A produção mineral brasileira (PMB) deverá somar cerca de US$ 50 bilhões até o final desse ano, de acordo com as projeções do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o que significa nada menos do que 28% de aumento em relação a 2010. Não se trata do único recorde do setor, que apresentou um incremento impressionante na última década: aumento de 550% no PMB entre 2001 e 2011, se confirmados os números do Ibram para a produção desse ano. Dois dados precisam ser considerados nessa análise, sendo o primeiro o fato de a métrica do Instituto não considerar os números do setor de óleo e gás, que é um universo à parte. A segunda consideração diz respeito ao fato de que em 2001, a PMB estava numa escala descendente, tentando recuperar os bons resultados da década anterior.
Em resumo: a escala ascendente do setor mineral brasileiro começa logo após o ano do fatídico 11 de setembro e avança, non stop, até agora. Para os especialistas, o setor continua nessa batida nos próximos três anos, registrando crescimentos anuais entre 10% e 15%. Aliás, os investimentos previstos para o pe
A produção mineral brasileira (PMB) deverá somar cerca de US$ 50 bilhões até o final desse ano, de acordo com as projeções do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o que significa nada menos do que 28% de aumento em relação a 2010. Não se trata do único recorde do setor, que apresentou um incremento impressionante na última década: aumento de 550% no PMB entre 2001 e 2011, se confirmados os números do Ibram para a produção desse ano. Dois dados precisam ser considerados nessa análise, sendo o primeiro o fato de a métrica do Instituto não considerar os números do setor de óleo e gás, que é um universo à parte. A segunda consideração diz respeito ao fato de que em 2001, a PMB estava numa escala descendente, tentando recuperar os bons resultados da década anterior.
Em resumo: a escala ascendente do setor mineral brasileiro começa logo após o ano do fatídico 11 de setembro e avança, non stop, até agora. Para os especialistas, o setor continua nessa batida nos próximos três anos, registrando crescimentos anuais entre 10% e 15%. Aliás, os investimentos previstos para o período 2011-2015 chegam a US$ 68,5 bilhões. Quando pegamos esse montante, fica claro o perfil do segmento no Brasil: US$ 45 bilhões são previstos para projetos de minério de ferro, valor muito acima dos US$ 5,2 bilhões que a cadeia do alumínio deve consumir e dos US$ 6,5 bilhões da área de níquel. Os outros dois grupos minerais que fecham a lista dos cinco mais incluem o ouro, com previsão de US$ 2,4 bilhões e a área de fosfato com US$ 1,9 bilhão. Está dado o mapa inicial da mina.
Para o setor de construção civil a lupa deve ser direcionada para o segmento de agregados minerais, que deve bater na casa dos 469 milhões de toneladas em 2011, mantendo o ritmo sempre ascendente desde 2001 e com perspectiva de continuar acima e avante pelo menos até 2020. Os dados são da Anepac e estão incluídos no relatório do Ibram. Os agregados, aliás, não sentiram o efeito das últimas crises mundiais, nem mesmo a iniciada em 2008. Entre 2007 e 2016, as previsões do Instituto são se que o segmento cresça nada menos do que 56%. Para os especialistas, as obras de infraestrura e os dois megaeventos esportivos (Copa e Olimpíadas) manterão a produção de areia, brita, argila e cascalho em alta até pelo menos 2022.
Quem puxa o crescimento nessa área é o Sudeste, que teria respondido por 55,4% de todo o consumo de agregados minerais em 2009. Os três estados do Sul abocanharam 17,2%. O Centro-Oeste e o Nordeste empataram tecnicamente, respondendo por 11,5% e 10,3%, respectivamente. O Norte, por sua vez, ficou com 5,6% da demanda. Esses números são os mais atualizados, mas é preciso considerar o aquecimento no Nordeste, de forma que é provável que aquela região já tenha se distanciado do Centro-Oeste e ganhado mais espaço.
Uma forma ainda mais clara de entender a importância dos agregados minerais para a construção civil é associá-los a obras de infraestrutura e construção civil. Um exemplo é a demanda deles para cada km de linha de metrô construído: de acordo com a Anepac são necessários nada menos do que 50 mil t de agregados. Já a pavimentação de estrada consumiria 9,8 mil t de agregados a cada km. As casas populares – considerando um área de 50 m2 para cada uma delas – demandam cerca de 68 t. Nos edifícios, por outro lado, cada 1 mil m2 consome 1360 t de agregados. Não é pouca coisa.
Os dados da Anepac (2009) também permitem traçar um perfil do setor. Há dois anos, as empresas que atuava no segmento somavam 3,1 mil empreendimentos, sendo 2,5 mil delas focadas na extração de areia. Cinco por cento delas seria de grande tamanho, produzindo mais de 25 mil t/mês de areia. Já o setor de brita teria 600 empresas atuantes, com 10% delas produzindo acima de 40 mil t/mês, considerada o universo das maiores. Apesar desse universo e da tendência de crescimento, potencializada pelas obras de infraestrutura e dos eventos, enfim pelo crescimento do País, nós ainda temos margem para crescer considerando as métricas de regiões mais desenvolvidas.
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