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Varejistas da construção voltam à era do crediário para retomar as vendas

Novas concessões de crédito recuaram 5,3% este ano, segundo o Banco Central. Com instituições financeiras mais restritivas, lojas colocam à disposição suas próprias linhas de financiamentos

DCI

19/05/2016 14h32


As lojas de material de construção querem antecipar a retomada da confiança do consumidor e, em consequência, das vendas ainda neste trimestre. Para isso, passaram a oferecer suas próprias linhas de crédito para atrair os clientes sem alternativas no mercado.

Uma das maiores redes do setor, a Telhanorte anunciou que passou a trabalhar com um novo tipo de crediário, que pode ser quitado pelo consumidor em até 24 vezes.

"Em um cenário de crise econômica, o acesso ao crédito torna-se mais restrito. O crediário reforça o nosso compromisso em possibilitar ao cliente a oportunidade de construir ou reformar sua casa", comenta o diretor de produtos financeiros da Telhanorte, Marcelo Viterite.

O modelo de crédito oferece a

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As lojas de material de construção querem antecipar a retomada da confiança do consumidor e, em consequência, das vendas ainda neste trimestre. Para isso, passaram a oferecer suas próprias linhas de crédito para atrair os clientes sem alternativas no mercado.

Uma das maiores redes do setor, a Telhanorte anunciou que passou a trabalhar com um novo tipo de crediário, que pode ser quitado pelo consumidor em até 24 vezes.

"Em um cenário de crise econômica, o acesso ao crédito torna-se mais restrito. O crediário reforça o nosso compromisso em possibilitar ao cliente a oportunidade de construir ou reformar sua casa", comenta o diretor de produtos financeiros da Telhanorte, Marcelo Viterite.

O modelo de crédito oferece a possibilidade de parcelar as compras na varejista entre 3 e 24 parcelas, com juros de 3,99% ao mês. O valor mínimo para obtenção do crediário é de R$ 300, enquanto a mensalidade não pode ser menor que R$ 20.

Para o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Conz, as redes passam a oferecer crédito por conta da resistência dos bancos e da alta taxa de juros que atualmente é praticada no mercado. O índice Selic, por exemplo, está fixado em 14,25% há 11 meses.

"O crédito tem um papel fundamental no nosso negócio. Os bancos cortaram as facilidades, até a Caixa Econômica recuou. Por isso as empresas têm que se virar como podem e oferecer uma alternativa para o cliente é uma ótima saída", analisa.

De acordo com o estudo mensal realizado pela Anamaco, as vendas de material de construção acumulam uma queda de 11% nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Mesmo assim, Conz acredita que uma retomada do setor está prestes a começar. "Percebemos algumas sintoma de melhora este mês e que podem ser o início de uma recuperação. A perspectiva é bastante positiva para aproveitar o clima de confiança que o novo governo pode causar. Isso vai nos ajudar a reverter as quedas do início de ano e fecharmos 2016 com crescimento", diz.

O mesmo sentimento é compartilhado pelo Grupo G8, formado por 10 agentes de distribuição de material de construção, e que atua em 18 estados brasileiros.

"Temos sentido uma leve recuperação nas compras fracionadas, mas com queda no tíquete médio, o que acaba por equilibrar essa equação", conta o consultor da Agenttia - empresa especializada em redes colaborativas de distribuição -, Guilherme Tiezzi.

Segundo o consultor, dos 10 membros do G8, três apresentam resultados negativos e sete registraram crescimentos nas vendas do mês de abril, ao comparar com o desempenho do mesmo período de 2015. Ainda no mês passado, três dos sete que cresceram, contabilizaram avanços acima de 20% em suas vendas.

Decoração

Diferente da construção, os itens de decoração parecem mais resilientes à crise.

O shopping especializado no segmento D&D, por exemplo, diz ter observado as vendas aumentarem delicadamente no início deste ano. E o motivo, de acordo com o diretor geral do mall, AngeloDerenze, foram estratégias pontuais e liquidações.

"Temos um público mais resistente à crise, das classes B e A. Mas também procuramos atrair os clientes oferecendo maiores facilidades no pagamento e brindes", conta.

Em parceria com o banco Bradesco, o D&D ofereceu modalidades de compras que, no cartão da instituição, poderiam ser efetuadas em até 10 vezes sem incidência de juros.

"Além disso, realizamos megaliquidações. Estamos preparando a próxima para acontecer em julho", anunciou.

 

 

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