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Setor Eólico Global prevê forte crescimento da fonte para os próximos anos

Segundo relatório da GWEC aponta que há uma necessidade urgente de aumentar o investimento na cadeia de abastecimento em todo o mundo

Petronotícias

29/03/2023 10h35


Um novo relatório divulgado nesta semana indica que a indústria eólica registrará recordes no número de projetos onshore e offshore instalados até 2025, com 680 GW de nova capacidade prevista para 2027.

O dado foi apresentado no Global Wind Report, elaborado pela Global Wind Energy Council (GWEC). A entidade afirma, no entanto, que os formuladores de políticas precisam agir agora para evitar um gargalo na cadeia de suprimentos que impeça a implantação da energia eólica a partir de 2026. Esses desafios da cadeia de suprimentos põem em risco as esperanças de que o mundo atinja as principais metas climáticas para 2030 – uma par

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Um novo relatório divulgado nesta semana indica que a indústria eólica registrará recordes no número de projetos onshore e offshore instalados até 2025, com 680 GW de nova capacidade prevista para 2027.

O dado foi apresentado no Global Wind Report, elaborado pela Global Wind Energy Council (GWEC). A entidade afirma, no entanto, que os formuladores de políticas precisam agir agora para evitar um gargalo na cadeia de suprimentos que impeça a implantação da energia eólica a partir de 2026. Esses desafios da cadeia de suprimentos põem em risco as esperanças de que o mundo atinja as principais metas climáticas para 2030 – uma parada fundamental na jornada para o zero líquido até 2050.

Após um ano decepcionante em 2022, um ambiente político em rápida evolução preparou o cenário para um período de implantação acelerada nos próximos anos, com o setor definido para instalar 136 GW por ano, atingindo uma taxa composta de crescimento de 15%.

O relatório aponta que há uma necessidade urgente de aumentar o investimento na cadeia de abastecimento em todo o mundo. O mapeamento do GWEC mostra que tanto os EUA quanto a Europa provavelmente verão gargalos no fornecimento de turbinas e componentes já em 2025, já que o mercado eólico vê o impacto positivo da Lei de Redução da Inflação dos EUA, maior ambição na Europa, crescimento rápido contínuo em China e grandes países em desenvolvimento acelerando sua implantação.

As decisões tomadas pelos formuladores de políticas terão um impacto decisivo sobre se o mundo será capaz de realizar a transição energética dentro do prazo necessário e sobre o custo da transição.

Embora as medidas para incentivar ainda mais o investimento nas cadeias de abastecimento e criar mais diversificação e resiliência regional sejam bem-vindas, as tentativas de criar requisitos rígidos de conteúdo local ou implementar medidas comerciais protecionistas criam riscos de custos acentuadamente mais altos ou mesmo atrasos sérios na expansão necessária da energia eólica e renováveis.

A diretora executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, que também é vice-presidente do Conselho da GWEC, frisou a importância de um forte sinal das políticas públicas para atrair os investidores que podem transformar o potencial em realidade.

“Corremos o risco de perder oportunidades de entregar a transição energética para o Brasil. Embora já tenhamos uma cadeia estruturada para onshore, offshore e hidrogênio limpo para entregar para o Brasil, os formuladores de políticas precisam apresentar um forte plano de industrialização energética, semelhante aos que estão sendo vistos agora nos Estados Unidos e na Europa”, avaliou.

“O setor eólico brasileiro, que desempenha um papel importante para toda a América Latina, tem um enorme potencial em capacidade de geração. Esse potencial só cresceu com a chegada da energia eólica offshore e do hidrogênio limpo. Mas, no curto prazo, devemos trabalhar internacionalmente para enfrentar a escalada de preços e introduzir políticas públicas que evitem os gargalos e os desafios da cadeia de suprimentos que teriam impacto global e, portanto, impacto no Brasil. Essas são questões importantes que exigem ação em 2023 para que o setor consiga aproveitar esse potencial energético e atingir as metas líquidas zero para mitigar os efeitos das mudanças climáticas”, completou Elbia.

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