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Startups são protagonistas no amadurecimento da IoT no País

Internet das Coisas. Pequenas empresas quebram barreiras de entrada e conquistam primeiros clientes enquanto governo não finaliza Plano Nacional, que deve ser lançado em setembro

DCI

06/07/2017 08h40 | Atualizada em 06/07/2017 13h13


Enquanto o Brasil dá os primeiros passos para a formação de um ecossistema maduro de internet das coisas (ou IoT, na sigla em inglês), startups e empresas de pequena porte assumem o protagonismo e trazem a tecnologia para a realidade a despeito das barreiras econômicas e tecnológicas.

Baseada em objetos capazes de se comunicar entre si e com a internet através de sensores, a IoT trará uma onda de disrupção em todos os setores. Ainda que a adoção aqui ocorra aos poucos, empresas ouvidas pelo DCI já atuam em áreas variadas que vão desde fechaduras inteligentes até o monitoramento remoto de funcionários.

Este último segmento é explorado pela DEV Tecnologia, especializada no gerenciamento de ativos indoor [em ambientes fechad

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Enquanto o Brasil dá os primeiros passos para a formação de um ecossistema maduro de internet das coisas (ou IoT, na sigla em inglês), startups e empresas de pequena porte assumem o protagonismo e trazem a tecnologia para a realidade a despeito das barreiras econômicas e tecnológicas.

Baseada em objetos capazes de se comunicar entre si e com a internet através de sensores, a IoT trará uma onda de disrupção em todos os setores. Ainda que a adoção aqui ocorra aos poucos, empresas ouvidas pelo DCI já atuam em áreas variadas que vão desde fechaduras inteligentes até o monitoramento remoto de funcionários.

Este último segmento é explorado pela DEV Tecnologia, especializada no gerenciamento de ativos indoor [em ambientes fechados]. Diretora executiva-comercial da empresa , Silvia Takey conta que entre os clientes há inclusive um frigorífico que precisava fiscalizar se os funcionários faziam paradas térmicas em unidades com câmaras frias ."A única tecnologia que atendeu a demanda foi a nossa", diz ela, explicando que a localização é possível a partir de uma pequena tag acoplada aos crachás. "Há ainda outros ativos que podem ser monitorados, como pacientes dentro de hospitais e até mesmo a temperatura de agências bancárias", afirma ela.

Lidar com temperaturas foi um dos caminhos encontrados pela Nexxto, que vislumbra atuação nas verticais do agronegócio e segurança, mas que já possui clientes nas cadeias alimentícia e farmacêutica. Através de sensores, a empresa efetua o monitoramento em tempo real de refrigeradores, congeladores, centros de distribuição e até mesmo conservadores de vacina.

"Mandamos tudo para a nuvem e processamos com nosso algoritmo de inteligência artificial", explica o CEO da Nexxto, Antonio Rossini. Segundo ele, além da economia com energia ("40% da conta dos supermercados vem destes equipamentos"), é possível regular o clima para a melhor conservação de produtos e até mesmo antever imprevistos. "Com base em comparações dá para prever uma semana antes se a geladeira do cliente vai quebrar", afirma Rossini, que oferece hardware, software e plataforma em um pacote com aluguel variável a partir do número de sensores "menores que uma caixa de fósforo", de acordo com Rossini.

Outra empresa que já tem bons laços com a indústria de alimentos é a Ubivis; o serviço prestado para um de seus (grandes) clientes inclui o controle de temperatura, alimentação e luminosidade de galpões de aviários. "Também temos sistemas instalados em clientes de porte na indústria siderúrgica, metalúrgica e química", conta o CEO da empresa, Paulo Henrique Garcia de Souza. Em todos os casos são medidos indicadores como vibração e amperagem dos aparelhos.

Souza explica que a escolha por clientes grandes não foi proposital. "Inicialmente o foco eram médias, mas muitas delas ficam preocupadas com o dia a dia e não pensam em inovação. Por isso ainda temos que provar [a eficiência] da manufatura avançada", avalia ele, relembrando que mesmo entre as maiores o processo de aceitação da chamada indústria 4.0 ainda é longo.

Abrindo portas

Segundo estudo da IDC/Qualcomm, os investimentos da indústria em IoT somaram cerca de US$ 411 milhões no País em 2016, ficando atrás apenas do monitoramento de frotas (US$ 875 milhões) e edifícios inteligentes (US$ 425 milhões). É nessa última vertical que atua a LoopKey, especializada em fechaduras inteligentes. Brasiliense, a empresa do CEO Pedro Salum Franco já planeja desembarcar em São Paulo. "Nossa solução de controle de acesso permite não apenas abrir portar remotamente, mas também compartilhar a chave com terceiros", conta o gestor.

Segundo Franco, a ferramenta (amparada por um app mobile) é aderente às demandas da economia colaborativa e poderia ser integrada em ferramentas de compartilhamento de casas, por exemplo. Enquanto isso, os principais clientes da LoopKey estão em hotéis e ambientes de coworking, entre outros. Mais do que simplesmente liberar ou trancar portas, Franco também explica que a ferramenta permita a identificação de pontos fora da curva, antevendo invasões a partir da inteligência presente na solução.

"É algo que as empresas precisam e que o consumidor final gostaria de ter", classifica Franco, que promete uma solução mais barata para clientes residenciais já no próximo biênio.

Outra vertical bastante demanda - sobretudo entre governos - é a de segurança pública, onde a Aúdio Alerta já atua: a empresa foi uma das escolhidas pela Cisco para o projeto do Porto Maravilha (RJ), além de estar presente em um piloto em Recife (PE), onde tem sede. "Fazemos audiomonitoramento com sensores acústicos", explica o diretor de produtos da Áudio Alerta, Ivo Frazão. Acoplada em câmeras de segurança, os módulos são capazes de identificar ruídos sonoros como tiros ou explosões, efetuando contato com as centrais.

Diante da redução de gastos do setor público, atender clientes corporativos também virou uma constante. "Atendemos vários tipos de ambientes externos como plantas industriais, armazéns e campus de universidades. Também temos uma versão 'reduzida' para agências bancárias", conta Frazão.

Parcerias

As startups ouvidas pelo DCI fazem parte da Liga IoT, que escolheu cinco entre 250 interessadas em participar de programa da aceleradora Liga Ventures apoiado pela Intel e pela brasileira Tivit. "Identificamos equipes bem preparadas para quebrar as barreiras de mercado, como desenvolver hardware", avalia o sócio-fundador Liga Ventures, Daniel Grossi. Entre as pequenas empresas entrevistadas, todas as que constroem os hardwares ainda precisam importar da China, além de enfrentarem problema com os custos de conectividade.

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