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Setor naval atrai capital estrangeiro

A expansão da indústria naval na direção do Nordeste inaugura um novo polo de desenvolvimento na região.

Valor

14/11/2013 13h04 | Atualizada em 14/11/2013 15h48


O Complexo de Suape, em Ipojuca, Pernambuco, e a ampliação do Polo da Indústria Naval da Bahia, atraem investidores nacionais e estrangeiros. A estimativa é de que os novos estaleiros criem cerca de 11.700 empregos quando estiverem em pleno funcionamento. Hoje já empregam 8.675 operários, de acordo com o Sindicato da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).

A indústria naval brasileira, que nos anos 80 chegou a ser uma das maiores do mundo, estava praticamente fechada até a descoberta do pré-sal. Hoje emprega 73.505 pessoas, 8.675 no Nordeste, contra 50 mil de três décadas atrás e apenas 1.910, em 2000, de acordo com o sindicato.

O Estaleiro Enseada do Paraguaçu, da Odebrecht, OAS e UTC em parceria

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O Complexo de Suape, em Ipojuca, Pernambuco, e a ampliação do Polo da Indústria Naval da Bahia, atraem investidores nacionais e estrangeiros. A estimativa é de que os novos estaleiros criem cerca de 11.700 empregos quando estiverem em pleno funcionamento. Hoje já empregam 8.675 operários, de acordo com o Sindicato da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).

A indústria naval brasileira, que nos anos 80 chegou a ser uma das maiores do mundo, estava praticamente fechada até a descoberta do pré-sal. Hoje emprega 73.505 pessoas, 8.675 no Nordeste, contra 50 mil de três décadas atrás e apenas 1.910, em 2000, de acordo com o sindicato.

O Estaleiro Enseada do Paraguaçu, da Odebrecht, OAS e UTC em parceria com a japonesa Kawasaki, está sendo construído em Maragogipe, no Recôncavo Baiano. Três mil e quinhentos operários trabalham nas obras, mas o canteiro deve receber mais mil quando chegar ao pico.

O projeto está orçado em R$ 2,6 bilhões. Trinta por cento dos investimentos já foram realizados. A conclusão está prevista para março de 2015. O estaleiro já tem seis encomendas - todas de navios-sonda, que pela primeira vez vão ser construídos no Brasil. O primeiro, o Ondina, será entregue em 2016. O último, em janeiro de 2020.

'O grande desafio do estaleiro, que nasceu sob a égide do pré-sal, é a continuidade das operações por longo prazo para cobrir os investimentos nas instalações industriais. Até o final do ano que vem esperamos estar com novos projetos em carteira', diz Humberto Rangel, diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP).

O Enseada do Paraguaçu forma, com o Estaleiro da Bahia (Ebase) e o Estaleiro São Roque do Paraguaçu, o Polo da Indústria Naval da Bahia, que receberá investimentos também da TWB, operadora do sistema de barcas entre Salvador e a Ilha de Itaparica. O Estado foi pioneiro na produção de petróleo no país e oferece condições favoráveis para a expansão da indústria naval. 'A escolha pelo Nordeste foi estratégica. O governo federal viu a oportunidade de ampliar o alcance da indústria e ela tem condições de dar uma importante contribuição para a região', afirma Humberto Rangel, do Estaleiro Enseada do Paraguaçu.

O Complexo do Suape abriga outros dois projetos da indústria naval. O Estaleiro Atlântico Sul (EAS), que tem como sócios os grupos brasileiros Camargo Corrêa, Queiróz Galvão e o japonês Ishikawajima-Harima Heavy Industries (IHI), e o Vard Promar, resultado da venda de 51% do controle do grupo coreano STX para os italianos da Fincantieri por US$ 700 milhões, com os 49% restantes sob controle da Bolsa de Valores de Cingapura. As duas unidades também aproveitaram as oportunidades geradas pelas perspectivas da produção de petróleo na camada do pré-sal, a oito quilômetros de profundidade.

O Estaleiro Atlântico Sul já tem seis embarcações encomendadas. O foco da unidade é a produção de navios cargueiros - petroleiros, conteineiros, graneleiros e de cargas gerais, entre outros - além de plataformas offshore, navios de perfuração e barcos de apoio à indústria petrolífera. É o maior do Hemisfério Sul - com capacidade de processamento de 160 mil toneladas de aço/ano, 1 milhão e 620 mil metros quadrados de terreno, área industrial coberta de 130 mil metros quadrados e um dique seco de 400 metros de extensão, 73 metros de largura e 12 metros de profundidade.

O dique é servido por dois pórticos Goliaths de 1.500 toneladas/cada, dois guindastes de 50 toneladas/cada e dois de 35 toneladas/cada. O porte desses equipamentos permite reduzir o tempo de edificação e possibilita ao Estaleiro Atlântico Sul figurar no time das plantas navais de quarta geração, junto aos estaleiros asiáticos, que são a vanguarda da construção naval mundial. O estaleiro possui também um cais de acabamento com 730 metros de extensão, equipado com dois guindastes de 35 toneladas. Outros 680 metros de cais são utilizados para a construção de plataformas offshore.

O EAS tem na carteira a construção de 22 navios, de acordo com o Sinaval. São dez navios petroleiros Suezmax, além de cinco do tipo Aframax, quatro Suezmax DP e três Aframax DP para a Transpetro, subsidiária da Petrobras. Em fevereiro de 2011 venceu a licitação de sete navios-sonda da Petrobras. Este ano já entregou o Zumbi dos Palmares à Transpetro e entrou na fase de finalização do Dragão do Mar e da integração de módulos da P-62. O empreendimento, um marco na revitalização da indústria naval no Brasil, é resultado de investimentos de R$ 1,8 bilhão.

O Vard Promar começou a operar este ano. O investimento no projeto foi de R$ 300 milhões. A planta já tem sob encomenda oito navios gaseiros, a um custo total de R$ 917 milhões. Localizado em Ipojuca, no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, o Vard Promar é o segundo estaleiro viabilizado pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef). O estaleiro tem capacidade de processamento de 20 mil toneladas de aço por ano. Os oito navios encomendados pela Transpetro serão usados para o transporte de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). São dois navios com 12 metros quadrados de capacidade, quatro com 7 mil e dois com 4 mil. O primeiro navio construído pelo Vard Promar será entregue à Transpetro para início de operações em 2014.

 

 

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