A Votorantim Cimentos encerrou o 1º trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 78 milhões, revertendo prejuízo de R$ 317 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

A companhia obteve receita líquida global de R$ 5,8 bilhões nos três primeiros meses do ano, crescimento de 18% em relação a igual período de 2022.

Segundo a companhia, o desempenho é fruto da combinação do volume adicionado com a nova fábrica de Málaga, no Sul da Espanha, e da dinâmica favorável de preços em todas as regiões, que mitigaram o efeito negativo da valorização do real na consolidação do resultado das operações no exterior.

No 1º trimestre, as vendas globais de cimento da empresa somaram 8 milhões de toneladas, permanecendo no mesmo patamar do mesmo período de 2022.

“No final de 2022, concluímos a aquisição da fábrica em Málaga e o ativo foi completamente integrado, tendo cumprido a curva de ganho de sinergias esperadas no primeiro trimestre”, afirma Osvaldo Ayres Filho, CEO global da Votorantim Cimentos.

“Além disso, a gestão de precificação implementada globalmente para fazer frente à inflação de custos também contribuiu para o resultado positivo no trimestre, apesar do cenário ainda volátil e incerto na economia global”, aponta o executivo.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 779 milhões nos primeiros três meses de 2023, 85% maior que no mesmo período de 2022.

O resultado operacional consolidado foi impulsionado pela dinâmica de preços em todas as regiões, o que também impactou positivamente a margem EBITDA no período.

A margem EBITDA foi de 13%, representando um aumento de 4 pontos percentuais comparado ao 1º trimestre de 2022.

A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, fechou o trimestre em 1,78x, um aumento de 0,23x comparado ao fechamento de 2022 e 0,06x menor que o mesmo período de 2022.

A métrica segue em conformidade com a política financeira da companhia e alinhada com os indicadores de grau de investimento.

“Ao final do 1º trimestre de 2023, mantivemos uma sólida posição de caixa de R$ 3,6 bilhões, sendo 40% em moeda forte, o que mitiga os riscos de eventual depreciação do real”, afirma Bianca Nasser, diretora financeira global da Votorantim Cimentos.

“Esse montante em caixa está acima da nossa política de caixa mínimo e permite que a companhia cumpra com suas obrigações financeiras para os próximos quatro anos”, conclui.