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Tráfego em rodovias já supera o volume pré-pandemia, aponta relatório da Moody’s Local

Para a agência de classificação de risco, avanços regulatórios reduzem incertezas no setor

Assessoria de Imprensa

19/07/2023 14h59 | Atualizada em 10/08/2023 17h25


Em 2022, as concessionárias de rodovias pedagiadas com rating pela Moody’s reportaram crescimento de tráfego anual de 7,3%, mostrando recuperação para níveis acima da pré-pandemia.

Após registrarem queda de 8,1% em 2020 e uma recuperação parcial de 7,2% em 2021, as rodovias apresentaram no ano passado um volume equivalente a 105,8% do registrado em 2019.

Para os próximos 12 a 18 meses, a agência de classificação de risco espera um crescimento próximo a 1% ou 2% ao ano, com forte correlação com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.


Em 2022, as concessionárias de rodovias pedagiadas com rating pela Moody’s reportaram crescimento de tráfego anual de 7,3%, mostrando recuperação para níveis acima da pré-pandemia.

Após registrarem queda de 8,1% em 2020 e uma recuperação parcial de 7,2% em 2021, as rodovias apresentaram no ano passado um volume equivalente a 105,8% do registrado em 2019.

Para os próximos 12 a 18 meses, a agência de classificação de risco espera um crescimento próximo a 1% ou 2% ao ano, com forte correlação com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.


Mas a recuperação se dá em um cenário ainda desafiador para o setor, como mostra o estudo da Moody’s.

Na avaliação da agência, o cenário de elevado patamar de juros, acesso mais restrito ao crédito e volatilidade de mercado fez com que os projetos que esperavam realizar novas emissões ou alongar o cronograma de vencimentos se deparassem com spreads mais elevados e prazos de emissões mais curtos no 1º semestre de 2023.

“Os projetos com cobertura de liquidez mais apertada e dependência moderada a elevada dos fluxos operacionais estão expostos a um maior risco de refinanciamento, apesar de reconhecermos que a natureza essencial do serviço e fluxo de caixa mais previsível geralmente são mitigantes”, diz o relatório.

Nesse contexto, a Moody’s destaca que a gestão prudente de passivos, gastos de capital e distribuição de dividendos são elementos-chave para o setor preservar um perfil adequado de liquidez, necessário em cenários desafiadores.

Por outro lado, os avanços regulatórios reduzem as incertezas, acentua a análise, apesar de ainda existirem temas a serem considerados, incluindo reequilíbrio contratual por conta de não aplicação de ajuste tarifário, assinatura de termos coletivos enderençando disputas legais e, ainda, atraso na liberação de cobrança de pedágio.

“Em São Paulo, temos observado nos últimos dois anos uma redução nas incertezas atreladas às ações judiciais entre as concessionárias e o estado, especialmente após a assinatura de diversos acordos, que encerraram disputas que duravam mais de 15 anos entre as partes”, ressalta o relatório.

“Mas o atraso e a não autorização da cobrança de pedágio em alguns casos evidenciam que ainda existem temas regulatórios a serem trabalhados, que acabam causando desequilíbrios aos projetos”, aponta.

Recuperação – Em continuidade à recuperação apresentada em 2021, o volume de tráfego nas rodovias avaliadas continuou a apresentar crescimento em 2022 diante da retomada da atividade econômica e do retorno no volume pendular de veículos nas vias que conectam a capital com as cidades vizinhas.

“Em termos gerais, os volumes registrados das rodovias em 2022 estão próximos da expectativa que tínhamos em 2019 (apenas 3 a 5% abaixo do esperado)”, ressalta a Moody’s.

Apesar da queda no volume de tráfego registrado em decorrência da pandemia, as rodovias avaliadas já plenamente operacionais apresentaram menor impacto, quando comparado ao Índice da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).

Em 2020, o tráfego das rodovias avaliadas pela Moody’s caiu 8,1%, enquanto o índice ABCR caiu 13,9%. Em 2021, por outro lado, o crescimento foi de 7,2%, abaixo ao índice ABCR, que cresceu 8,4%.

A expectativa positiva para os próximos meses é explicada pelo fato de que mais da metade (54,6%) do volume consolidado das concessionárias do portfólio da agência está concentrada em veículos pesados, cujo desempenho tende a acompanhar o crescimento econômico.

“As concessões com perfil maduro se beneficiam por possuírem uma geração estável de caixa, baixas necessidades de investimentos e gastos com manutenção”, diz a Moody’s.

“Por outro lado, esses ativos em geral são constantes pagadores de dividendos para suas controladoras, apesar de reconhecermos que existe certa flexibilidade em caso de necessidade”, avalia.

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