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Revista GC - Ed.88 - Abril 2018
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Concreto Hoje

Hora de seguir a especificação correta

O concreto tem especificações próprias para hélice contínua e parede diafragma, mas muitas empresas ainda as desconhecem, o que pode gerar problemas

O atendimento às especificações técnicas é fundamental para o sucesso da concretagem das fundações

O uso do concreto em obras de fundação requer um olhar atento, pois alguns fatores podem comprometer a eficiência do resultado nas operações de concretagem. A falta resistência, as condições inadequadas de trabalhabilidade e as grandes exsudações estão entre as principais ocorrências, assim como alterações do tempo de início de pega, que podem entupir a tubulação dos equipamentos que fazem o bombeamento do concreto, dificultando o lançamento.

Esses problemas normalmente ocorrem porque muitas empresas não seguem as especificações adequadas do concreto para hélice contínua e parede diafragma para obras de fundação. Arcindo Vaquero y Mayor, consultor da Associação Brasileira das empresas de Serviços de Concretagem (ABESC), explica que essas especificações ainda não são conhecidas por muitas empresas, gerando problemas que poderiam ser evitados.

Essas especificações consideram uma série de aspectos, como resistência à compressão, durabilidade e exsudação. “As pessoas podem entender, por exemplo, que o uso de areia industrial com pequenas variações pode ser fator preocupante na qualidade do concreto usado em fundação”, explica Arcindo. As especificações foram criadas pela ABESC em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e Geotecnia (ABEF) e a Associação Brasileira de Empresas de Projetos e Consultoria em Engenharia Geotécnica (ABEG).

A padronização dessas especificações é necessária em virtude do aperfeiçoamento tecnológico e das técnicas utilizada nas obras. Os especialistas detectaram que diversos sistemas de concretagem na fundação estavam apresentando problemas e se organizaram para disponibilizar informações técnicas para determinadas estruturas de concreto armado. Com isso, surgiu um traço padrão para estacas hélice contínua e outro para parede-diafragma e estacas escavadas.

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O atendimento às especificações técnicas é fundamental para o sucesso da concretagem das fundações

O uso do concreto em obras de fundação requer um olhar atento, pois alguns fatores podem comprometer a eficiência do resultado nas operações de concretagem. A falta resistência, as condições inadequadas de trabalhabilidade e as grandes exsudações estão entre as principais ocorrências, assim como alterações do tempo de início de pega, que podem entupir a tubulação dos equipamentos que fazem o bombeamento do concreto, dificultando o lançamento.

Esses problemas normalmente ocorrem porque muitas empresas não seguem as especificações adequadas do concreto para hélice contínua e parede diafragma para obras de fundação. Arcindo Vaquero y Mayor, consultor da Associação Brasileira das empresas de Serviços de Concretagem (ABESC), explica que essas especificações ainda não são conhecidas por muitas empresas, gerando problemas que poderiam ser evitados.

Essas especificações consideram uma série de aspectos, como resistência à compressão, durabilidade e exsudação. “As pessoas podem entender, por exemplo, que o uso de areia industrial com pequenas variações pode ser fator preocupante na qualidade do concreto usado em fundação”, explica Arcindo. As especificações foram criadas pela ABESC em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e Geotecnia (ABEF) e a Associação Brasileira de Empresas de Projetos e Consultoria em Engenharia Geotécnica (ABEG).

A baixa qualidade do concreto causa impactos nos prazos e custos das obras, exigindo verificações e reforços

A padronização dessas especificações é necessária em virtude do aperfeiçoamento tecnológico e das técnicas utilizada nas obras. Os especialistas detectaram que diversos sistemas de concretagem na fundação estavam apresentando problemas e se organizaram para disponibilizar informações técnicas para determinadas estruturas de concreto armado. Com isso, surgiu um traço padrão para estacas hélice contínua e outro para parede-diafragma e estacas escavadas.

Erros

Quando o concreto usado em uma obra está fora das especificações, as consequências podem aparecer de imediato, com a perda da peça concretada, entupimento dos tubos de lançamento, ou recebimento dos resultados de resistência baixos para o concreto. Essas situações interferem nos prazos e custos das obras, exigindo verificações e reforços. Há casos, por exemplo, onde a peça concretada não apresenta concreto de boa qualidade na cota de arrasamento, ou as paredes de contenção perdem a capacidade de impermeabilidade, aumentando a umidade em subsolos.

As interferências se estendem ao longo do tempo, mas poderiam ser sanadas com o uso das especificações, por isso é importante que elas sejam implementadas em todo o Brasil por meio de maior de divulgação junto às empresas envolvidas. Em razão dos problemas, a ABESC recomenda alguns cuidados antes de se contratar os serviços de concretagem, como por exemplo, escolher empresa idônea, envolver o engenheiro da obra e a empresa de consultoria, avaliar as condições de acesso aos canteiros, de fornecimento de concreto, etapas de execução, sondagens, perfil dos equipamentos utilizados no trabalho, capacitação técnica das equipes e capacidade de produção.

Arcindo informa que, quando uma estaca de hélice contínua for utilizada em uma obra, sua aplicação deve estar prevista em projeto. “A operação do equipamento deve ser condizente com as condições do terreno, ao perfil e ao porte da edificação. A equipe deve fazer corpo-de-prova para ruptura, a fim de avaliar a perfeita adequação do concreto, o porte e a capacidade da bomba de concretagem, que devem estar de acordo com os diâmetros das estacas”, informa Arcindo.

Patologias

No Brasil não existe a cultura de se investir em ações preventivas para evitar a degradação de obras de arte, fazendo inspeções e manutenções periódicas. Sem preservação do capital investido, os custos acabam indo além da reconstrução de obras degradadas e a sociedade contabiliza prejuízos de prédios e pontes comprometidos pela corrosão das estruturas.

O concreto e demais elementos usados nas fundações sofrem agressões do meio físico e devem passar por manutenções periódicas

O engenheiro Jarbas Milititsky, autor do livro “Patologia das Fundações” (Oficina dos Textos), salienta que a fundação pode sofrer os efeitos do meio natural. “O concreto e demais elementos utilizados nas fundações de obras de engenharia sofrem agressões do meio físico e devem passar por manutenções em prazos estabelecidos. É preciso melhorar a qualidade das estruturas, obras de arte e edificações antigas, fazer inspeções técnicas periódicas nas fundações e em toda a estrutura, primando pela conservação”, detalha.

Quando há patologias na parte de fundação de edificações, normalmente aparecem deformações e trincas, que podem ou não estarem diretamente relacionadas à fundação. Mas numa ponte, por exemplo, os indícios de patologia não são perceptíveis inicialmente, não há como saber se um dos apoios afundou 5cm, por exemplo. Nesses casos, como a parte de fundação está o tempo todo exposta à degradação e ação corrosiva da água ou do solo, essas edificações devem passar por inspeções técnicas em prazos estabelecidos, e intervenções quando necessárias.

Existem estruturas suscetíveis à degradação, como fundações de pontes sobre rios, mares, de áreas portuárias, instalações industriais, especialmente na área de fertilizantes, celulose e papel, e de outros produtos. Por isso, é aconselhável que haja um programa de minimização de patologias que prime pela qualidade do projeto, da execução e as condições do meio onde são construídos.

A sociedade deve estar ciente de que as inspeções nas estruturas bem como as intervenções técnicas de manutenção e revitalização devem ser feitas com periodicidade a partir de um tempo estabelecido, da mesma forma que uma pessoa precisa passar por exames de rotina a partir de uma certa idade.

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