O Rio Grande do Norte está prestes a conseguir US$ 540 milhões, ou R$ 1,080 bilhão, do Banco Mundial, para ações de combate à pobreza e melhoria na gestão pública.

O dinheiro, que será liberado ao longo de sete anos, vai financiar ações do RN Sustentável. Com 12,8% da população do estado na pobreza extrema, quando a renda per capita é de até R$ 70 por mês, o estado vai concentrar ações em 75 municípios onde estão os bolsões de miséria. A área rural é uma delas: 55% dos mais pobres estão nela. Segundo Ana Guedes, coordenadora do projeto, o empréstimo ainda depende de aval do Tesouro Nacional e do Senado para começar a ser liberado. A expectativa é que os trâmites estejam concluídos em 40 dias:

Pelo que temos notícia, é o maior volume de recursos para um estado nessa linha de investimento específico do Banco Mundial. O objetivo é atender 400 mil pessoas em 123 municípios. Somente com projetos de agricultura familiar, vamos chegar a 71 mil famílias.

O financiamento a agricultura familiar será o eixo do programa, abrangendo projetos de pesca, criação de cabras, abelhas, cultura de castanha de caju e de frutas. Há projetos também na área de confecção e têxtil, leite e derivados e turismo.

Queremos aumentar a produtividade, a qualidade do produto, aprimorar embalagem, rotulagem. Vamos lançar o edital para atender a cerca de 400 projetos afirma Ana.

Além do R$ 1,08 bilhão do Banco Mundial, serão destinados mais R$ 120 milhões como contrapartida do estado:

Mas essa contrapartida virá dos programas federais que têm a participação do estado. Na área da saúde, a rede cegonha, nos hospitais e maternidades; na educação, usaremos os programas Brasil Alfabetizado e Brasil Profissionalizante.

O acesso à água é outra prioridade do programa. Serão 260 projetos dirigidos a beneficiar a população atingida pela seca. O foco prioritário das ações será a mulher: 60% dos atendidos serão mulheres.