Assessoria de Imprensa
07/02/2025 16h57
A indústria do cimento registrou um início de ano com desempenho de vendas favorável, revela o recém-divulgado relatório setorial do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
Em janeiro, a comercialização do insumo no país totalizou 5,2 milhões de toneladas, crescimento de 5,3% em relação ao mesmo mês de 2024 e alta de 10% frente a dezembro.
Por dia útil, que considera o número de dias trabalhados, a comercialização de cimento foi de 215,6 mil toneladas em janeiro, o que representa uma evolução de 5,4%, comparado ao mesmo mês do ano anterior, e queda de 1,1% em relaç
...A indústria do cimento registrou um início de ano com desempenho de vendas favorável, revela o recém-divulgado relatório setorial do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
Em janeiro, a comercialização do insumo no país totalizou 5,2 milhões de toneladas, crescimento de 5,3% em relação ao mesmo mês de 2024 e alta de 10% frente a dezembro.
Por dia útil, que considera o número de dias trabalhados, a comercialização de cimento foi de 215,6 mil toneladas em janeiro, o que representa uma evolução de 5,4%, comparado ao mesmo mês do ano anterior, e queda de 1,1% em relação a dezembro de 2024.
Segundo o SNIC, o resultado é atribuído ao contínuo aquecimento do mercado de trabalho e renda da população, com a massa salarial em alta, desemprego em nível baixo e recorde em carteiras assinadas.
“Além disso, o mercado imobiliário, importante indutor no consumo de cimento, registrou crescimento no financiamento em 20241, ainda que mudanças em linha de crédito habitacional vêm sendo negativamente realizadas”, comenta a entidade.
“Verifica-se forte movimentação de vendas e lançamentos, puxado pelas obras do Minha Casa, Minha Vida, que permanecem em expansão”, completa.
A comercialização de materiais de construção também seguiu em alta no ano passado.
Apesar da demanda aquecida da construção civil, o SNIC adverte que o setor começa a sentir os impactos da pressão inflacionária, do custo de mão de obra, da continuidade do aumento da taxa de juros (13,25%) e do endividamento e inadimplência elevados, que exercem pressão na situação financeira e no consumo das famílias.
“O cenário, inclusive, contribui para a queda na confiança do consumidor no mês de janeiro”, avalia.
O índice registrou o menor nível desde fevereiro de 2023, refletindo maior preocupação com as expectativas futuras, em todas as classes de renda, principalmente as mais elevadas.
Na construção e na indústria, ressalta o sindicato, a confiança também piorou.
O ambiente econômico, com a Selic em elevação (com probabilidade de atingir 15% até dezembro) e câmbio desvalorizado, já representa um desafio para as empresas.
“As incertezas fiscais, somadas à trajetória de alta de Selic anunciada pelo Banco Central, tornam as perspectivas do setor para o ano mais conservadoras”, observa o SNIC.
“Ainda assim, a indústria do cimento segue otimista com a possibilidade de elevar a presença do cimento e do pavimento de concreto como opção nas licitações de ruas, estradas e rodovias”, aponta.
A projeção de crescimento de consumo do produto é estimada em 1% para este ano, o que representa um acréscimo de 650 mil de toneladas de cimento, atingindo um total anual de 65,5 milhões.
Expectativa – Na perspectiva da sustentabilidade, o ano de 2025 traz desafios importantes para o setor produtivo como a regulamentação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões – Mercado de Carbono, bem como a definição de metas de descarbonização setoriais no âmbito do Plano Clima, quando se avizinha a COP30.
“A expectativa para 2025 é positiva, o mercado imobiliário ainda seguirá como importante indutor do consumo do cimento, impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida”, avalia Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
De acordo com ele, espera-se melhor desempenho do PAC e crescente uso do pavimento de concreto na recuperação das vias, especialmente para escoamento da safra recorde no país.
“No radar do setor também estão as concessões de saneamento, que devem ser efetivadas em 2025 e gerarão demanda no médio prazo, dois ou três anos do início dos contratos, quando as construções de estações de tratamento de água e esgoto, de fato, começam”, delineia Penna.
06 de fevereiro 2025
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