais. “Por isso, era necessário fazer a pré-consolidação da área.”

Márcio conta que foram usados todos os tipos de equipamentos de perfuração, tais como rotatores hidráulicos, com martelos de fundo. “Nos setores circulares dessa falha, funcionou”, lembra o engenheiro. Ele ressalta que, em outros lugares, a rocha apresentava características geológicas e geotécnicas diferenciadas. “Tivemos de usar outros tipos de perfuração, que foram martelos de superfície com bites e guias especiais, minimizando os desvios nas perfurações, para que os trabalhos fossem feitos onde tinham de ser feitos”, explica.

“Como existia um alto gradiente hidráulico sob o teto do túnel, obturamos em vários pontos para fazer a retenção da água, para que o recalque não aumentasse”, informou.

Quando conseguiram sanar o vazamento, na primeira etapa de pré-consolidação dessa seção de túnel, entre a abóboda e as hasteais do túnel, Márcio diz que entraram com a enfilagem tubular, com tubo de aço. “Atravessamos a falha, e fomos embora.”

Ele guarda a sete chaves a técnica que possibilitou resolver um problema que ninguém havia conseguido. Tanto é que a Fundsolo está tentando patentear a solução encontrada.

O trabalho bem-sucedido na solução da falha geológica do túnel do Porto Maravilha credencia a Fundsolo para outras obras deste tipo, afirma Márcio.

Laudo geológico é peça fundamental

Importante peça no quebra-cabeça em busca de uma resposta ao desafio imposto, o laudo geológico da Fundsolo foi fundamental para subsidiar a estratégia de como atravessariam a zona da falha, afirma Márcio. “Em todos os nossos trabalhos procuramos integrar a geotecnia e a geologia”, explica. Segundo ele, nas obras em que atuam, há sempre o acompanhamento de engenheiros e geólogos.

Laudo: “A falha apresenta coluna extratigráfica típica, composta em sua base por rochas do embasamento cristalino, sobreposta por uma camada de rocha alterada, seguindo em direção ao topo por solos residuais e sedimentos quaternários e aterros de materiais diversos realizados por ações antrópicas.” Departamento de Geologia da Fundsolo.

 

 

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