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Revista GC - Ed.20 - Outubro 2011
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Gestão Privada

O asfalto mudou, para melhor

Novas alternativas em mistura asfáltica estão sendo testadas para a recuperação de rodovias

A rodovia RJ-111 precisava de obras. Mais precisamente em uma extensão de 10,3 km, entre as localidades de Tinguá e Monte Castelo, no município de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro. Para a recuperação da pavimentação da estrada, foi contratada a Craft Engenharia, que optou por utilizar a técnica de mistura asfáltica morna que proporciona benefícios ao meio ambiente, mediante a economia de energia e menor emissão de gases poluentes, entre outras vantagens.

Processado na usina gravimétrica da Craft, a mistura asfáltica morna é o nome dado ao CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente – asfalto) usinado a temperatura abaixo de 140°C, mais de 40ºC a menos que a temperatura convencional, que varia entre 170ºC e 177º. A redução da temperatura do processo de usinagem é obtida através da mistura de ligante modificado produzido “in sito”, tipo Field Blend com adição de amida.

Desenvolvida na Europa no final dos anos 90, para atender as recomendações do protocolo de Kyoto e aperfeiçoada em diversos países ao longo dos últimos anos, a mistura asfáltica morna ou simplesmente “massa mo


A rodovia RJ-111 precisava de obras. Mais precisamente em uma extensão de 10,3 km, entre as localidades de Tinguá e Monte Castelo, no município de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro. Para a recuperação da pavimentação da estrada, foi contratada a Craft Engenharia, que optou por utilizar a técnica de mistura asfáltica morna que proporciona benefícios ao meio ambiente, mediante a economia de energia e menor emissão de gases poluentes, entre outras vantagens.

Processado na usina gravimétrica da Craft, a mistura asfáltica morna é o nome dado ao CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente – asfalto) usinado a temperatura abaixo de 140°C, mais de 40ºC a menos que a temperatura convencional, que varia entre 170ºC e 177º. A redução da temperatura do processo de usinagem é obtida através da mistura de ligante modificado produzido “in sito”, tipo Field Blend com adição de amida.

Desenvolvida na Europa no final dos anos 90, para atender as recomendações do protocolo de Kyoto e aperfeiçoada em diversos países ao longo dos últimos anos, a mistura asfáltica morna ou simplesmente “massa morna”, representa uma expressiva contribuição para a preservação do meio ambiente.  A considerável redução da temperatura de usinagem otimiza o consumo de combustível e, consequentemente, o custo de produção, ao mesmo tempo em que diminui a emissão de gases poluentes. Essa vantagem não só impacta positivamente a atmosfera como também a saúde dos trabalhadores expostos ao processo de fabricação e aplicação da massa morna.

Com relação à qualidade e acabamento do trabalho de pavimentação, a massa morna proporciona maior durabilidade, diminuindo o envelhecimento do ligante asfáltico, conservando sua capacidade elástica por mais tempo e, portanto, sua resistência à fadiga. A obra de recapeamento com massa morna dos 10,3 km da rodovia BR-101 foi encomendada pelo DER-RJ e levou oito meses para sua conclusão.

Asfalto-borracha

A pavimentação com massa morna é mais uma iniciativa que marca a preocupação da Craft Engenharia em iniciativas que preservem o meio ambiente. Sua divisão de pavimentação conta com usina gravimétrica própria que, graças à alta tecnologia de suas instalações, é capaz de processar técnicas inovadoras de mistura asfáltica que propiciem benefícios ao meio ambiente e ofereçam melhor acabamento e durabilidade.

Ainda na área de pavimentação, a Craft executou a recuperação de diversas vias da cidade universitária, na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, com asfalto borracha, processado em sua usina de asfalto, sob a supervisão técnica do Laboratório de Misturas Asfálticas do Programa de Engenharia Civil da COPPE/UFRJ. A utilização da borracha na mistura asfáltica, além de resultar em produto de qualidade superior, beneficia o meio ambiente na medida em que resolve o problema de descarte de pneus usados.

Em setembro de 2010, a CCR AutoBAn apresentou um trecho modelo com esse tipo de pavimento, na Rodovia dos Bandeirantes. O trecho recuperado, com um total de 600 quilômetros, fica entre os kms 85 e 78, (São Paulo- Campinas), no sentido da Capital. Além dos benefícios ecológicos,  proporciona mais segurança e conforto aos usuários que, ao passar pela rodovia, percebem que a nova textura do pavimento em contato com o veículo gera menos ruído, maior aderência dos pneus e menor dispersão de água em caso de chuva, além de ser mais durável.

Parte do processo de reciclagem acontece na própria rodovia, em uma “usina móvel” localizada no km 42, durante a execução das obras. O asfalto velho é triturado e enriquecido com cimento e pó de pedra, para depois ser reaplicado. Com a reciclagem, a CCR AutoBan irá reaproveitar o equivalente a 14 mil caminhões de asfalto removido das pistas.

 

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