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08/12/2009 15h00 | Atualizada em 08/12/2009 18h59
De Brasília, uma fonte revela que, se falta dinheiro para o reajuste dos aposentados, não irá haver problemas com o Trem de Alta Velocidade (TAV), que o povo chama de trem-bala. A previsão oficial é de se gastar R$ 34 bilhões. No entanto, é pouco divulgado que as desapropriações não estão incluídas nesse total e ficariam a cargo do Governo Federal. Somando-se as desapropriações, o valor total poderá chegar a R$ 40 bilhões ou até mais. Uma fazenda pouco explorada poderá ter custo baixo, mas quanto a uma siderúrgica ou até um shopping center que estejam no caminho do trem?
O edital deverá ser lançado até março próximo. As autoridades não só querem obt
De Brasília, uma fonte revela que, se falta dinheiro para o reajuste dos aposentados, não irá haver problemas com o Trem de Alta Velocidade (TAV), que o povo chama de trem-bala. A previsão oficial é de se gastar R$ 34 bilhões. No entanto, é pouco divulgado que as desapropriações não estão incluídas nesse total e ficariam a cargo do Governo Federal. Somando-se as desapropriações, o valor total poderá chegar a R$ 40 bilhões ou até mais. Uma fazenda pouco explorada poderá ter custo baixo, mas quanto a uma siderúrgica ou até um shopping center que estejam no caminho do trem?
O edital deverá ser lançado até março próximo. As autoridades não só querem obter transferência de tecnologia, como irão constituir mais uma estatal - além da Petro-sal e outras. Desta vez será a Etav, ou Empresa do TAV, com função primordial de reter tecnologia mas que, obviamente, abrirá novas oportunidades de emprego para indicados de PT, PMDB e outros partidos da base. Não é impossível que o presidente da Etav venha a ser indicado por José Sarney, quem sabe?
O TAV deverá cumprir o percurso Campinas/Rio em 93 minutos. Além das paradas nas duas maiores cidades brasileiras, haverá uma parada em São José dos Campos (SP) e em uma cidade fluminense do Vale do Paraíba, como Resende, Volta Redonda ou Barra Mansa, ainda não definida. Um estudo da Câmara Federal, feito pelo consultor Eduardo Fernandez Silva, apresentava várias indagações sérias sobre o projeto. Em certo ponto, dizia que, em 2006, o trecho Rio-São Paulo movimentou 8,4 milhões de passageiros - sendo 2,8 milhões por ar, 3,6 milhões por ônibus e 2 milhões por carros, na Velha Dutra. "Como esses 8,4 milhões de 2006 iriam pular para 30 milhões em 2012?" - indagou Fernandez Silva em seu estudo. Há portanto, uma série de pontos obscuros em relação ao útil mas caro projeto.
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