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Revista GC - Ed.27 - Junho 2012
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Métrica Industrial

Construção industrializada caminha em trilhos sólidos

Tecnologia ainda é pouco utilizada no Brasil em comparação a países mais desenvolvidos, mas especialistas e instituições locais demonstram o alto nível tecnológico já aplicado ao setor e desenham os melhores cursos para a solução nos próximos anos

A coluna Métrica Industrial traz informações sobre o setor da construção industrializada em aço nesta edição, a exemplo do que já foi realizado sobre o setor de pré-fabricados de concreto. Trata-se de um universo levantado pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), que é um dos braços do Instituto Aço Brasil e que demonstra parte importante de como a construção industrializada tem avançando nacionalmente.

Antes das informações locais, é necessário fazer um comparativo entre o Brasil e países mais desenvolvidos, mostrando que temos longo caminho a percorrer quando o assunto é construção industrializada.  A exemplo do que ocorre com pré-fabricados em concreto, onde países como Finlândia realizam até 80% das suas construções com a tecnologia, as construções em aço estrutural também têm maior aplicabilidade no exterior. Dados do CBCA revelam que nos Estados Unidos cerca de 50% das edificações são construídas em aço estrutural, no Reino Unido esse índice chega a 70%.

No Brasil, todavia, esse tipo de estrutura tem sido pouco utilizado, chegando ao pico de 17% de representatividade entre as construções brasileiras realizadas em 2008, mas caindo para 12% em 2009, face à queda de 0,6% do PIB e de 6,4% da atividade industrial apresentada no País naquele ano, quando a construção civil como um todo registrou queda de 6,3%.

Em 2010, o crescimento do PIB de 7,5% foi impulsionado pelo incremento de 10,1% no setor industrial, com a parcela do segmento da construção civil crescendo 11,6%. A retomada dos investimentos trouxe novo impulso à construção industrializada e a construção em aço retomou a participação de 15% do total de edificações construídas no Brasil naquele ano.

Esse setor respondeu pelo consumo de 2,8 milhões de toneladas de aço em 2010. Com posse desse volume, confrontando com estatísticas do IBGE apresentadas na Pesquisa Industrial Anual do ano de 2009, é possível presumir que esse consumo influenciou no crescimento de 12% ao ano das construções industrializadas em geral (aço estrutural, pré-fabricados de concreto e outras) quando se contabiliza de 2002 a 2010.

Tecnologias

Para atender a essa demanda, o aço estr


A coluna Métrica Industrial traz informações sobre o setor da construção industrializada em aço nesta edição, a exemplo do que já foi realizado sobre o setor de pré-fabricados de concreto. Trata-se de um universo levantado pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), que é um dos braços do Instituto Aço Brasil e que demonstra parte importante de como a construção industrializada tem avançando nacionalmente.

Antes das informações locais, é necessário fazer um comparativo entre o Brasil e países mais desenvolvidos, mostrando que temos longo caminho a percorrer quando o assunto é construção industrializada.  A exemplo do que ocorre com pré-fabricados em concreto, onde países como Finlândia realizam até 80% das suas construções com a tecnologia, as construções em aço estrutural também têm maior aplicabilidade no exterior. Dados do CBCA revelam que nos Estados Unidos cerca de 50% das edificações são construídas em aço estrutural, no Reino Unido esse índice chega a 70%.

No Brasil, todavia, esse tipo de estrutura tem sido pouco utilizado, chegando ao pico de 17% de representatividade entre as construções brasileiras realizadas em 2008, mas caindo para 12% em 2009, face à queda de 0,6% do PIB e de 6,4% da atividade industrial apresentada no País naquele ano, quando a construção civil como um todo registrou queda de 6,3%.

Em 2010, o crescimento do PIB de 7,5% foi impulsionado pelo incremento de 10,1% no setor industrial, com a parcela do segmento da construção civil crescendo 11,6%. A retomada dos investimentos trouxe novo impulso à construção industrializada e a construção em aço retomou a participação de 15% do total de edificações construídas no Brasil naquele ano.

Esse setor respondeu pelo consumo de 2,8 milhões de toneladas de aço em 2010. Com posse desse volume, confrontando com estatísticas do IBGE apresentadas na Pesquisa Industrial Anual do ano de 2009, é possível presumir que esse consumo influenciou no crescimento de 12% ao ano das construções industrializadas em geral (aço estrutural, pré-fabricados de concreto e outras) quando se contabiliza de 2002 a 2010.

Tecnologias

Para atender a essa demanda, o aço estrutural entra em cena como solução pronta para aplicação nas obras, podendo ser produzido em grande variedade de estruturas e formas. São mais de 3.500 tipos diferentes de aço e quase 75% destes foram desenvolvidos apenas nos últimos vinte anos. Na construção civil, são mais utilizados os chamados aços-carbono e aços patináveis.

De acordo com o CBCA, a quantidade de carbono presente no aço define sua classificação. Assim, os aços de baixo carbono possuem um máximo de 0,3% desse elemento e apresentam grande ductilidade. São bons para o trabalho mecânico e soldagem, não sendo temperáveis. Eles são utilizados na construção de edifícios, pontes, navios e automóveis. Ainda no caso da construção civil, o maior interesse é por aços estruturais de média e alta resistência mecânica. Esses materiais possuem alta resistência mecânica, ductilidade e outras propriedades aguçadas e, por isso, são adequados para a utilização em elementos da construção sujeitos a esforços.

Os principais requisitos para os aços destinados à aplicação estrutural são a elevada tensão de escoamento, elevada tenacidade, boa soldabilidade, homogeneidade microestrutural, suscetibilidade de corte por chama sem endurecimento e boa trabalhabilidade em operações como corte, furação e dobramento, sem que se originem fissuras ou outros defeitos (veja tabela de classificação dos aços estruturais).

De acordo com o arquiteto Roberto Inaba, da Usiminas, os aços estruturais mais utilizados e indicados para construção são o ASTM A 36, ASTM A 570, ASTM A 572, USICIVIL 300 e USICIVIL 350. “A escolha do material adequado para cada projeto é feita pelo engenheiro projetista de estrutura”, explica Inaba.

Além dos aços estruturais citados, o especialista lembra do aço patinável, que também é conhecido no mercado como Corten. Esse, além da resistência mecânica, apresenta uma maior resistência à corrosão atmosférica e pode ser utilizado, inclusive, sem pintura em determinadas situações. Ele é particularmente recomendado para estruturas de pontes e viadutos. “Os aços patináveis mais utilizados são ASTM A 588, ASTM A 242, USISAC 300 E USISAC 350”, cita o especialista (veja tabela com as empresas produtoras de aço patinável no Brasil).

Por fim, o especialista também faz referência aos aços utilizados em construções leves com a tecnologia conhecida como Light Steel Framing. Esse sistema construtivo consiste na utilização de painéis formados por perfis leves fabricados com aço galvanizado ZAR 230, e revestidos, externamente, por placas cimentícias ou OSB e siding vinílico e, internamente, fechados com placas de gesso do tipo drywall.

 

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