A construtora Somague MPH completa em 2015 quatro anos de atividades. Criada pela associação entre o grupo português Somague e as brasileiras Halna, JBens e EWP, a empresa encerrou 2014 com a realização de R$ 180 milhões em contratos de obras. Para este ano, a expectativa é chegar aos R$ 200 milhões. Com obras realizadas nos segmentos de logística, shopping centers, residencial, varejo e corporativo, a Somague MPH está à frente da ampliação do Shopping Iguatemi de Porto Alegre, com previsão de entrega para o início de 2016.

A expansão do Shopping Iguatemi gaúcho contempla a construção de 26 lojas de grande porte, 40 redes de fast food e 6 salas de cinemas. Serão três novos pisos, um destes ocupado por ‘escritórios boutique’. A área construída da expansão atingirá 90 mil m², enquanto a área total do shopping ultrapassará 200 mil m². No mesmo empreendimento, a empresa executou a ampliação do ‘deck’ do estacionamento, que elevou o número de vagas de 3 mil para 4 300.

Ainda na capital gaúcha, a Somague MPH entregou ao mesmo cliente, no final de 2013, a ampliação do Shopping Praia de Belas, que acrescentou 50 lojas e mais 20 mil m² à área bruta locável do empreendimento.

De acordo com o sócio e presidente do Conselho de Administração da Somague MPH, Jorge Manubens, em pouco mais de quatro anos de atividades a construtora formou uma carteira de clientes de peso, que inclui BR Properties, C&C Casa & Construção, GLP - Global Logistic Properties, Multiplan, Pylos Brasil, Cultura Inglesa e Iguatemi, entre outros.

“Os negócios da Somague MPH saltaram de R$ 35 milhões em 2012 para R$ 180 milhões em 2014”, compara Manubens.

Entre 2013 e 2014, acrescenta o executivo, a Somague MPH executou projetos na capital paulista, no interior do estado de SP, na cidade do Rio de Janeiro e no interior fluminense.

Segundo ele, uma das prioridades para 2015 é avançar no segmento de obras industriais, além de reforçar o portfólio de shoppings, empreendimentos hoteleiros e logísticos.

Outra estratégia, adianta o executivo, é atuar em todo o Brasil na construção de residenciais nos segmentos de baixa renda e renda intermediária, “uma alternativa ao ciclo de retração que os especialistas têm previsto para o mercado de obras”, acrescenta o Manubens.

À frente da área comercial da Somague MPH está a engenheira Giani Pfister. O desafio de levar a empresa ao crescimento neste período marcado pela redução de negócios também passa pela nova diretoria administrativo-financeira, ocupada pela executiva Cristina Quilis Cabello. Ambas ingressaram no grupo no segundo semestre de 2014.

Projetos e obras

Em Ribeirão Preto (SP), a Somague MPH está construindo o hotel Santo Emiliano. O empreendimento do grupo local Santa Emília, com participação das empresas Halna (gestão de negócios) e Fortes Guimarães (comercialização) terá mais de 300 apartamentos e área construída de 28 mil m².

Na mesma Ribeirão, a Somague MPH construiu para a Multiplan um edifício comercial e uma loja para a C&C. Ambos os projetos foram concluídos em 2013 e ficam dentro do Ribeirão Shopping. Ainda na cidade, a construtora ergueu em três etapas, de 2011 a 2014, o complexo GLP – Global Logistic Properties, com 67 mil m².

Em Macaé, na Baixada Fluminense, a Somague MPH entregou em 2014 o empreendimento La Vista Residencial, com 192 unidades. Na cidade do Rio de Janeiro, está construindo para a Pylos o Hotel Praia de Botafogo, no bairro homônimo. Em 2013, o grupo luso-brasileiro planejou e implementou o retrofit que conferiu padrões construtivos modernos a um importante edifício de escritórios do centro do Rio. Nesses três empreendimentos, o montante construído foi da ordem de 40 mil m².

Na cidade gaúcha de Gravataí, a Somague MPH construiu dois galpões logísticos para o grupo GLP – Global Logistic Properties -, com área total de 115 mil metros quadrados. No município paulista de Louveira, a 50 km da capital paulista, entregou recentemente o complexo logístico desenvolvido pela gestora de fundos BR Properties para o grupo DHL, com quase 38 mil metros quadrados de área construída.

Mais sobre a Somague MPH

A Somague MPH nasceu da associação entre os engenheiros civis e empresários Arnaldo Halpern, Jorge Manubens e Wilson Pompílio com o grupo ibérico Somague, um player global da área de construção. A empresa atua exclusivamente no Brasil, no segmento obras para terceiros. A sigla MPH corresponde aos sobrenomes dos brasileiros, cuja participação no negócio é de 50%.

Os três empresários contam individualmente com mais de 35 anos de experiência, e atuaram juntos em dezenas de empreendimentos nos mercados residencial, comercial e industrial - condomínios de alto padrão, usinas de açúcar e etanol, montadoras de automóveis e shopping centers, entre outros. Eles têm em comum, também, a passagem pela Racional Engenharia, como sócios e diretores.

Manubens e Pompílio permaneceram por mais de 30 anos nos quadros da Racional, de onde saíram para tocar negócios próprios: as empresas JBens e EWP, respectivamente. Halpern fundou no início da década de 1980 a Halna Comércio e Empreendimentos, detentora de um amplo portfólio de projetos concluídos e em desenvolvimento. JBens e EWP, igualmente, colecionam um representativo acervo de empreendimentos.

Somague é especializada em obras de grande porte

Maior empresa de construção civil atuante em Portugal, o Grupo Somague nasceu no país luso em 1947. Em 2004, integrou-se ao espanhol Sacyr Vallehermoso, fundado em 1986, igualmente um player mundial. O conglomerado é especializado no desenvolvimento de obras de grande porte: pontes e viadutos, portos e aeroportos, metrô, estádios de futebol e terminais ferroviários. Seu volume anual de negócios é da ordem de 500 milhões de euros.

Do portfólio recente construído pelo grupo Somague na Península Ibérica destacam-se hospitais (Açores, Braga e Vila Franca de Xira), a linha de alta velocidade Madrid – Alcázar, na Espanha, para o Ministério de Fomento daquele país e a implantação do traçado de ligação por metrô ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, em Moreira da Maia, Portugal, para a companhia Metrô do Porto.

Em seus mais de 65 anos de história, o Grupo Somague também executou em Portugal e países de língua portuguesa obras de estádios de futebol (Boavista Futebol Clube, Sport Lisboa Benfica e Futebol Clube do Porto), escolas (Instituto Superior de Educação, em Cabo Verde), ferrovias (Estação do Oriente, Lisboa) e dezenas de portos e aeroportos - portos do Funchal (Madeira), Beira (Moçambique) e Ponta Delgada (Açores) e os aeroportos 4 de Fevereiro (Angola) e Amílcar Cabral (Ilha do Sal, Cabo Verde), entre outros.