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Tecnologia viária busca mercados no exterior enquanto aguarda leilões

Dificuldades de construtoras respingam em fornecedoras de equipamentos para rodovias, que prospectam alternativas na América Latina e na África à espera de concessões no âmbito do PIL

DCI públicas

17/03/2016 00h00


Mesmo com 57% das rodovias brasileiras precisando de reparos, o mercado de tecnologia viária tem acompanhado o da construção civil e vivido momentos de incerteza. A esperança para o setor é que as novas concessões planejadas pelo governo saiam efetivamente do papel. A atuação em países latino-americanos e africanos também surge como potencial de mercado.

Existem oito trechos de rodovias federais que devem ser leiloados ainda em 2016, no âmbito do Programa de Investimentos em Logística (PIL). "Estamos na dependência dessas concessões", ilustra o diretor da fornecedora de produtos para segurança viária e rodoviária da Marvitec, Sandro Rubin.

A preocupação do setor, segundo o executivo, é o clima de indefinição que tem perme

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Mesmo com 57% das rodovias brasileiras precisando de reparos, o mercado de tecnologia viária tem acompanhado o da construção civil e vivido momentos de incerteza. A esperança para o setor é que as novas concessões planejadas pelo governo saiam efetivamente do papel. A atuação em países latino-americanos e africanos também surge como potencial de mercado.

Existem oito trechos de rodovias federais que devem ser leiloados ainda em 2016, no âmbito do Programa de Investimentos em Logística (PIL). "Estamos na dependência dessas concessões", ilustra o diretor da fornecedora de produtos para segurança viária e rodoviária da Marvitec, Sandro Rubin.

A preocupação do setor, segundo o executivo, é o clima de indefinição que tem permeado o ambiente de obras no País - causado, em boa parte, pela animosidade em torno a Operação Lava Jato. Confrontado ontem (09) a respeito do assunto, o titular do ministério do Planejamento, Valdir Simão, afirmou que o governo "tem um histórico de respeito aos contratos", que tem garantido a presença de investimentos.

A percepção do segmento de tecnologia viária e rodoviária, contudo, vai em sentido contrário. "Todas as análises que fizemos mostram que os anúncios do governo têm perdido credibilidade."

Gerente comercial da Romanelli Importação e Exportação - especializada em tecnologia para pavimentação -, Thiago Romanelli vai além. "Este tem sido, nos últimos anos, o pior período para o setor". No caso da Romanelli, o momento conturbado é creditado ao "efeito cascata" gerado pelas indefinições em torno de grandes obras. "Como nossos principais clientes são privados, os problemas com licitações diretas não têm afetado tanto a operação, mas como as empreiteiras estão sem obras, pouca coisa acontece", avalia o gerente comercial da empresa.

Segundo empresários ouvidos pelo DCI, mesmo iniciativas pontuais que poderiam mudar um pouco o panorama ainda não "pegaram no tranco". Uma delas é o Programa Nacional de Manutenção de Rodovias (PNMR), tocado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit). "Fornecemos para algumas empresas participantes, mas em ritmo mais baixo do que o esperado. Estamos estruturados, apenas esperando a concretização", aponta Rubin.

Uma saída apontada pelas duas companhias é a diversificação de mercados: países latino-americanos com economia aquecida, como Peru e Bolívia, e africanos, como Angola, surgem como destinos com maior potencial de mercado.

Reparos

Estudo da Confederação nacional dos Transportes (CNT) aponta que 57,3% dos 66,7 mil quilômetros de rodovias brasileiras precisam de reparos. No relatório, o presidente da entidade, Clésio Andrade, destacou discrepâncias de qualidade entre rodovias concessionadas e públicas e afirma que os "investimentos destinados à área se mostraram insuficientes para assegurar qualidade em larga escala" - aspecto que pode piorar caso o Dnit perca, no Supremo Tribunal Federal (STF), uma ação referente à destinação de cerca de R$ 500 milhões oriundos do pagamento de infrações de trânsito no País.

O órgão tem se movimentado no sentido de estreitar laços com fornecedores de tecnologias viárias: a Brasil Road Expo, que acontecerá no São Paulo Expo, na capital paulista. Maior feira de negócios do segmento, marcada para iniciar no dia 29 de março, o evento vai abrigar um workshop do departamento. "O interesse é desenvolver algumas tecnologias ainda não implementadas no Brasil", explica o gerente de conteúdo e produção da Clarion Events, Murilo Durigan.

Entre os principais temas do diálogo estão a drenagem subterrânea, a gestão de recursos hídricos e os mecanismos de controle de erosão. Outro aspecto que deve ganhar evidência é o de tecnologias para segurança do trabalho.

De acordo com o diretor comercial da MW Automação, William Pereira, o receio de enfrentar batalhas judiciais por conta de acidentes de trabalho tem mantido o segmento em alta. Era algo que as empresas não estavam se importando tanto nos tempos de "vagas gordas". A MW Automação será uma das cerca de 200 participantes da Brasil Road Expo.

A fornecedora de aplicações de BI(ou business intelligence)MicroStrategy vê espaço para ferramentas de análise do grande volume de dados que têm estradas como fonte. "É uma vertical que interessa muitos parceiros", conta a presidente da companhia, Cynthia Bianco. Recentemente, a MicroStrategy teve uma das ferramentas adotadas pela Polícia Rodoviária Federal, que poderá destacar efetivos de funcionários de maneira assertiva, monitorar áreas mais perigosas e picos de tráfego.

 

 

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