A economia mundial dá sinais de desaceleração no terceiro trimestre, o que poderá marcar o fim de um período de dois anos de expansão cada vez mais forte. “Não é uma recessão, apenas o vento vai bater um pouco mais devagar”, explica Vagner Ardeo, economista da Fundação Getúlio Vargas.

Porém, a “mudança na velocidade dos ventos pode causar problemas ao Brasil”, disse Ardeo, especialista em ciclos econômicos. Ele se preocupa, em particular, com a vulnerabilidade à desaceleração em economias como as da Turquia e África do Sul, que poderia contagiar outros países emergentes, inclusive o Brasil.

Os dados da World Economic Survey, de julho, mostram pela primeira vez, desde 2011, que mais da metade dos países incluídos na pesquisa esperam que o trimestre seguinte seja de desaceleração. Entre os fatores determinantes para essa desaceleração, Ardeo destaca a perspectiva de retirada dos estímulos monetários em economias avançadas e a guerra comercial de Donald Trump.