Mercado
O Tempo
05/08/2013 10h45
É de um escritório no bairro Alípio de Melo, em Belo Horizonte, que estão sendo conduzidas as negociações com o governo de Minas para a implantação no Estado de uma fábrica de máquinas e equipamentos para construção pesada. O investimento está estimado em US$ 200 milhões e será da estatal chinesa XGMA. São Paulo e Espírito Santo também estão na disputa, mas pesa a favor de Minas Gerais o fato de o representante legal dos asiáticos no país já estar instalado há três décadas na capital.
O escritório é a sede da Tractorbel Equipamentos que, desde 2010, detém exclusividade na distribuição para o Sudeste das máquinas da XGMA. Agora, a empresa mineira está prestes a dar seu passo mais ambicioso: ser responsável pelas vendas das máquina
...É de um escritório no bairro Alípio de Melo, em Belo Horizonte, que estão sendo conduzidas as negociações com o governo de Minas para a implantação no Estado de uma fábrica de máquinas e equipamentos para construção pesada. O investimento está estimado em US$ 200 milhões e será da estatal chinesa XGMA. São Paulo e Espírito Santo também estão na disputa, mas pesa a favor de Minas Gerais o fato de o representante legal dos asiáticos no país já estar instalado há três décadas na capital.
O escritório é a sede da Tractorbel Equipamentos que, desde 2010, detém exclusividade na distribuição para o Sudeste das máquinas da XGMA. Agora, a empresa mineira está prestes a dar seu passo mais ambicioso: ser responsável pelas vendas das máquinas chinesas no país e oferecer todo o trabalho de pós-venda e de manutenção dos equipamentos.
Se, por um lado, aumentam os custos e os riscos de se assumir uma operação nova em um mercado dominado por marcas fortes e tradicionais, como a Case New Holand (CNH) e a Caterpilar, por outro, a Tractorbel espera pegar carona numa promissora expansão de mercado em um país ainda por construir. “Somos um país continental e que está apenas começando. Mesmo com algumas incertezas e indefinições na economia, as perspectivas são muito boas para o futuro”, diz o diretor presidente da Tractorbel, Olivando Araújo Ribeiro.
Um dos primeiros desafios da empresa será o de acabar com a desconfiança do mercado e com a cultura que considera o produto chinês como algo descartável. “Em termos de durabilidade, os produtos têm muita qualidade, mas eles não têm tanta ‘perfumaria’ e destaque para o acabamento como as marcas mais tradicionais”, explica Araújo.
Essa desconfiança inicial, completa o diretor Comercial da Tractorbel, Rafael Araújo, será driblada pelo preço, “que chega a ser até 40% mais baixo que dos concorrentes”. Além disso, a Tractorbel aposta na credibilidade conquistada ao longo das três décadas de atuação para garantir seu mercado. “Exatamente por isso vamos oferecer as garantias e assumir todo o pós-venda”, diz o diretor.
Segundo o empresário, o governo mineiro ainda não ofereceu nenhuma contrapartida para atração do investimento. Seria preciso aguardar as definições da XGMA sobre o índice de nacionalização da fábrica. A expectativa é que a definição aconteça no começo do próximo ano.
Números
US$ 200 mi é o investimento previsto na implantação da fábrica da XGMA no Brasil;
2014 é data prevista para definição do local e início das obras da fábrica;
R$ 16,9 bi foi o faturamento até março da indústria brasileira de máquinas e equipamentos.
De desmanche a vendedor de máquinas novas
A empresa nasceu em 1983 como um desdobramento da Organização Bonfim, criada na década de 60 para ser um desmanche e fornecedor de peças para tratores e caminhões. “A empresa tinha sido criada pelo meu pai e resolvi ampliar o conceito da empresa e criar a Tractorbel”, lembra o empresário Olivando Araújo Ribeiro. Desde o começo, a intenção foi superar o conceito de “ferro velho” e criar um local com estoque de peças, controle de qualidade e clientes selecionados. Como comprava tratores usados de empreiteiras e prefeituras, a Tractorbel começou a ter equipamentos disponíveis para alugar, o que, logo depois, criou a necessidade de a empresa também comercializar peças novas.
Em 2010, a companhia fechou contrato de parceria com a XDMA e se tornou a única distribuidora dos chineses na região Sudeste, principal mercado do país. Em 2012, foram 350 máquinas vendidas.
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