Em construção até 2020, a Usina Hidrelétrica de Keeyask, na província de Manitoba, região central do Canadá, é uma das obras em curso mundialmente que demanda uma das mais abstrusas operações de transporte de concreto. O caso de sucesso, apresentado pela Putzmeister durante a World of Concrete, realizada em janeiro, em Las Vegas, demonstra um complexo de usinas com vertedouro, sete baias e mais de 23 km de diques construídos dos dois lados do reservatório. E tudo isso acontecendo em condição climática adversa, com temperatura que pode chegar a 29 °C abaixo de zero e cuja cidade de apoio mais próxima fica a mais de duas horas. É assim que o consórcio construtor, Hydro Constructors LP (BBE), precisa aplicar cerca de 430 mil metros cúbicos de concreto em diversas estruturas da hidroelétrica, motivo pelo qual telebelts de 4,6 m³ e 5 m³ por minuto de capacidade devem figurar com destaque.
De acordo com a Putzmeister, o consórcio BBE trabalhou em colaboração estreita com a equipe de especialistas da fabricante para determinar os equipamentos necessários. Dada a condi
Em construção até 2020, a Usina Hidrelétrica de Keeyask, na província de Manitoba, região central do Canadá, é uma das obras em curso mundialmente que demanda uma das mais abstrusas operações de transporte de concreto. O caso de sucesso, apresentado pela Putzmeister durante a World of Concrete, realizada em janeiro, em Las Vegas, demonstra um complexo de usinas com vertedouro, sete baias e mais de 23 km de diques construídos dos dois lados do reservatório. E tudo isso acontecendo em condição climática adversa, com temperatura que pode chegar a 29 °C abaixo de zero e cuja cidade de apoio mais próxima fica a mais de duas horas. É assim que o consórcio construtor, Hydro Constructors LP (BBE), precisa aplicar cerca de 430 mil metros cúbicos de concreto em diversas estruturas da hidroelétrica, motivo pelo qual telebelts de 4,6 m³ e 5 m³ por minuto de capacidade devem figurar com destaque.
De acordo com a Putzmeister, o consórcio BBE trabalhou em colaboração estreita com a equipe de especialistas da fabricante para determinar os equipamentos necessários. Dada a condição dos agregados, que vão de 40 a 80 milímetros, compondo um tipo de mistura relativamente seca, ficava inviável a utilização de bombas-lança para bombear a mistura às obras. "Por isso decidimos usar os dois telebelts, TB 200 e TB 130, trabalhando paralelamente", diz Robert Weiglein, gerente de negócios para aplicações especiais da Putzmeister na América. "A durabilidade e a simplicidade mecânica dos Telebelts permite sua aplicação em todas as condições e com todos os tipos de concreto, sem necessidade de adaptações e com pouco impacto de desgaste no equipamento e na tubulação", completa ele.
O especialista explica que a construção de estruturas maciças, como são as das barragens, exigem milhares de metros cúbicos de concreto e o uso de telebelts traz economia de insumos, uma vez que pode transportar materiais com pouco, ou sem nenhum aditivo, aceitando igualmente misturas com menor relação água-cimento
Estrutura parruda
O equipamento maior – TB 200, de 107,6 mil kg – levou duas semanas para ser montado, e foi entregue por meio de quatro caminhões. Foram necessários três funcionários da Putzmeister na operação, além de uma equipe de quatro ferreiros do consórcio construtor e um operador de grua.
Assim, desde o final de 2016 os Telebelts distribuem concreto para todas as áreas do complexo, incluindo a central elétrica, no lado norte da usina, e o vertedouro de sete baias no lado sul. “As longas distâncias dos Telebelts – 61 metros horizontalmente para a TB 200 e 38,5m para a TB 130 – são essenciais para a operação”, garante a Putzmeister.
Segundo Weiglein, devido à localização remota da obra, cuja cidade mais próxima, de apenas 1,8 mil habitantes, fica há duas horas do canteiro de obras, foi preciso pensar em toda uma estrutura de operação e atendimento. Para se ter ideia, o canteiro acomoda 2 mil colaboradores e foi estruturado para oferecer conforto residencial a eles, com cozinha e sala de jantar 24 horas, centro de recreação, salão de jogos e cinemas. Os trabalhadores da área de concreto fazem turnos de três semanas intensas de trabalho e depois ficam uma semana de folga para voltar às suas casas e conviver com os familiares.
“Pela condição remota, também é impensável que os Telebelts sofram qualquer parada e tenham de esperar pelo deslocamento de peças e serviços para voltarem a operar”, diz Weiglein. “Por isso, a Putzmeister embarcou no local uma estrutura de suprimento de peças críticas de desgaste”, completa ele.
Quando entrar em operação, algo previsto para 2021, a Hidrelétrica Keeyask deverá ser fonte de energia renovável com fornecimento aproximado de 695 megawatts, em média. Anualmente, a produção prevista é de 4.400 Gigawatts por hora. Essa energia será integrada ao sistema elétrico da Manitoba Hydro, concessionária da região, e utilizada pela população de Manitoba e exportada para outras partes do Canadá.
Condição climática adversa
A temperatura em Manitoba varia imensamente do verão para o inverno. Os invernos são extremamente rigorosos, com frio atingindo até 29 °C abaixo de zero. Isso inviabiliza as obras, motivo pelo qual as máquinas ficam paradas de meados de novembro a abril, retomando suas operações quando volta a haver confiabilidade e eficiência.
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