Mercado
DCI
12/05/2016 01h35
A receita das exportações brasileiras para as principais economias da América Central cresceu 7% nos quatro primeiros meses deste ano, chegando a US$ 447,594 milhões.
Houve aumento nos ganhos com embarques para Belize (+20%), Honduras (+3%), Nicarágua (+63%) e Costa Rica (+21%), enquanto o retorno das vendas para El Salvador (-5%) diminuiu.
As exportações para Guatemala e Panamá ficaram estáveis na comparação entre os primeiros quadrimestres de 2015 e 2016. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A Nicarágua, principal responsável pelo aumento das exportações para a região, ampliou em 248% o volume de suas importações do Brasil neste ano, que somaram US$ 41,858 milhões.
...A receita das exportações brasileiras para as principais economias da América Central cresceu 7% nos quatro primeiros meses deste ano, chegando a US$ 447,594 milhões.
Houve aumento nos ganhos com embarques para Belize (+20%), Honduras (+3%), Nicarágua (+63%) e Costa Rica (+21%), enquanto o retorno das vendas para El Salvador (-5%) diminuiu.
As exportações para Guatemala e Panamá ficaram estáveis na comparação entre os primeiros quadrimestres de 2015 e 2016. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A Nicarágua, principal responsável pelo aumento das exportações para a região, ampliou em 248% o volume de suas importações do Brasil neste ano, que somaram US$ 41,858 milhões. Os 72,925 milhões de quilos em compras foram divididos entre commodities, como arroz e café, e produtos manufaturados, como tubos e escavadoras.
As vendas para os nicaraguenses e para outros países da região foram favorecidas pela desvalorização do real e pela boa relação entre os governos locais e o brasileiro, disse Antônio Carlos Alves dos Santos, professor de economia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).
Também chama atenção o crescimento econômico da região. O avanço do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Nicarágua, por exemplo, é de 4,5%, em 2016, e 4,3%, em 2017.
A Costa Rica segue a mesma linha: segundo o FMI, o PIB local deve crescer 4,2% neste e no próximos anos. Já Honduras deve ter expansão de 3,5%, em 2016, e de 3,7%, no ano que vem.
Os dois países também ampliaram o volume de importações do Brasil. Os costarriquenhos compraram 103% a mais nos quatro primeiros meses deste ano, enquanto que os hondurenhos aumentaram suas importações em 50%.
Assim como acontece com a Nicarágua, a pauta de exportação brasileira para Costa Rica e Honduras tem participação de produtos básicos e industrializados. Entre as mercadorias comercializadas, aparecem milho e arroz, mas também tecidos, automóveis e tratores.
As negociações com Belize também ganharam força nos primeiros meses do ano. O volume das importações do Brasil - principalmente sementes e máquinas - aumentou 126% na comparação com igual período de 2015.
Para Santos, o avanço da região pode favorecer os embarques brasileiros nos próximos anos, ainda que as vendas para a América Central não tenham grande representatividade para o comércio exterior do País.
Cuba
Em meio ao processo de abertura econômica, Cuba também ampliou suas compras do Brasil neste ano. Com leve alta (+1%), as importações geraram US$ 115,796 milhões para empresários e produtores brasileiros em 2016.
De acordo com Santos, a boa relação entre os governos cubano e brasileiro deve incentivar as vendas para a ilha no curto prazo. Entretanto, quando o comércio entre Cuba e Estados Unidos for normalizado, segue o especialista, "não deve sobrar muito espaço" para o avanço das exportações brasileiras.
"Existe uma questão geográfica, logística. É bem provável que Cuba se torne um mercado cativo dos norte-americanos, inclusive para produtos manufaturados, quando as relações entre ambos forem totalmente normalizadas."
Entre janeiro e abril deste ano, os principais produtos brasileiros vendidos para Cuba foram commodities, como óleo de soja, carne de frango, arroz, milho e café. O volume das exportações cresceu 58%, para 163,262 milhões de quilos, ante igual período de 2015.
Negócios
Por outro lado, após dois anos com foco na atividade turística, o escritório de El Salvador iniciou suas operações comerciais e de investimento no Brasil. A intenção é atrair executivos do País, principalmente para as áreas de calçados, têxtil, aviação e turismo explicou Vladimiro Villalta Novoa, diretor do gabinete em São Paulo.
Os salvadorenhos também buscam investidores para o setor de energia solar, para fomentar os setores de distribuição e infraestrutura. "Dependemos muito de hidrelétricas e a produção está ficando custosa, em grande parte por causa das mudanças climáticas. Agora, procuramos capital para essa alternativa", acrescentou Novoa.
Segundo ele, os brasileiros que apostarem naquele país encontrarão facilidades como a isenção de taxas para investimentos em produção - no setor elétrico, há isenção de imposto de renda por cinco anos - e a manutenção do dólar como moeda oficial.
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