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Revista GC - Ed.2 - Fevereiro 2010
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Maquinas e equipamentos

Case New Holland inaugura fábrica de R$ 1 bi em Sorocaba

Antes que me perguntem, eu quero esclarecer uma dúvida que sei que está na cabeça de todos: o que levou o Grupo Fiat a investir cerca de R$ 1 bilhão em um complexo industrial no Brasil bem no meio de uma grave crise econômica mundial? Deu a louca nos italianos? Não, nós não estamos loucos. Esse investimento é fruto de um planejamento de longo prazo e resultado do  reconhecimento de que o Brasil e a América Latina têm uma forte vocação para a produção de commodities – commodities agrícolas, especialmente, que é a grande riqueza deste continente, mas também minerais e industriais. Antes de começar a crise, em 2008, o Grupo Fiat tinha identificado que a América Latina tinha grandes oportunidades, pela demanda sempre crescente, que tem o resto do mundo, por essas commodities. Além disso, o governo brasileiro está fazendo o que há muito tempo não se fazia, que é investir em infraestrutura do País. Me refiro a estradas, centrais hidrelétricas, habitação, saneamento básico etc. E, tanto em uma área quanto na outra, as nossas máquinas estão envolvidas diretamente. Essa, portanto, é a grande aposta do Grupo Fiat no Brasil.”

Foi com essa explicação, ao mesmo tempo bem-humorada e objetiva, que Valentino Rizzioli, presidente da Case New Holland (CNH) para a América Latina e vice-presidente executivo do Grupo Fiat, sintetizou, para dezenas de jornalistas de todo o Brasil e de vários países latino-americanos, os motivos que levaram o grupo a instalar, no município de Sorocaba (SP), a 90 km da capital paulista, seu mais novo e moderno complexo industrial. O encontro aconteceu durante entrevista coletiva realizada na própria fábrica, no dia 25 de fevereiro. Cinco dias depois, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, inaugurava oficialmente as novas instalações.

Trata-se do maior investimento da indústria de máquinas, realizado num único momento, já feito na história do País. O investimento foi planejado em 2007, e as obras foram iniciadas em meados de 2008, durando um ano e meio. O complexo, que faz parte do plano de investimentos do Grupo Fiat para o período 2007-2011, é formado por uma fábrica da Case e um moderno Centro de Distribuição e Logística de Peças da CNH.

O investimento foi financiado pelo BNDES e


Antes que me perguntem, eu quero esclarecer uma dúvida que sei que está na cabeça de todos: o que levou o Grupo Fiat a investir cerca de R$ 1 bilhão em um complexo industrial no Brasil bem no meio de uma grave crise econômica mundial? Deu a louca nos italianos? Não, nós não estamos loucos. Esse investimento é fruto de um planejamento de longo prazo e resultado do  reconhecimento de que o Brasil e a América Latina têm uma forte vocação para a produção de commodities – commodities agrícolas, especialmente, que é a grande riqueza deste continente, mas também minerais e industriais. Antes de começar a crise, em 2008, o Grupo Fiat tinha identificado que a América Latina tinha grandes oportunidades, pela demanda sempre crescente, que tem o resto do mundo, por essas commodities. Além disso, o governo brasileiro está fazendo o que há muito tempo não se fazia, que é investir em infraestrutura do País. Me refiro a estradas, centrais hidrelétricas, habitação, saneamento básico etc. E, tanto em uma área quanto na outra, as nossas máquinas estão envolvidas diretamente. Essa, portanto, é a grande aposta do Grupo Fiat no Brasil.”

Foi com essa explicação, ao mesmo tempo bem-humorada e objetiva, que Valentino Rizzioli, presidente da Case New Holland (CNH) para a América Latina e vice-presidente executivo do Grupo Fiat, sintetizou, para dezenas de jornalistas de todo o Brasil e de vários países latino-americanos, os motivos que levaram o grupo a instalar, no município de Sorocaba (SP), a 90 km da capital paulista, seu mais novo e moderno complexo industrial. O encontro aconteceu durante entrevista coletiva realizada na própria fábrica, no dia 25 de fevereiro. Cinco dias depois, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, inaugurava oficialmente as novas instalações.

Trata-se do maior investimento da indústria de máquinas, realizado num único momento, já feito na história do País. O investimento foi planejado em 2007, e as obras foram iniciadas em meados de 2008, durando um ano e meio. O complexo, que faz parte do plano de investimentos do Grupo Fiat para o período 2007-2011, é formado por uma fábrica da Case e um moderno Centro de Distribuição e Logística de Peças da CNH.

O investimento foi financiado pelo BNDES e foi contemplado com recursos do programa Pró-Veículos, do governo do estado de São Paulo, que oferece à companhia um incentivo fiscal por meio de ressarcimento de crédito do ICMS.

São 160 mil m2 de área total, sendo 104 mil m2 de área para a fábrica e 56 mil m2 para o CD. A abertura do complexo industrial irá gerar 2 mil empregos diretos e até 4 mil indiretos na região, numa perspectiva de até dois anos, quando a fábrica deverá atingir a sua capacidade plena de produção. Hoje, 800 empregados já trabalham no local.

Com essa fábrica, o Grupo Fiat aumenta significativamente sua operação no estado de São Paulo. O objetivo da companhia é fazer da fábrica um centro de referência na fabricação de máquinas agrícolas, exportando para toda a América Latina e mais 50 países nos outros continentes, onde a empresa atua. Também produzirá peças e componentes para máquinas para construção, montadas nas demais unidades da empresa no Brasil – Curitiba (PR), Piracicaba (SP) e Contagem (MG). Essa “vocação” será mantida até que a unidade de Contagem atinja o limite da sua capacidade instalada. Assim que isso acontecer, a fábrica de Sorocaba passará a produzir pelo menos duas novas linhas de máquinas para o setor da construção.

“Sorocaba vai produzir máquinas agrícolas e de construção, que fazem parte da plataforma mundial das duas marcas. Com ela, vamos aumentar nossa produção, atendendo melhor aos dois mercados”, informou Rizzioli. A capacidade de produção do site será de 8 mil unidades por ano.

“O que vamos produzir em Sorocaba nós não produzimos em nenhuma outra fábrica da empresa no Brasil. Não vamos transferir nenhuma linha que temos em nossas unidades para a nova. Nosso plano é expandir a produção, não deslocar”, afirmou Sérgio Ferreira, diretor-geral da Case Agrícola para América Latina.

Roque Reis, diretor Comercial da Case Construction Equipment, acredita que a nova fábrica terá papel primordial no atendimento à demanda crescente do mercado de construção. Ele aposta na recuperação, em 2010, da queda que o setor sofreu com a crise internacional e prevê crescimento contínuo nos próximos anos.

O diretor anunciou a intenção da Case de ampliar a linha de produtos na área de construção, trazendo para o Brasil, até o final do ano, escavadeira de 47 t. “A ideia é entrarmos pesado no segmento de máquinas pesadas, principalmente, para as grandes obras de infraestrutura que estão sendo realizadas.” Com essa estratégia, a intenção da marca, segundo Reis, é alcançar o market share de 23%, tendo o competidor mais próximo uma participação de 24%.

A nova unidade fabril tem equipamentos de última geração, como máquinas de corte a laser de chapas de aço de até 25 mm, com alimentador automático; prensas ou dobradeiras com controle numérico; estações robotizadas de solda pulsativa, importadas dos Estados Unidos; transportadores aéreos para peças e componentes; além dos mais modernos sistemas de pintura – eletroforética por imersão e acrílica de baixa temperatura.

“Teremos a fabricação sequenciada e em fluxo contínuo, o que permite produzir melhor e mais rápido, favorecendo o aumento de competitividade e a comercialização de produtos de alta tecnologia para os mercados interno e externo”, acrescenta Rizzioli.

Sustentabilidade ambiental
Tanto a fábrica quanto o CD foram construídos dentro de modernos conceitos de Green Building, que identificam a construção e o empreendimento como ambientalmente responsáveis. Todo o material utilizado na construção teve sua origem certificada, para provar que não foi produzido de forma predatória à natureza. Para alcançar a certificação Green Building, estão sendo cumpridos todos os pré-requisitos estabelecidos pelo USGBC (United States Green Building Council), que passam pelo uso de materiais de construção certificados, uso de energia solar para aquecimento da água do chuveiro dos vestiários, sensores de luminosidade para reduzir o consumo de energia elétrica e reutilização de água, entre outros.

Telhas translúcidas permitem o máximo de aproveitamento da luz natural. Três unidades de tratamentos de efluentes e resíduos – biológicos, industrial e de pintura – permitem a reutilização de quase 100% da água consumida no complexo. A capacidade instalada de tratamento de água é de 600 m3 por dia. A estrutura conta ainda com seis poços artesianos, de onde são extraídos 32 m3 /hora, o que garante autossuficiência para a fábrica, sem necessidade de contar com o abastecimento pela rede pública.

Toda a água da chuva também é captada em reservatórios de 600 mil litros e usada no sistema de combate a incêndio, nos vasos sanitários e na jardinagem.

Para fazer o controle de contaminação no subsolo, a unidade conta com 26 poços profundos, especialmente para fazer a análise de subsolo e garantir que não estejam acontecendo vazamentos e que os processos sejam 100% seguros. A eficiência energética do complexo é 35% maior, em comparação a outros empreendimentos com características semelhantes.

Excelência logística
O CD conta com o que existe de mais eficiente em termos de logística e distribuição, baseado no conceito de World Class Logistics (Classe Mundial em Logística). A estrutura foi planejada para alcançar a maior rapidez operacional em toda a cadeia logística, desde o fornecedor até o cliente final, em mais de 500 pontos da América Latina.

O conceito World Class Logistics tem entre seus principais pilares a segurança de trabalho, a excelência no serviço ao cliente, a melhoria contínua, o controle de qualidade e a organização das áreas de trabalhos. Para que esses objetivos fossem alcançados, uma série de investimentos e pesquisas foram feitos espelhando-se nos principais CDs da Europa e dos Estados Unidos. “Dentro do conceito World Class Logistics, nós trabalharemos com a ferramenta Work Place Organization (Organização das Áreas de Trabalho), em que aplicaremos todos os conceitos lean de eliminação de perdas, ou seja, eliminação de tarefas que não agregam valor ao processo. Com isso, acreditamos obter ganhos expressivos em produtividade”, afirma Frederic Wendling, diretor de Operações de Peças.

A capacidade de estocagem é de 180 mil locações, com possibilidade de expansão para 250 mil. São peças e componentes das quatro marcas da CNH – New Holland Agriculture, Case IH, New Holland Construction e Case Construction Equipment –, além de peças Iveco, fabricante de veículos pesados do Grupo Fiat.

O CD de Sorocaba segue a tendência mundial de automação inteligente. Softwares de ponta foram implantados. Um deles consiste em um novo sistema de entrada de pedidos, planejamento e compra de peças. Esse sistema integra todos os depósitos de peças da CNH no mundo, o que garante maior agilidade na disponibilização de peças para os clientes finais.

Em termos de equipamentos, o principal investimento foi em máquinas denominadas vertical shuttle, também conhecidas como carrosséis, que garantem a separação das peças com velocidade muito superior à média obtida em CDs comuns. Também houve investimento em tecnologia de radiofrequência e etiquetas de código de barras, por exemplo.

Para que essa eficiência dos processos internos chegue ao consumidor final, foram firmados novos contratos para os serviços de transportes das peças. Por exemplo: um novo sistema de roteirização de entregas foi implantado, identificando os eventuais problemas e corrigindo-os. A combinação desses fatores vai garantir um ganho substancial na entrega das peças aos clientes finais.

O Centro de Distribuição e Logística de Peças de Sorocaba conta com 360 empregados, com previsão de ampliar esse quadro para 450, até 2012.

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