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Revista GC - Ed.32 - Novembro 2012
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Construção Imobiliária

Negócios na linha do sol

Com o Centro de Eventos do Ceará, Fortaleza candidata-se à posição de mais importante polo de turismo de negócios do Nordeste

Com investimentos de R$ 480 milhões, o Centro de Eventos do Ceará (CEC), inaugurado em Fortaleza em agosto deste ano, tem o objetivo de incluir definitivamente a capital nordestina no roteiro de turismo de negócios no país, ao lado de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Para isso, foi construída uma ampla área para exposições com requisitos da sustentabilidade na alimentação de energia, facilidades de acesso interno e externo e layouts diversos para permitir a realização dos mais diferentes tipos de eventos. O centro empregou alvenaria estruturada em blocos de concreto, coberturas metálicas e cúpula de vidro, que lhe conferem uma fachada futurista, no entanto, inspirada numa estética regional. Construída numa das regiões mais movimentadas da cidade, ao lado da Universidade de Fortaleza um aglomerado que reúne 30 mil alunos, uma das preocupações do empreendimento deu-se com respeito ao impacto no trânsito. Por isso, foram construídos quatro túneis de acesso, com extensão de dois mil metros, eliminando interferências na superfície.

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Com investimentos de R$ 480 milhões, o Centro de Eventos do Ceará (CEC), inaugurado em Fortaleza em agosto deste ano, tem o objetivo de incluir definitivamente a capital nordestina no roteiro de turismo de negócios no país, ao lado de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Para isso, foi construída uma ampla área para exposições com requisitos da sustentabilidade na alimentação de energia, facilidades de acesso interno e externo e layouts diversos para permitir a realização dos mais diferentes tipos de eventos. O centro empregou alvenaria estruturada em blocos de concreto, coberturas metálicas e cúpula de vidro, que lhe conferem uma fachada futurista, no entanto, inspirada numa estética regional. Construída numa das regiões mais movimentadas da cidade, ao lado da Universidade de Fortaleza um aglomerado que reúne 30 mil alunos, uma das preocupações do empreendimento deu-se com respeito ao impacto no trânsito. Por isso, foram construídos quatro túneis de acesso, com extensão de dois mil metros, eliminando interferências na superfície.

Com área construída de 152,7 mil m2 e capacidade para receber 30 mil pessoas, o CEC antecipa as preparações da cidade visando à Copa do Mundo de 2014, que terá Fortaleza como uma das cidades-sede. O complexo é formado por dois pavilhões idênticos, espelhados, cada um com 300 m x 100 m, e pé direito de 14 m no salão central de exposições, equipado com 16 elevadores sociais, dois de carga e 24 escadas rolantes. Conta ainda com 16 salas disponíveis de 300 m2 com 5,20 m de pé direito no primeiro mezanino, e 20 salas com 300 m2 e 4,70 m de pé direito no segundo mezanino. Todas as áreas receberam tratamento acústico e climatização. São 3.200 vagas disponíveis para veículos, das quais 1.760 cobertas.

Segundo Silvio de Andrade, gerente de contratos do consórcio responsável pela obra formada pela Galvão Engenharia S/A e Andrade Mendonça, o Centro de Eventos do Ceará é o mais moderno equipamento para feiras do país. “Essa obra muda completamente o turismo do estado, e deverá trazer grandes eventos e feiras nacionais e internacionais, fortalecendo o turismo de negócios na região. A expectativa da Secretaria de Turismo do Estado é que haja um aumento de 1% no PIB do estado”, disse.

O centro deverá utilizar o gás natural em suas diversas atividades, como iluminação e refrigeração, gerando mais economia para o estado. O Governo do Estado, através da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), já lançou licitação do tipo Parceria Público-Privada (PPP) para a construção, instalação, operação e manutenção geral de uma central de cogeração a gás natural, incluindo obras civis complementares e adequação dos materiais já existentes no equipamento. O prazo de vigência do contrato de concessão, entre instalação, operação e manutenção, é de 72 meses, e o valor do contrato é de R$ 97 milhões a serem desembolsados ao longo de 60 meses, período de concessão do serviço.

Por esse modelo, a empresa ou consórcio vencedor será responsável pela montagem, manutenção, e da planta de cogeração a gás natural do Centro de Eventos, por um período de seis anos, sendo o primeiro ano dedicado apenas à implantação, comissionamento, testes e pré-operação, ficando os demais anos restritos a operação e manutenção da planta de cogeração. A remuneração do investidor se constituirá de três fases. A partir do 13º mês ou após a operacionalização da planta o investidor  receberá uma contrapartida do estado referente à implantação. Uma outra parte da remuneração dependerá da gestão da planta e da expertise do gestor, seguindo metas de desempenho e eficiência previamente definidas o que inclui penalidades para o caso de não serem atendidas. A terceira parte da remuneração fica por conta das receitas acessórias, que prevê que o gestor poderá negociar o excedente de energia no mercado, sendo que o governo do estado terá direito a 50% dessa receita. Segundo o governo, o modelo embute riscos inerentes ao modelo de PPP, mas também oferece oportunidades consideráveis em se tratando de um centro de eventos com extensa programação agendada.

O processo de beneficiamento de energia térmica será realizado por meio de Unidades de Absorção de Calor, gerando por sua vez água gelada para o sistema de ar-condicionado do CEC. O processo de beneficiamento da energia elétrica deverá utilizar motores de combustão interna, movidos a gás natural, acoplados a geradores que resultarão no fornecimento de energia elétrica ao equipamento. Além da água para o sistema de ar-condicionado, a Central de Cogeração também fornecerá a energia elétrica demandada por aquele equipamento. A capacidade instalada da Central será de 6,0 MW e 3.900 TR (Toneladas de Refrigeração) instalados. Após a fase de instalação da Central de Cogeração, o Centro de Eventos passará a ter um único sistema de geração de energia elétrica e térmica.

Construção em 38 meses

Diante do prazo de 38 meses para a entrega, o consórcio constituído pela Galvão Engenharia e Andrade Mendonça optaram por sistemas que permitissem maior velocidade às obras. Segundo Silvio Andrade, foram empregadas fundação em estaca hélice contínua e concreto pré-fabricado na maior parte das obras. Isso ajudou a reduzir a dependência da mão de obra, uma dos principais problemas na região. “Por várias vezes enfrentamos uma demanda de profissionais que não tínhamos disponíveis aqui em Fortaleza, muitas vezes nas funções mais corriqueiras, como carpinteiros, ferreiros e pedreiros, etc. Pela quantidade necessária e pelo trabalho muito específico a ser realizado em algumas etapas da obra como montadores de andaimes, painéis divisórios, instaladores, entre outros. No caso de carpinteiros, pedreiros e ferreiros, fizemos treinamentos com nossos próprios funcionários, capacitando e qualificando estes colaboradores. No caso de funcionários específicos, fomos buscar em outros estados”, disse Andrade.

A construção da área central, montada em estrutura metálica e vidros duplos com espessura total de 16 mm, demandou oito meses, em virtude do nível de complexidade desse trecho. Para fundações, foram executadas estacas hélice contínua nos diâmetros 40 cm e 60 cm. A altura dos pilares da parte central chega a 6,10 m, sendo no total  39  pilares, dos quais sete pilares centrais (100x100  cm) e 32 pilares periféricos de (50x50) cm. Com vãos de 25 m em cada direção, foram executadas vigas in loco, de larguras variáveis e altura constante, sendo a viga principal de 1,40 x 2.00 m.

O fechamento da fachada foi feito com uma carenagem de alumínio expandido numa área total de 9.000,00 m². Foi feita uma estrutura de suporte em aço que recebe painéis em alumínio com dimensões de 1.20 m por 3 m. A estrutura em aço foi pré-montada no piso e içada com guindastes, e os painéis em alumínio eram aparafusados com parafusos em aço inox, utilizando plataformas articuladas.

Um dos destaques da obra foi a aplicação do isolante termoacústico 100% ecológico Isosoft Wall, da Trisoft. Produzido a partir de lã de poliéster de garrafas PET recicladas, ele foi aplicado no revestimento das paredes do grande salão e salas de apoio do projeto no Centro de Convenções, correspondendo a 1 milhão e 300 mil garrafas retiradas do meio ambiente, que foram recicladas.

Outro destaque da obra ficou por conta da cobertura metálica que deu um aspecto futurista ao empreendimento. Com um vão livre de 56 metros e 70.000 m² de área livre, a Zipco Sistemas Construtivo forneceu o sistema de cobertura metálica para o espaço. A obra possui estrutura metálica zipada sem emendas, estruturas independentes para sustentação de fornos e cortinas. Segundo a Zipco, a montagem contou com uma equipe de planejamento altamente qualificada, para atender às dificuldades de içamento das peças, que foram confinadas no local em módulos.

 

 

 

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