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DCI
25/05/2016 00h00
Os trabalhadores do setor da Construção Civil iniciaram, ontem, uma greve por 'tempo indeterminado' em São Paulo como forma de pressionar os empresários em negociação sobre reajustes salariais.
Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), a paralisação tem como motivo visões divergentes sobre o dissídio da categoria.
O Sintracon-SP alega que os empresários da Construção Civil não ofereceram "sequer a reposição da inflação" do último ano no ajuste salarial. "Querem que a gente aceite uma reposição salarial inferior à inflação e, pior, pretendem mexer nos nossos direitos, conquistados com muita luta", aponta o comunicado do sindicato, que é filiado à Força Sindical.
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...Os trabalhadores do setor da Construção Civil iniciaram, ontem, uma greve por 'tempo indeterminado' em São Paulo como forma de pressionar os empresários em negociação sobre reajustes salariais.
Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), a paralisação tem como motivo visões divergentes sobre o dissídio da categoria.
O Sintracon-SP alega que os empresários da Construção Civil não ofereceram "sequer a reposição da inflação" do último ano no ajuste salarial. "Querem que a gente aceite uma reposição salarial inferior à inflação e, pior, pretendem mexer nos nossos direitos, conquistados com muita luta", aponta o comunicado do sindicato, que é filiado à Força Sindical.
"Apesar de envolvidos até o pescoço em diversos escândalos de corrupção, envolvendo propinas milionárias, os patrões do setor pagam um salário de fome a seus operários", observa o líder da categoria, Antonio de Sousa Ramalho, o Ramalho da Construção.
Para ele, esse movimento só de seu porque os trabalhadores da construção, representados pelo seu sindicato estão profundamente descontentes com os resultados das negociações da Convenção Coletiva de Trabalho, com data-base em 1º de maio.
"Nosso Sindicato sempre se pautou pelo diálogo franco e aberto. Mas, após várias rodadas de negociações, os empresários da Construção Civil não ofereceram sequer a reposição da inflação. Isso é um absurdo que precisa ser devidamente exposto para a sociedade", conclui o sindicalista.
Na área de sua atuação, o Sindicato diz que existem mais de dez mil canteiros de obras, envolvendo cerca de 400 mil trabalhadores. Segundo o sindicalista, houve desde a madrugada de ontem (23) um forte movimento nos canteiros para elevar a adesão a parada.
A entidade que representa os empresários, o Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), já foi notificada na última sexta-feira sobre a greve, e defende que os trabalhadores deveriam lutar pela preservação do emprego. "O Sinduscon-SP continua aberto a negociação", disse o grupo patronal, em nota.
Para o Sinduscon, o movimento é inoportuno. "Nos últimos dois anos, a indústria da construção foi obrigada a demitir mais de 700 mil trabalhadores em função da recessão econômica. E a previsão é de que esse número possa chegar a um milhão até o fim deste ano", apontou a entidade.
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