P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Mercado
Voltar

Mercado

Valorização e boa remuneração são atrativos para quem trabalha longe de casa

Trabalhar a mais de 2 mil quilômetros da terra natal, em regiões remotas do país, tem seu lado positivo: chance de ascensão rápida e bons salários, que compensam a falta de infraestrutura

Estado de Minas

25/11/2009 11h15 | Atualizada em 26/11/2009 13h07


Tucumã, Parauapebas, Ourilândia do Norte e Matias Cardoso. Se você desconhece a existência dessas cidades e não se arriscaria sequer a apontá-las no mapa brasileiro, imagine a possibilidade de aceitar uma proposta de emprego para regiões no mínimo remotas em busca de um pé- de-meia recheado e crescimento na carreira. Quem resolveu encarar o desafio, cada vez mais frequente entre profissionais dos setores de construção pesada, mineração, siderurgia, energia e petróleo e gás, garante que a falta de infraestrutura, lazer e serviços aumenta as dificuldades já criadas pela distância da terra natal. Confessam, porém, que as oportunidades e os benefícios financeiros

...

Tucumã, Parauapebas, Ourilândia do Norte e Matias Cardoso. Se você desconhece a existência dessas cidades e não se arriscaria sequer a apontá-las no mapa brasileiro, imagine a possibilidade de aceitar uma proposta de emprego para regiões no mínimo remotas em busca de um pé- de-meia recheado e crescimento na carreira. Quem resolveu encarar o desafio, cada vez mais frequente entre profissionais dos setores de construção pesada, mineração, siderurgia, energia e petróleo e gás, garante que a falta de infraestrutura, lazer e serviços aumenta as dificuldades já criadas pela distância da terra natal. Confessam, porém, que as oportunidades e os benefícios financeiros próprios do deslocamento compensam, em parte, as restrições da região.

Foi em busca desse crescimento profissional que Luiz Mapa saiu de Ouro Preto com o curso de técnico em mineração pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e se arriscou nas terras distantes de Parauapebas, no interior do Pará, para trabalhar como estagiário da Vale em Carajás.  São 2,4 mil quilômetros de casa. Foi o ímpeto da juventude que me impulsionou. Na época, em 1987, tinha acabado de me formar, conta. A possibilidade de ascensão na empresa se confirmou nos anos seguintes. Galguei todos os cargos possíveis com minha formação de técnico. Fiz graduação em letras e informática e, a partir daí, foi possível alcançar cargos de nível superior, explica. Tucumã, Parauapebas, Ourilândia do Norte e Matias Cardoso. Se você desconhece a existência dessas cidades e não se arriscaria sequer a apontá-las no mapa brasileiro, imagine a possibilidade de aceitar uma proposta de emprego para regiões no mínimo remotas em busca de um pé- de-meia recheado e crescimento na carreira. Quem resolveu encarar o desafio, cada vez mais frequente entre profissionais dos setores de construção pesada, mineração, siderurgia, energia e petróleo e gás, garante que a falta de infraestrutura, lazer e serviços aumenta as dificuldades já criadas pela distância da terra natal. Confessam, porém, que as oportunidades e os benefícios financeiros próprios do deslocamento compensam, em parte, as restrições da região.

Foi em busca desse crescimento profissional que Luiz Mapa saiu de Ouro Preto com o curso de técnico em mineração pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e se arriscou nas terras distantes de Parauapebas, no interior do Pará, para trabalhar como estagiário da Vale em Carajás. São 2,4 mil quilômetros de casa. Foi o ímpeto da juventude que me impulsionou. Na época, em 1987, tinha acabado de me formar, conta. A possibilidade de ascensão na empresa se confirmou nos anos seguintes. Galguei todos os cargos possíveis com minha formação de técnico. Fiz graduação em letras e informática e, a partir daí, foi possível alcançar cargos de nível superior, explica.

Hoje, o gerente de área de operação de britagem e peneiramento garante que não chegaria aonde chegou se tivesse permanecido em Minas Gerais. A quantidade de engenheiros no mercado mineiro é muito grande. Com a fartura de profissionais, a concorrência também é muito acirrada. Se estivesse em Minas, dificilmente seria gerente de área, no máximo um supervisor ou um técnico especializado. Aqui é diferente. E soma-se a isso o fato de eu ter passado por praticamente todas as áreas da empresa, desde a qualidade até operação de mina, o que me deu uma grande carga de conhecimento, afirma.

O diretor de contratos da Odebrecht, Fábio Toscano, compartilha história parecida na construtora e confirma que é nas regiões mais afastadas que o funcionário ganha evidência e garante crescimento mais rápido na carreira. O que me motiva a ficar aqui em Parauapebas é a perspectiva de novas conquistas. Para se ter uma ideia, em cinco anos de empresa saí do cargo de trainee em Recife e cheguei a diretor de contratos hoje no Pará e ainda vejo possibilidades de ascensão, avalia.

Apesar do grande destaque dado à carreira, ninguém nega que os atrativos financeiros também são fundamentais para sair da rotina de vida das conturbadas capitais para cidades que têm toda a economia voltada para a empresa onde trabalham. Recebo adicional de transferência que representa um aumento de 45% do meu salário para auxiliar com os custos de vida da cidade. Hoje consigo poupar quase 50% do meu salário. Quando passei um período em Tucumã e Ourilândia do Norte, também no Pará, em que a situação era ainda mais precária, economizava até mais que isso porque não tinha onde gastar, conta Fábio.

Além do adicional de transferência, que pode representar de 20% a 40% de aumento no salário, Robson Fonseca Barbosa, gerente de projetos e desenvolvimento do Grupo Selpe, empresa de recursos humanos, ainda enumera o auxílio-moradia, alimentação e até o custeio da escola dos filhos como possíveis benefícios para atrair novos profissionais. Um engenheiro civil com experiência de três a quatro anos em Belo Horizonte com salário na faixa de R$ 6 mil pode ganhar em torno de R$ 8 a R$ 9 mil, sem contar os benefícios, afirma.

Silvana Sacramento, gerente de pessoas e organização da Odebrecht, afirma que o adicional de transferência da empresa vai variar de acordo com o custo de vida da localidade e o quão remota ela seja. Mas todo empregado da construtora hoje sabe que em algum momento da carreira terá que passar por alguma região distante, afirma.

O momento de retomada da economia e dos investimentos e projetos das empresas é ideal para quem quer embarcar nessa experiência. O momento é interessante para fazer um pé-de-meia e ter uma bagagem técnica, diferente da que teria em um grande centro. Esse investimento agrega valor ao profissional. Mostra que ele está pronto para qualquer tipo de adversidade, afirma Paulo Castro, consultor sênior da Hays, empresa de recrutamento de médios executivos.

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP

Telefone (11) 3662-4159

© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade